Se você não está conseguindo visualizar este e-mail, clique aqui.

Informativo eletrônico - Edição 1538 Quinta-Feira, 18 de setembro de 2014
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Indicador Antecedente da economia recua em agosto

    Economia Internacional

  • FED: Medidas de ajuda à economia americana serão mantidas
  • Inflação nos EUA desacelera e chega a 1,7% em doze meses
  • EUA: Déficit em Conta Corrente recua para 98,5 bilhões de dólares

  • Indicador Antecedente da economia recua em agosto

    O Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE) apresentou queda de 0,4% em agosto, de acordo com dados divulgados hoje (18/09) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e The Conference Board. O resultado mostra forte desaceleração em relação a julho, quando o índice cresceu 2,0%. O IACE é um agregado de oito componentes que mensura o ciclo econômico brasileiro, podendo assim antecipar períodos de estagnação ou crescimento. De acordo com a leitura atual, apenas três dos oitos componentes contribuíram positivamente com o índice de agosto.

    Também foi divulgado pela FGV e pela The Conference Board o Indicador Coincidente Composta da Economia (ICCE), que, diferente do IACE, tenta mensurar a situação atual da economia. De acordo com a publicação, o ICCE apresentou avanço de 0,1% em agosto, leve desaceleração frente ao aferido em julho (0,2%).

    De acordo com os economistas responsáveis pela elaboração dos dois índices, apesar da melhora na situação corrente, os indicadores apontam para situação de dificuldades até o final do ano. De acordo com a leitura atual, os economistas afirmam que ainda é muito cedo para estimar algo sobre o segundo semestre, visto que com a proximidade das eleições, o cenário se torna incerto.

    FED: Medidas de ajuda à economia americana serão mantidas

    Ontem (17/09) foram divulgados pelo Federal Reserve (FED) os principais pontos da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), em especial com relação à política monetária adotada nos Estados Unidos. De acordo com a nota, a normalização da economia americana provavelmente não será iniciada em breve, tendo em vista que algumas das medidas tomadas em junho de 2011 ainda permanecem aplicáveis na economia atual.

    O FOMC manteve o foco na maximização do emprego e na estabilidade de preços, visto que, segundo sua visão, com a política de acomodação adequada, a atividade econômica avançará moderadamente, ao mesmo tempo que a inflação e os indicadores relacionados ao mercado de trabalho tenderão a permanecer em níveis considerados consistentes pelo comitê. Com relação à taxa de juros americana, não houve sinalização de aumento.

    O momento da realização da política de normalização, assim como a velocidade de sua implementação, será determinado pelo comitê, de forma que a estabilidade dos preços seja mantida, assim como altos índices de empregabilidade. Com a alta dos juros haverá, ainda, a diminuição dos estoques de títulos em poder do FED.

    Por fim, foi registrado também as atualizações das projeções realizadas pelo FOMC. O crescimento do PIB é previsto entre 2,0% e 2,2% em 2014; entre 2,6% e 3,0% para 2015; além de permear entre 2,6% e 2,9% em 2016 e 2,3% e 2,5% em 2017. Os níveis de desemprego esperados são de 5,9% a 6,0% em 2014; 5,4% a 5,6% em 2015; 5,1% a 5,4% em 2016 e 4,9% a 5,3% em 2017. Por fim, na média, a taxa de juros esperada é de 1,25% para 2015; 2,68% para 2016 e 3,54% em 2017.

    Inflação nos EUA desacelera e chega a 1,7% em doze meses

    O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos Estados Unidos apresentou recuo de 0,2% em agosto, de acordo com dados divulgados ontem (17/09) pelo Departamento de Estatísticas do Trabalho (BLS) do país. O resultado de agosto não surpreende, visto que a inflação vinha desacelerando desde maio, chegando a 0,3% em junho e 0,1% em julho. No acumulado em doze meses, a inflação ficou em 1,7%, abaixo da meta estabelecida anteriormente pelo Federal Reserve (Banco Central americano).

    A principal contribuição para o resultado de agosto foi o grupo de Energia, que sofreu uma queda de 2,6% na margem, ante recuo de 0,3% em julho. Dentro desse grupo o maior impacto deflacionário veio do subitem gasolina, cujo recuo em agosto foi de 4,1%. No acumulado em doze meses, o grupo Energia apresenta avanço de 0,4%. O grupo de Alimentação apresentou desaceleração na passagem de julho para agosto ao variar 0,2%, ante 0,4% na leitura anterior. Em doze meses, os preços do grupo acumulam alta de 2,7%.

    Analisando pelo núcleo da inflação, que exclui Alimentação e Energia, foi visto estabilidade em agosto (0,0%). No acumulado em doze meses, o índice também chegou a 1,7%.

    Apesar do corte nos estímulos monetários pelo Federal Reserve e da recuperação da atividade do país, o resultado da inflação fortalece as expectativas de que as taxas de juros norte-americanas continuem no mesmo patamar, visto que alguns indicadores do mercado de trabalho ainda não se encontram em patamar suficientemente satisfatório.

    EUA: Déficit em Conta Corrente recua para 98,5 bilhões de dólares

    Foi divulgado ontem (17/09) o resultado da Transações Internacionais dos Estados Unidos no segundo trimestre de 2014 pelo Departamento de Análise Econômica (BEA). Segundo a análise, o déficit em conta corrente do país teve uma diminuição de US$ 102,1 bilhões no primeiro trimestre para US$ 98,5 bilhões no segundo trimestre, chegando ao nível de 2,3% do PIB americano.

    De acordo com o BEA, a diminuição do déficit da conta corrente se deu, principalmente, pela contração do déficit em renda secundária (US$ 21,4 bilhões), além do aumento do superávit em serviços (US$ 58,9 bilhões) e renda primária (US$ 53,1 bilhões). Houve, entretanto, um aumento do déficit de bens, chegando a US$ 189,2 bilhões no segundo trimestre, haja vista o déficit de US$ 182,3 bilhões aferidos no trimestre imediatamente anterior.

    Foi registrado aumento das exportações em cinco das seis maiores categorias, com destaque para Suprimentos Industriais e Materiais, Bens de Capital e Veículos Automotivos, Peças e Motores. Os resultados das exportações foram de US$ 408,8 bilhões no segundo trimestre, em comparação com os US$ 399,5 bilhões no trimestre anterior.

    Por outro lado também foi registrado avanço em cinco das seis maiores categorias de importação do país, de forma que os maiores avanços se deram em Veículos Automotivos, Peças e Motores, Bens de Capital e Bens de Consumo. O volume de importações chegou a US$ 598 bilhões no período, contra US$ 581,9 bilhões no período anterior.

     
     Copyright © 2014 Fiesp. Todos os direitos reservados. Dúvidas e sugestões, clique aqui
    Se você não deseja mais receber esse informativo, clique aqui.

    Macro Visão é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e
    do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)

    Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

    Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini