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Informativo eletrônico - Edição 1533 Quinta-Feira, 11 de setembro de 2014
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Vendas no Varejo Ampliado crescem 0,8% em julho
  • ABCR e ABPO apresentam avanços em agosto
  • Sondagem da FGV indica menor ritmo de investimentos

    Economia Internacional

  • Inflação na China permanece em 2,0% em agosto

  • Vendas no Varejo Ampliado crescem 0,8% em julho

    O Volume de Vendas do Varejo Ampliado avançou 0,8% em julho, livre de influências sazonais, de acordo com dados divulgados hoje (11/09) pelo IBGE em sua Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). O resultado efetivo ficou abaixo da projeção do Depecon/FIESP, que estimava um avanço de 1,7% no ampliado, que inclui vendas de veículos e materiais de construção e da expectativa do mercado (1,2%). No mês imediatamente anterior, as vendas no varejo ampliado recuaram 3,4%. Na variação interanual, o índice apresentou queda de 4,9%, enquanto que no acumulado em doze meses apresentou aumento de 1,1%.

    No conceito restrito, que exclui vendas de veículos e materiais de construção civil, as vendas recuaram 1,1%, já expurgados os dados sazonais, ante queda de 0,7% em junho. No acumulado em doze meses o índice registra avanço de 4,3%, ao passo que na variação interanual, houve recuo de 0,9% em julho.

    Das dez atividade que compõem o Varejo Ampliado, cinco avançaram em julho, enquanto que uma se manteve estável (0,0%) na passagem de junho para julho. A atividade de Combustíveis e Lubrificantes avançou 0,8%, enquanto que Equipamentos e Materiais para Escritório, Informática e Comunicação cresceu 0,9%. Já as vendas de Jornais, Livros e Papelaria aferiram acréscimo de 2,1%. Nos dois conceitos exclusivos das vendas no conceito ampliado, Veículos e Motos, Partes e Peças avançaram 4,3%, acima do resultado da Fenabrave (0,6%), e Materiais de Construção cresceu 3,8%. Já os segmentos de Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (-1,3%), Tecidos, Vestuário e Calçados (-0,1%), Móveis e Eletrodomésticos (-4,1%) e Outros artigos de uso pessoal (-0,4%) apresentaram resultados negativos na margem. As vendas de Artigos farmacêuticos permaneceram estáveis no mês (0,0%).

    No acumulado no ano findo em julho, das dez atividades analisadas, seis apresentaram resultados positivos, com destaque para: Combustíveis e Lubrificantes (3,4%); Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios (3,0%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos (9,5%) e Outros Artigos de uso pessoal e doméstico (9,0%). Entre os resultados negativos, destaque para: Livros, jornais, revistas e papelaria (-6,5%) e Veículos e motos, partes e peças (-8,6%).

    Em relação a variação interanual, das dez atividades analisadas, somente duas avançaram: Outros Artigos de Uso Pessoal (5,9%) e Artigos Farmacêuticos, médicos, ortopédicos (6,1%). O primeiro pode ser explicado pela menor redução na carga horária de trabalho durante a Copa do Mundo, enquanto que o segundo mostra resultados positivos do IPCA, já que suas taxas crescem abaixo do índice geral. Entre os resultados negativos, os destaques vão para as quedas nas vendas de Móveis e Eletrodomésticos (-9,2%), impactadas pelo menor crescimento do crédito, Livros, jornais e revistas (-12,4%), com influência dos altos preços na papelaria e nas vendas de Veículos e Motos, Partes e Peças (-12,5%), este último, influenciado também pela menor concessão de crédito, menor crescimento da renda e paralisação da atividade industrial.

    Dentre os resultados regionais, já descontados os efeitos sazonais, destaque para o aumento nas vendas do Amapá (2,2%), Tocantins (1,5%) e Rio Grande do Sul (0,5%) na passagem de junho para julho. Já as demais unidades federativas apresentaram resultados negativos, com destaque para as quedas em Roraima (-4,3%), Paraíba (7,8%) e Piauí (-11,9%). Já São Paulo e Rio de Janeiro, economias de grande peso na pesquisa, apresentaram quedas de 0,6% e 1,3%, respectivamente.

    Em suma, os resultados do comércio varejista em julho reforçam o cenário de acomodação do consumo. No conceito restrito, o volume de vendas registrou a queda mensal mais acentuada desde outubro de 2008, com destaque para o segundo recuo expressivo da categoria de móveis e eletrodomésticos, enquanto que a elevação no conceito ampliado devolveu apenas parcialmente a forte contração observada em junho. A piora de condicionantes, como o menor aumento da massa salarial real, as maiores restrições ao crédito e os baixos níveis de confiança do consumidor sustenta o prognóstico de continuidade do arrefecimento do consumo.

    ABCR e ABPO apresentam avanços em agosto

    Nesta quarta-feira (10/09) foi divulgado o Índice ABCR, que quantifica o fluxo de veículos em pedágios, pela Associação Brasileira de Concessionários de Rodovias (ABCR). O índice apresentou, já descontadas influências sazonais, um aumento de 4,7% em agosto quando comparado com o mês de julho. Tal variação significa um avanço considerável em relação à variação anterior, onde o índice sofreu um recuo de 2,3%. A variação interanual, comparação do mês de agosto com o mesmo mês no ano anterior, foi de 1,9%.

    O fluxo de veículos leves obteve, a partir da análise da série dessazonalizada, uma variação positiva de 7,7%, quando comparado ao mês de julho, o que demonstra um crescimento significativo, principalmente na comparação do mês anterior (-5,1%). Na variação interanual, houve um avanço de 4,8% no fluxo desta categoria. Em contrapartida, o tráfego de veículos pesados sofreu uma contração de 0,5% em comparação ao mês anterior, um retrocesso se comparado com o avanço aferido em julho (3,2%), além de uma variação interanual de -5,4%.

    Também foi divulgado na segunda feira (08/09), pela Associação Brasileira de Papelão Ondulado, o Índice ABPO, o qual pode ser considerado, em conjunto com o ABCR, um indicador antecedente de grande relevância em se tratando da produção industrial. O índice variou, livre de influências sazonais, 1,1% em agosto, o que simboliza uma desaceleração no crescimento quando comparado ao mês de julho, quando o avanço foi de 4,3%. Houve variação interanual de 3,1% no mês de agosto, apresentando um maior crescimento quando comparado a variação interanual anterior (2,0%).

    Sondagem da FGV indica menor ritmo de investimentos

    Na manhã de hoje (11/09) foi divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) a Sondagem de Investimentos do 3º Trimestre de 2014. De acordo com o estudo, pela primeira vez na série iniciada no terceiro trimestre de 2012, a proporção de empresas que afirmam terem investido menos nos últimos doze meses em relação aos doze meses anteriores é maior do que as empresas que afirmam terem investido mais. Neste trimestre, 30% afirmam terem investido menos, enquanto 29% afirmam terem investido mais.

    Nas perspectivas para os próximos doze meses, 30% das empresas pretendem investir mais, enquanto 23% acreditam que investirão menos em comparação com o período de doze meses anterior. Tal proporção, apesar da diferença, é a mais desfavorável dos últimos nove períodos da série.

    Em relação a origem de recursos para os investimentos, a participação em Lucros e Reservas Reinvestidos chegou a aproximadamente 63% dos recursos utilizados pelas empresas industriais. Já os Empréstimos no País representam cerca de 28% das fontes de recursos. Nas perspectivas feitas para este ano, Lucros e Reservas Reinvestidos possuem uma projeção de 59%, uma redução em comparação com o último ano (62%), enquanto que a projeção para Empréstimos no País manteve-se estável em 31%.

    Inflação na China permanece em 2,0% em agosto

    O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) divulgado ontem (10/09) pelo Departamento de Estatísticas Nacionais da China (NBS) apresentou avanço de 2,0% no acumulado doze meses findo em agosto. Na comparação com junho e julho, onde existiu uma estabilidade em 2,3%, o índice apresentou um leve recuo. Já na comparação mensal, houve um avanço de 0,2% em relação a julho, apresentando um avanço em relação ao mês anterior (0,1%).

    No resultado acumulado em doze meses, o preço dos alimentos passou por aumento de 3,0%, afetando diretamente o aumento de nível geral de preços em 1,1p.p., principalmente devido à alta no preço das frutas (21,2%). O vestuário, na mesma base de comparação, teve aumento de 2,6%. Os preços do grupo de recreação, educação e artigos culturais, assim como o preço das residências, tiveram um aumento de 1,9% no período.

    Em se tratando da variação mensal, o preço dos alimentos avançou em 0,7%, com destaque para a carne de porco, com um aumento de 5,1%. Em contrapartida, os preços dos produtos não alimentícios diminuíram em 0,1%. De forma geral, a desaceleração da inflação e o enfraquecimento das importações (divulgada ontem, 09/09) são sinais de que a demanda doméstica está mais fraca, abrindo espaço para o governo adotar novas medidas de estimulo.

     
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