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Informativo eletrônico - Edição 1547 Quarta-Feira, 01 de outubro de 2014
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Indicador do Nível de Atividade da indústria mostra estabilidade em agosto
  • Confiança de Serviços recua novamente e chega ao pior nível desde 2009

    Economia Internacional

  • Industria de transformação da zona do euro desacelera em setembro
  • EUA: Confiança do Consumidor recua em setembro

  • Indicador do Nível de Atividade da indústria mostra estabilidade em agosto

    Ontem (30/09), foi divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) o Indicador de Nível de Atividade (INA), que sintetiza indicadores do Levantamento de Conjuntura, buscando quantificar as mudanças da atividade industrial no estado. Segundo a divulgação, na passagem de julho para agosto, descontadas as influências sazonais, a atividade da indústria de transformação paulista ficou estável (0,0%), ante alta de 0,4% no mês imediatamente anterior.

    Com relação à variação comparada ao mesmo mês do ano anterior, houve variação de -7,1% da atividade no setor, valendo destacar que em agosto deste ano houve 21 dias úteis, um a menos do que em agosto de 2013. Na comparação do acumulado de janeiro a agosto de 2014 com o mesmo período de 2013 a indústria paulista exibe forte queda (-6,7%). A mesma tendência é apresentada na comparação acumulada em 12 meses, onde o índice exibi contração de 5,0%. Assim, conforme apontado pela entidade, espera-se que o setor encerre o ano de 2014 com retração de 5,0% em sua atividade, dada a ausência de indicadores que indiquem uma recuperação nos próximos meses.

    Em relação as atividades, vale salientar a variação de agosto com o mesmo mês do ano anterior de Veículos Automotores (-0,1%), Máquinas e Equipamentos (-8,9%) e Produtos Químicos (-0,5%). O resultado da primeira atividade vem em linha com os divulgados pela ANFAVEA, que apontaram retração de 0,4% na produção de autoveículos no mês de agosto. A segunda atividade, muito ligada ao nível de investimento e confiança do empresário (ambos deprimidos), teve sua queda também confirmada pela ABIMAQ, relatando que o faturamento real da indústria de máquinas e equipamentos em agosto foi 8,0% inferior ao observado em julho. Já a atividade de químicos vem sofrendo nos últimos períodos com a forte penetração de produtos importados, dado confirmado pelo índice de penetração de importados da CNI (de 29,1% no setor) e pelo aumento das importações de produtos químicos no ano (6,5%), apontados pela FUNCEX.

    Por fim, com relação ao Levantamento de Conjuntura da indústria, já desconsiderados as influências sazonais, houve piora em relação ao mês anterior em todos os elementos analisados, com exceção do Nível de Utilização da Capacidade Instalada que mostrou estabilidade (0,0%). Destaque para as variações de Total de Horas Pagas (-4,7%), Horas Trabalhadas na Produção (-7,1%), Total de Salários Reais (-6,3%) e Total de Vendas Reais (-8,1%).

    Confiança de Serviços recua novamente e chega ao pior nível desde 2009

    O Índice de Confiança de Serviços (ICS) apresentou recuo de 3,2% em setembro, já expurgados os efeitos sazonais, de acordo com dados divulgados hoje (01/10) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado mostra aceleração do ritmo de recuo, já que no mês agosto o índice havia registrado queda de 3,1%. Com isso, o ICS chegou a 100,7 pontos, o menor desde março de 2009. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o empresário do setor apresenta recuo de 13,9% em sua confiança.

    O principal fator que contribuiu para a queda do ICS foi a forte variação negativa do Índice de Situação Atual (ISA), que sofreu queda de 6,2% em setembro, ante avanço de 0,8% em agosto. Com esse resultado, o ISA chegou a 82,0 pontos. O Índice de Expectativas (IE), por sua vez, aferiu recuo de menor intensidade (-1,0% em setembro, ante -5,7% em agosto), chegando a 119,4 pontos. De acordo com o boletim, o desempenho atual da economia vem impactando no setor de serviços, situação que deve se prolongar até o final do ano.

    Entre as principais causas do recuo no ISA, destaque para Volume de Demanda Atual, com queda de 9,3% em seu indicador e Situação Atual de Negócios, cujo recuo foi de 3,5%. Em relação ao desempenho do IE, ressalta-se tanto a Tendência de Negócios quanto o indicador de Demanda Prevista, variando -1,1% e -0,9%, respectivamente.

    Industria de transformação da zona do euro desacelera em setembro

    O Índice de Gerência de Compras (PMI) da Indústria de Transformação da Zona do Euro chegou a 50,3 pontos em setembro, livre de influências sazonais, de acordo com dados divulgados hoje (01/10) pelo instituto Markit. O índice desacelera em relação a agosto, quando o PMI foi de 50,7 pontos e vem pior do que a prévia, que na semana passada registrou PMI de 50,5 pontos, chegando assim ao nível mais baixo desde julho de 2013, permanecendo levemente acima do nível de estabilidade (50 pontos).

    A queda do índice de novas encomendas se deve a demanda interna fraca, enquanto que os pedidos de exportação tiveram sensível melhora em setembro. O nível de emprego na região, outra medida que impacta fortemente no PMI, apresentou acomodação em setembro.

    Alemanha e França, maiores economias da região, apresentaram resultados distintos no mês de setembro. A Alemanha passou do nível de expansão da produção para contração ao variar -1,5 pontos, chegando a 49,9 em setembro. O país continua a ser afetado pela instabilidade geopolítica na Ucrânia e a menor demanda exterior pelos produtos alemães.

    Em relação à França, o PMI passou de 46,9 pontos para 48,8 em setembro, mostrando menor queda da atividade na indústria de transformação, dado que o índice continua abaixo dos 50 pontos. O nível de emprego, novos negócios, novas encomendas e pedidos para exportação mostraram uma queda menor do que o esperado, fazendo com que o índice avance em setembro.

    De acordo com o economista chefe da Markit, a atividade do setor ficou próxima a estabilidade, diferente do aferido no começo do ano, quando a indústria tinha bons índices de produção. Alemanha se juntou a França abaixo dos 50 pontos, afetando a Zona do Euro como um todo, sendo impactada pelas incertezas geopolíticas atuais. Assim, após estes resultados há uma pressão maior para que o Banco Central Europeu amplie suas medidas de estímulos.

    EUA: Confiança do Consumidor recua em setembro

    Ontem (30/09) foi divulgado pelo The Conference Board o Índice de Confiança do Consumidor (Consumer Confidence Index, em inglês) dos Estados Unidos. De acordo com a leitura atual, o índice registrou queda no mês de setembro, chegando a 86,0 pontos, ante 93,4 pontos no mês de agosto. O relatório aponta como razão para a queda na confiança do consumidor a avaliação menos positiva do mercado de trabalho.

    O Índice de Situação Atual também apresentou recuo no mês de setembro, passando de 93,9 pontos em agosto para 89,4 pontos nesta leitura. A avaliação quanto as condições dos negócios passaram por leve ajuste no mês, levando em consideração que os consumidores que avaliam a condição atual do mercado como boa recuaram de 23,5% em agosto para 23,4% em setembro, enquanto que a proporção daqueles que avaliam a situação como ruim permaneceu no mesmo nível de agosto (21,3%). Houve piora, entretanto, na avaliação quanto ao mercado de trabalho, registrando recuo dos consumidores que acreditam na existência de empregos em abundância no país (de 17,6% para 15,1%), ao passo que os consumidores que concordam que existe dificuldade em se conseguir emprego avançaram de 30,0% em agosto para 30,1% em setembro.

    Com relação ao Índice de Expectativas, o índice registrou queda de 93,1 pontos em agosto para 83,7 pontos em setembro. Tal resultado é reflexo da diminuição da proporção de consumidores que acreditam numa melhora na condição dos negócios nos próximos seis meses (de 20,8% em agosto para 18,6% em setembro), assim como o aumento da proporção de consumidores que acreditam que haverá uma piora (de 9,9% em agosto para 12,0% em setembro). Já as expectativas relacionadas ao mercado de trabalho também pioraram, uma vez que houve decréscimo dos consumidores que acreditam que haverá criação de novas vagas nos próximos meses (de 17,8% para 15,2%), além do acréscimo daqueles que esperam um menor número de vagas (de 15,2% para 17,8%). Por fim, em relação as expectativas salariais, a parcela de consumidores que espera aumento na renda cresceu (de 15,5% para 16,8%), parcialmente anulado pelo crescimento da parcela que espera queda na renda (de 11,3% para 11,6%).

    O resultado apresentado pela Conference Board segue trajetória contraria ao índice de Sentimento do Consumidor da Universidade de Michigan em setembro, que chegou a marca de 84,6 pontos, a mais alta desde julho de 2013.

     
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