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Informativo eletrônico - Edição 1532 Quarta-Feira, 10 de setembro de 2014
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Indicadores de Emprego mostram deterioração em agosto

    Economia Internacional

  • Balança Comercial da China atinge recorde e soma US$ 49,8 bi em agosto
  • Indicadores do Japão sofrem queda em Julho

  • Indicadores de Emprego mostram deterioração em agosto

    O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 1,2% em agosto, já expurgados os efeitos sazonais, de acordo com dados divulgados hoje (10/09) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado mostra uma desaceleração do ritmo de queda, já que no mês imediatamente anterior, o índice havia recuado 1,6%. Com essa leitura, o IAEmp chegou a 73,6 pontos, o menor nível desde maio de 2009. O índice visa a antecipar a situação do mercado de trabalho com base nas Sondagens da Indústria, Serviços e Expectativa do Consumidor.

    Os principais fatores que contribuíram para a queda do indicador foram os diferentes graus de otimismo do empresário em relação à tendência de negócios para os próximos seis meses, no caso dos serviços, e a intenção de contratar nos próximos três meses, no caso da indústria. O primeiro apontou um recuo de 5,9%, enquanto que o último apresentou queda de 1,9%.

    Outra pesquisa divulgada pela FGV na manhã desta quarta-feira (10/09), o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) apresentou crescimento de 5,8% em agosto, livre de influências sazonais. O resultado mostra forte aceleração em relação ao que foi divulgado em julho (0,6%). Diferentemente do IAEmp, se há variação positiva, significa que o mercado de trabalho está em uma situação pior que anteriormente.

    O indicador é construído através de quatro desagregações. As classes que mais contribuíram para a alta do ICD foram as famílias com fluxo de renda de R$ 4.800 e R$ 9.600 e, em segundo lugar, das famílias com renda entre R$ 2.100 e R$ 4.800. Com isso, os dois indicadores (IAEmp e ICD) apresentam uma situação desconfortável do mercado de trabalho. O primeiro aponta para uma possível deterioração nos próximos meses, como vem sendo confirmado pelo emprego industrial, e o segundo mostra que as famílias já estçao sentido uma menor acomodação no mercado de trabalho.

    Balança Comercial da China atinge recorde e soma US$ 49,8 bi em agosto

    A Balança Comercial da China apresentou superávit recorde de US$ 49,83 bilhões em agosto, de acordo com dados divulgados ontem (09/09) pelo Ministério do Comércio Internacional do país. O superávit surpreendeu o mercado, que esperava um resultado em torno de US$ 40,0 bilhões. A leitura atual se mostra significativamente superior ao valor registrado de julho (US$ 47,30 bilhões) e junho (US$ 31,57 bilhões). Em igual mês do ano anterior, o saldo da Balança Comercial foi de US$ 28,5 bilhões.

    As exportações apresentaram crescimento de 9,4% no mês de agosto em comparação com igual período do ano anterior, chegando a US$ 208,5 bilhões. Em julho, a taxa de crescimento registrada foi de 14,5% na mesma base de comparação. Já as importações apresentaram queda de 2,4% na variação interanual, totalizando US$ 158,6 bilhões, o que evidencia o forte superávit no resultado da Balança Comercial em agosto. Na variação mensal, as importações recuaram 1,5% em relação a julho.

    Entre os parceiros comerciais do país, os destaques são: Estados Unidos, cujas exportações para o país aumentaram 11,4%, e para a União Europeia, onde a demanda por produtos chineses aumentou em 12,1%. Por outro lado, as exportações para o Japão e a Coréia do Sul recuaram 1,7% e 12,6%, respectivamente. Já as importações provenientes dos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul recuaram 3,1% cada. Por fim, apesar do resultado positivo no saldo comercial, a menor demanda pelos produtos do resto do mundo alerta para a desaceleração do crescimento econômico do país.

    Indicadores do Japão sofrem queda em Julho

    Ontem (09/09) foram divulgados o Indicador Antecedente (Leading Economic Index – LEI, em inglês) e o Índice Econômico Coincidente (Coincident Economic Index – CEI) do Japão pelo The Conference Board. O índice LEI manteve seu ritmo de queda (-0,8%) visto nas ultimas leituras, de forma que a variação acumulada no ano até julho é de -3,5%. Já o índice CEI sofreu uma desaceleração em sua queda (-0,1%) mantendo uma variação acumulada de -2,1% no ano.

    A queda do indicador antecedente reflete a diminuição de cinco dos seus dez componentes, sendo que as contribuições negativas foram dos novos pedidos de maquinário e construção, da evolução dos últimos seis meses da produtividade do trabalho e das unidades de habitação iniciadas no período. O acumulado do índice em 2014 se mostra como uma situação inversa do período de seis meses anterior, no qual o acumulado manteve-se no nível de 2,1%.

    No que condiz ao índice coincidente, dos seus quatro componentes, apenas a produção industrial manteve-se em crescimento no mês de julho. Seu período acumulado do ano também contrasta com o acumulado do período de seis meses anterior (0,8%).

    O PIB real japonês também passou por efeitos negativos, sofrendo uma contração de 7,1% no segundo trimestre do ano, em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto que no primeiro trimestre foi registrado um aumento de 6,0%, na mesma base de comparação. Tal contração é registrada como a maior desde 2009.

    Os resultados alertam para a desaceleração da economia japonesa no curto prazo, sendo que o comportamento do PIB no segundo trimestre é decorrente dos planos do governo japonês para a retomada da inflação, que resultaram em um aumento dos impostos que incidem sobre vendas em abril, logo, espera-se que tal comportamento seja apenas um efeito temporário.

     
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