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Informativo eletrônico - Edição 1557 Quarta-Feira, 15 de outubro de 2014
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Volume de Vendas aumenta 1,1% em agosto

    Economia Internacional

  • Taxa de desemprego no Reino Unido mantem ritmo de queda em agosto
  • Inflação da China desacelera em setembro
  • Inflação da Alemanha permanece em 0,8% pelo terceiro mês seguido

  • Volume de Vendas aumenta 1,1% em agosto

    O Volume de Vendas do Varejo em seu conceito restrito registrou aumento de 1,1% na passagem de julho para agosto, após ajuste sazonal, conforme divulgou hoje (15/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em sua Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). A projeção realizada pelo Depecon/FIESP estimava um avanço de 0,5%, enquanto que a média das expectativas do mercado apontava variação de 0,9%. Na leitura de julho, as vendas no varejo restrito haviam mostrado recuo de 1,0%. Na comparação com agosto de 2013, o volume de vendas diminuiu em 1,1%, ao passo que o acumulado em doze meses exibe avanço de 3,6%.

    Já no que tange o Volume de Vendas do Varejo em seu conceito ampliado - que inclui vendas de veículos e materiais de construção – o setor registrou queda de 0,4% na passagem de julho para agosto, já descontados os efeitos sazonais. Se comparado a igual mês do ano anterior, volume de vendas neste conceito recuou 6,8%.

    Das dez atividades que compõem a pesquisa, oito apresentaram variação positiva na passagem para o oitavo mês do ano. A atividade de Equipamentos para Materiais de Escritório apresentou avanço de 7,5%, seguido por Tecidos, Vestuário e Calçados, que mostrou aumento de 3,2% no volume de vendas. Destaca-se, também, a atividade de Artigos Farmacêuticos, cujas vendas expandiram em de 2,5%. As demais atividades que registraram crescimento de vendas no período são: Outros Artigos de Uso Pessoal (1,6%), Combustíveis e Lubrificantes (1,4%), Móveis e Eletrodomésticos (1,3%), Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (0,9%) e Material para Construção (0,2%). Dentre as variações negativas, destaca-se o setor de Veículos e Motos, Partes e Peças, apresentado variação de -2,5%, destoando dos resultados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (FENABRAVE), que registraram leve variação positiva nas vendas de veículos na passagem mensal. Já os segmentos de Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo mostraram pequena diminuição no período (-0,1%).

    Em relação aos resultados das vendas acumuladas no ano até agosto, seis das dez atividades analisadas apresentaram alta no volume de vendas no período. No que tange as variações positivas, destacam-se: Artigos Farmacêuticos (9,3%), Outros Artigos de Uso Pessoal (8,2%) e Combustíveis e Lubrificantes (3,0%). Por outro lado, entre as variações negativas, destacam-se as atividades: Veículos e Motos, Partes e Peças (-9,8%), Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-6,8%) e Equipamentos e Materiais para Escritório (-4,2%). O resultado leva o índice ampliado a registrar forte queda (1,5%) nos oito meses de 2014, frente a iguais meses de 2013, ficando muito abaixo dos resultados apresentados nos últimos anos, denotando a forte perda da força no comércio neste ano.

    No que tange a variação interanual, somente três das dez atividades apresentaram avanço, sendo eles: Artigos Farmacêuticos (7,1%), Outros Artigos de Uso Pessoal (4,4%) e Combustíveis e Lubrificantes (0,1%). A alta nas vendas de Artigos Farmacêuticos é explicada pelo avanço do seu preço nos últimos doze meses, que se encontra abaixo do nível do IPCA, na mesma base de comparação, juntamente com a essencialidade de seus produtos. Dentre os resultados negativos, os maiores destaques foram: novamente a atividade de Veículos e Motos, Partes e Peças (-17,4%), influenciado pelo menor ritmo de crédito e comprometimento da renda familiar; Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-8,9%), explicada pela variação de seus preços acima do nível médio do IPCA; e Móveis e Eletrodomésticos (-7,5%), refletindo impacto do menor ritmo de crescimento do crédito com recursos livres.

    Dentre os resultados regionais - já livres de influências sazonais - vinte e três regiões apresentaram variações mensais positivas. Destacam-se os resultados positivos registrados no Piauí (4,7%), Rondônia (4,6%), Paraíba (3,8%), Maranhão (3,4%) e Acre (3,1%). Já os resultados negativos no período foram exibidos por Roraima (-1,5%), Amapá (-1,3%), Tocantins (-0,6%) e Espírito Santo (-0,1%). Ainda na comparação entre julho e agosto, São Paulo e Rio de Janeiro, que possuem grande importância na pesquisa, apresentaram variações de 0,9% e 1,0%, respectivamente.

    Por fim, os resultados do comércio varejista em agosto reforçam o cenário de acomodação do consumo doméstico, com piores resultados em seu conceito ampliado, que exibe queda no ano de 2014 até o oitavo mês, puxado pela diminuição das vendas de veículos. A deterioração de condicionantes, como o menor aumento da massa salarial real e os baixos níveis de confiança do consumidor sustentam a avaliação de continuidade do arrefecimento do consumo, em linha com o cenário de baixo crescimento econômico.

    Inflação da China desacelera em setembro

    O Índice de Preços ao Consumidor na China (CPI) apresentou desaceleração em setembro, de acordo com dados divulgados ontem (14/10) pelo Departamento de Estatísticas Nacionais (NBS). O índice de preços, no acumulado em doze meses, passou de 2,0% para 1,6%, patamar mais baixo desde janeiro de 2010. Apesar da desaceleração nessa métrica, na variação mensal foi registrado aumento da inflação, passando de 0,3% em agosto para 0,5% em setembro. Já no resultado acumulado de janeiro a setembro, a inflação na China avançou 2,1%.

    No acumulado em doze meses, a inflação nos centros urbanos foi de 1,7%, ao passo que o aumento do nível preços na área rural foi de 1,4%. Dentre as atividades, o destaque vai para os itens de Vestuário (2,4%) e Alimentação (2,3%), nesta base de comparação, tendo a última atividade registrado significativa desaceleração em relação ao mês anterior (3,0%). Além destes, vale ressaltar os preços do grupo Habitação, que cresceu 1,6% na mesma métrica de comparação. Já os itens que mostram variações negativas foram Bebidas e Fumo (-0,6%) e Transporte e Comunicação (-0,3%).

    No que tange o resultado mensal (alta de 0,5%), destaque para o aumento nos preços de Vestuário (1,0%), Recreação e Educação (0,9%) e Alimentação (0,8%), contrabalanceadas pelas quedas nos preços de Bebidas e Fumo (-0,1%) e Transporte e Comunicação (-0,3%).

    Por fim, a desaceleração do crescimento dos preços indica que, além da queda dos preços das commodities, o país demonstra que sua a demanda doméstica cresce moderadamente, em linha com a desaceleração da economia do país, dando espaço para novos estímulos por parte do governo chinês.

    Taxa de desemprego no Reino Unido mantem ritmo de queda em agosto

    A taxa de desemprego no Reino Unido chegou a 6,0% no trimestre findo em agosto, já retiradas as influências sazonais, segundo a publicação divulgada hoje pelo Departamento de Estatísticas Nacionais (ONS) do país. O resultado mostra melhora se comparado com o período que abrange os meses de março a maio de 2014 (6,4%). Em comparação com o mesmo período do ano anterior, a taxa de desemprego diminuiu em 1,7p.p.

    O número de pessoas empregadas no Reino Unido chegou a 30,8 milhões, ao passo que o número de desempregados foi estimado em aproximadamente 2,0 milhões, recuando em 154 mil empregos em relação ao trimestre imediatamente anterior, livre de influências sazonais.

    O resultado atual reforça a expectativa de que a recuperação da economia britânica segue em curso, em sentido contrário ao apresentado pelos países da Zona do Euro, levando a possibilidade do Banco da Inglaterra já apresentar mudanças em sua política monetária este ano (com possível alta de juros), ao passo que a região de moeda única deve ainda apostar em novos programas de estímulos para a economia.

    Inflação da Alemanha permanece em 0,8% pelo terceiro mês seguido

    O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) da Alemanha chegou a 0,8% em setembro, na variação acumulada em doze meses, de acordo com dados divulgados hoje (15/10) pelo Departamento de Estatísticas Oficiais da Alemanha (Destatis). O índice repetiu a mesma taxa apresentada em julho e agosto (ambas em 0,8%). A estabilidade também foi vista na comparação mensal, onde o nível dos preços da economia alemã não mostrou variação na passagem de agosto para setembro, ficando em 0,0% pelo segundo mês consecutivo.

    De acordo com a publicação, o principal motivo da estabilidade dos preços em baixo patamar vem do rebaixamento dos preços energético. Em sua variação acumulada em doze meses, o índice de energia recuou 2,2%. Na mesma base de comparação, Alimentação se elevou em 0,9%, com destaque para os produtos derivados do leite.

    Com esse resultado, as expectativas negativas quanto aos índices de preços voltam a rondar a Zona do Euro, mesmo com as medidas de incentivo ao crédito implementadas pelo Banco Central Europeu. Assim, o resultado da inflação vem em linha com a desaceleração da atividade econômica no país, reforçado pelos resultados de seus PMI e de sua produção industrial.

     
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