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Informativo eletrônico - Edição 1552 Quarta-Feira, 08 de outubro de 2014
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Inflação registra forte aceleração em setembro e acumula alta de 6,75% em 12 meses
  • Industria paulista continua exibindo as maiores perdas em 2014

    Economia Internacional

  • FMI: Projeção de crescimento do Brasil em 2014 cai para 0,3%

  • Inflação registra forte aceleração em setembro e acumula alta de 6,75% em 12 meses

    Na manhã desta quarta-feira (08/10) o IBGE divulgou o resultado de setembro para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). De acordo com a leitura atual, o índice registrou variação de 0,57%, mais que o dobro dos 0,25% registrado em agosto. Vale lembrar que apesar das características sazonal de aceleração na passagem de agosto para setembro, o resultado também supera em grande magnitude a variação apresentada em setembro de 2013 (0,35%). O mercado acreditava que a inflação avançaria, em média, 0,47% nesta avaliação. Com a divulgação, o índice mostrou forte alta em seu acumulado em 12 meses, passando de 6,51% para 6,75%, ficando muito acima do teto limite da meta oficial buscada pelo Banco Central (6,50%). No ano de 2014 até o nono mês, o índice de preços ao consumidor registra aumento de 4,61%, superando o resultado aferido em igual período do ano anterior (3,79%).

    Em relação as classes de despesas que compõem o índice, a forte aceleração foi puxada em grande medida pelo aumento dos preços em Alimentos e Bebidas (de -0,15% para 0,78%), impactando em 0,19p.p. o índice geral, refletindo, principalmente, o aumento do item carne (de 0,43% para 3,17%, responsável por 0,08p.p.). Outra categoria que registrou significativa contribuição para o aumento dos preços no mês foi Transportes (de 0,33% para 0,63%), com significativa contribuição dos preços das passagens aéreas (17,85%).

    Além destas, as classes de Vestuário (de -0,15% para 0,57%), Despesas pessoais (de 0,09% para 0,39%) e Comunicação (de 0,10% para 0,13%) também apresentaram aceleração, captando as novas coleções devido a troca de estação, bem como o aumento dos preços nas diárias de hotéis e o ajuste altista nas tarifas de telefones fixos.

    A classe de Habitação (de 0,94% para 0,77% impactando em 0,11p.p.), que apesar de demonstrar desaceleração, também merece destaque, puxado em grande medida pelas contas de energia elétrica (1,37%), amenizadas pela queda nas taxas de agua e esgoto (-0,45%), reflexo das bonificações dadas pelo Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água em São Paulo.

    Ademais, Artigos de Residência (de 0,47% para 0,34%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,41% para 0,33%) e Educação (de 0,43% para 0,18%) também evidenciaram redução na taxa de crescimento de preços de agosto para setembro.

    Por fim, em relação as regiões avaliadas, destaque para o IPCA Salvador (0,99%) e de Brasília (0,98%), onde na primeira região o item que causou maior impacto foi combustíveis (10,22%), enquanto na segunda os preços das passagens aéreas (14,38%) foram os responsáveis pela aceleração acentuada em setembro. Vale frisar também que em ambas regiões a energia elétrica apresentou significativo aumento (7,10% e 12,54%, respectivamente). Em contrapartida, Goiânia (0,19%) registrou o menor crescimento dos preços no mês, refletindo a queda nos preços dos combustíveis (-7,03%). São Paulo, por sua vez, apresentou variação de 0,65%, ante 0,18% visto no mês de agosto, acumulando, portanto, alta de 6,66% em seu IPCA em 12 meses.

    Industria paulista continua exibindo as maiores perdas em 2014

    De acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) relativa ao mês de agosto divulgados hoje (08/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que a alta de 0,7% da produção industrial nacional na passagem de julho para agosto foi disseminada dentre regiões avaliadas, uma vez que 10 dos 14 locais pesquisados mostraram avanço na margem, após ajuste sazonal.

    As variações mensais positivas foram registradas nas seguintes regiões: Rio Grande do Sul (4,2%), Goiás (3,3%), Espírito Santo (3,2%), Ceará (2,8%), Pernambuco (2,7%), Paraná (2,1%), Pará (2,0%), São Paulo (0,8%), Santa Catarina (0,5%) e Minas Gerais (0,1%). Já as variações negativas foram registradas nas regiões: Nordeste (-1,2%), Rio de Janeiro (-1,6%), Bahia (-4,2%) e Amazonas (-4,5%).

    Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, foi verificado queda de 5,4% na produção da indústria brasileira em agosto de 2014, reflexo do grande número de resultados negativos regionais. Entre as retrações mais intensas, destacam-se: Paraná (-10,3%), Bahia (-9,7%), São Paulo (-8,6) e Amazonas (-8,0%). Grande parte deste recuo pode responsabilizado pela redução da produção nos setores de veículos automotivos. Já entre os resultados positivos, destaque para o Espírito Santo (13,7%), que teve seu resultado afetado diretamente pelo desempenho do setor extrativo. Os outros resultados positivos foram exibidos no Pará (6,0%), Goiás (3,7%) e Mato Grosso (0,1%).

    Na análise do acumulado do ano frente ao mesmo período do ano anterior, destaque para São Paulo - região de maior pesa no setor de transformação no país - onde foi registrado o pior resultado entre as regiões pesquisadas (-5,7%). Na mesma base de comparação, a indústria brasileira recuou 3,1% no período. Também apresentaram resultados negativos: Paraná (-5,6%), Bahia (-5,3%), Rio Grande do Sul (-5,3%), Rio de Janeiro (-3,1%), Santa Catarina (-2,4%), Minas Gerais (-1,9%), Ceará (-1,5%) e Nordeste (-0,8%). Já os resultados positivos foram registrados em seis regiões, sendo elas Pará (10,6%), Pernambuco (2,1%), Amazonas (1,7%), Espírito Santo (1,6%), Mato Grosso (1,1%) e Goiás (0,5%).

    Por fim, ainda referente a São Paulo, esta perda acumulada de 5,7% em 2014 é explicada pela diminuição na produção em doze das dezoito atividades analisadas. O maior impacto negativo veio da atividade de veículos automotores, reboques e carrocerias (-17,3%), motivada pela redução na produção de fabricação de automóveis e caminhões, que dentre outros fatores, vem sendo fortemente impactada pela crise Argentina. Vale destacar ainda as influências negativas vindas de máquinas e equipamentos (-8,7%), de produtos de metal (-9,7%), de metalurgia (-11,6%) e de outros produtos químicos (-5,9%). Por outro lado, as atividades de produtos alimentícios (1,2%), de outros equipamentos de transporte (6,0%) exibem resultados positivos no ano.

    FMI: Projeção de crescimento do Brasil em 2014 cai para 0,3%

    Ontem (07/10) o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou suas novas projeções para o crescimento mundial, como parte do seu recente World Economic Outlook de outubro. De acordo com a atualização, a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2014 sofreu uma queda brusca, passando de 1,3% estimado em abril para 0,3% nesta leitura atual (igual patamar esperado pela OCDE, divulgado em 15/09). O mesmo movimento foi visto para a expectativa de crescimento relativa ao ano de 2015, com redução de 0,7 p.p., chegando ao nível de 1,4%. Tal resultado reflete o baixo nível de investimentos no país, assim como a desaceleração do consumo, além das constantes quedas nos níveis de confiança do empresário e do consumidor.

    A avaliação quanto ao crescimento da China permaneceu inalterada em relação à última análise, sendo esperado um avanço de 7,4% em 2014, desacelerando para 7,1% em 2015.

    Dentre os países desenvolvidos, a vigorosa recuperação apresentada pelos EUA, levou o fundo a reajustar positivamente suas projeções para o país. De acordo com as estimativas atuais, o crescimento dos EUA ficará em torno de 2,2% em 2014, avançando para 3,1% em 2015. Vale ressaltar que na análise anterior esperava-se um crescimento de 1,7% e 3,0%, respectivamente.

    Em contrapartida, devido aos resultados adversos apresentado pelas economias da Zona do Euro, denotando ainda a fragilidade econômica no bloco, as estimativas de crescimento da região foram reajustadas para baixo. No que diz respeito ao resultado de 2014, as projeções para o crescimento recuaram de 1,1% para 0,8%. De maneira análoga, o resultado de 2015 caiu de 1,5% para 1,3%.

    Por fim, em relação ao cenário global, as projeções da instituição para o crescimento mundial recuaram de 3,4% para 3,3% em 2014, refletindo as surpresas registradas no primeiro semestre, como o inverno rigoroso nos EUA, bem como os conflitos na região da Rússia e Ucrânia. Para 2015, a estimativa recuou de 4,0% para 3,8%, que apesar do ajuste baixista, denota a recuperação global mais robusta no próximo ano.

     
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