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Informativo eletrônico - Edição 1551 Terça-Feira, 07 de outubro de 2014
 

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Economia Brasileira

  • IGP-DI desacelera em setembro influenciado por preços ao produtor
  • ANFAVEA: Apesar do aumento em setembro, produção de veículos segue fraca

    Economia Internacional

  • Alemanha: Produção industrial recua 4,0% em agosto
  • Reino Unido: Produção industrial apresenta estabilidade no mês de agosto

  • IGP-DI desacelera em setembro influenciado por preços ao produtor

    A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou hoje (07/10) o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) relativo ao mês de setembro. De acordo com a publicação, o IGP-DI variou 0,02% no mês de setembro, desacelerando em relação ao mês de agosto, quando o índice apresentou variação de 0,06%. No mesmo mês do ano anterior, o índice havia registrado alta de 1,36%. O resultado atual leva o nível de preços do IGP-DI acumulado em 12 meses para 3,24%.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que corresponde por cerca de 60% do índice, mostrou recuo de 0,18% em setembro, ante avanço de 0,04% em agosto. Os Bens Finais mostraram leve avanço (0,03%), equiparando-se ao recuo do mês anterior (-0,03%). A categoria foi influenciada pelo subgrupo de bens de consumo não duráveis exceto alimentação e combustíveis (de 0,31% para 0,76%). Com relação aos Bens Intermediários, foi registrada nova desaceleração (de 0,08% para -0,09%). Na ótica de analise visando estágio de Origem da Produção verifica-se desaceleração no índice de Matérias-Primas Brutas (de 0,08% para -0,55%), impactado pelos preços das commodities. As principais variações negativas foram dos seguintes produtos: soja (de 026% para -5,50%), café (de 12,04% para -0,27%) e cana-de-açúcar (de -0,02% para -0,38%).

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), que representa 30% do índice, cresceu 0,49% em setembro, ante variação de 0,12% em agosto. Tal aceleração é resultado do crescimento dos preços em sete das oito classes avaliadas. A maior contribuição partiu do grupo Alimentação (de 0,13% para 0,55%). As outras classes que apresentaram avanço foram: Transportes (de -0,02% para 0,51%), Comunicação (de -0,53% para 0,67%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,12% para 0,64%), Habitação (de 0,34% para 0,48%), Vestuário (de -0,50% para 0,02%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,35% para 0,50%). Apenas o grupo de Despesas Diversas apresentou desaceleração (de 0,19% para 0,11%).

    Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI), que contribui com 10% do índice, mostrou aceleração ao passar de 0,08% em agosto para 0,15% em setembro. O avanço se deu, principalmente, pelo resultado relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços (de 0,16% para 0,33%). Vale ressaltar que o grupo relativo ao custo de Mão de Obra manteve estabilidade (0,00%) pelo segundo mês consecutivo.

    ANFAVEA: Apesar do aumento em setembro, produção de veículos segue fraca

    Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (07/10) pela ANFAVEA, a produção total de veículos aumentou 15,3% em setembro, após expurgados os efeitos sazonais, atingindo cerca de 290 mil unidades produzidas. O resultado na margem, entretanto, não anula o fato da produção atual se encontrar cerca de 7,2% abaixo do nível apresentado em setembro do ano anterior.

    Na comparação contra igual mês do ano anterior, foi visto forte recuo na produção de caminhões (-30,3%), Ônibus (-8,9%) e Automóveis (-6,4%), categoria mais representativa em termos de unidades). Porém, quando se comparado ao mês de agosto, a produção de Automóveis avançou 14,3%, já descontados as influências sazonais, ao passo que a produção de comerciais leves avançou 24,5%, em igual base de comparação.

    As vendas também mostraram retomada em setembro, após avançar 0,7% em agosto, o volume de vendas ao mercado interno avançou 1,3% nesta leitura, na base mensal e ajustado sazonalmente. Por outro lado, o resultado é pior quando se comparado a igual mês do ano anterior, onde as vendas recuaram 4,5%, com destaque para queda de 5,3% no comercio de automóveis. Em relação ao mercado externo, o resultado é mais drástico, visto que as exportações de veículos recuaram 40,3% em setembro, frente setembro do ano anterior, lembrando a importante colaboração da crise argentina para diminuição da demanda externa pelos veículos brasileiros. Por fim, com o resultado ainda fraco das vendas, o volume de estoque avançou 2,8% frente ao mês de agosto.

    Alemanha: Produção industrial recua 4,0% em agosto

    De acordo com os dados divulgados hoje (07/10) pelo Departamento de Estatísticas Oficiais da Alemanha (Destatis), a produção industrial da Alemanha em agosto recuou 4,0% na comparação com o mês anterior, já descontadas as influências sazonais. Anulando assim o resultado do mês de julho, quando foi visto incremento de 1,6% na produção do setor. Quando se avaliado o resultado da indústria excluindo o desempenho dos setores de energia e construção, a produção apresentou recuo de 4,8%.

    Na divisão por grupos, destaque para a produção de bens de capital, com decréscimo de 8,8%, seguida pelas variações negativas na produção de bens intermediários (-1,9%) e bens de consumo (-0,4%). O único avanço considerável se deve à produção de energia, que aumento 0,3% no período.

    O resultado atual foi amplamente influenciado pela queda das encomendas à indústria no período. Segundo dados divulgados ontem (07/10) pelo Destatis, em agosto as novas encomendas à indústria, excluídos os efeitos sazonais, diminuíram 5,7% na comparação mensal. Houve retração tanto das encomendas internas (-2,0%) quanto das externas (-8,4%). Na divisão por grupos, foram registrados decréscimos nas novas encomendas de bens intermediários (-3,0%) e bens de capital (-8,5%), ao passo que os bens de consumo apresentaram um avanço significativo (3,7%).

    Reino Unido: Produção industrial apresenta estabilidade no mês de agosto

    Hoje (07/10) foram divulgados pela ONS (Office for National Statistics) os dados referentes à produção industrial do Reino Unido no mês de agosto. De acordo com o estudo, foi registrada estabilidade (0,0%) na produção industrial na comparação com o mês imediatamente anterior, já expurgados os efeitos sazonais. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, existiu avanço de 2,5%.

    Na comparação com julho, a estabilidade no período é reflexo do baixo crescimento da indústria de transformação (0,1%) e do setor de geração de energia e gás (2,0%). Tais setores tiveram seus desempenhos anulados pelos recuos de 1,3% na indústria extrativa e de 0,8% no setor de água e tratamento de esgoto.

    Por outro lado, na comparação interanual, entre os quatro grandes setores, dois apresentaram forte avanço. O crescimento no período também foi impactado pelos resultados da indústria de transformação e do setor de geração de energia e gás, com altas de 3,9% e 8,2%, respectivamente. Já a indústria extrativa apresentou recuo no período (-3,0%), juntamente com o setor de água e tratamento de esgoto (-4,5%).

    De forma geral, o resultado da indústria britânica vai em sentido oposto a grande parte dos países da Zona do Euro, cujo setor ainda vem mostrando grande fragilidade. Assim, sinaliza-se a possibilidade do Banco da Inglaterra iniciar o aumento de juros nos próximos meses, ao passo que o Banco Central Europeu deve adotar novo programa de estímulos para a economia da região.

     
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