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Informativo eletrônico - Edição 1565 Segunda-Feira, 27 de outubro de 2014
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • FOCUS: Principais projeções permaneceram inalteradas
  • Confiança do Comércio registra recuo em outubro
  • Confiança no setor de serviços aumenta em outubro
  • Déficit em Transações Correntes chega a 3,7% do PIB em setembro

    Projeções de Mercado

  • FOCUS: Principais projeções permaneceram inalteradas

    A estimativa do mercado para o crescimento do PIB em 2014 (Produto Interno Bruto) permaneceu em 0,27%, igual patamar aferido na semana anterior, de acordo com dados divulgados hoje (27/10) pelo Banco Central em seu relatório FOCUS, que acompanha as projeções do mercado para os principais índices macroeconômicos do país. De acordo com a publicação, a projeção do PIB para 2015 continua em 1,00%, a mesma da semana anterior.

    Em relação ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a projeção atual ficou em 6,45%, não se alterando em relação aos dados divulgados na semana imediatamente anterior. Para 2015, também não houve mudanças em relação ao aumento dos preços, cuja estimativa permanece em 6,30%. No que tange a taxa Selic, houve alterações nas expectativas em 2015, passando de 11,88% para 11,50%, ao passo que para o fim de 2014, as expectativas permaneceram em 11,00%. Vale ressaltar que nesta quarta-feira (29/10) teremos reunião do COPOM e nova decisão quanto a taxa de juros.

    No que tange as taxas de câmbio, espera-se para o fim de 2014 uma taxa de R$/US$ 2,40, o mesmo resultado da semana anterior. Para 2015, o mercado espera paridade de R$/US$ 2,50, igualmente projetado na semana passada. Em relação às contas externas, estima-se um maior déficit de Transações Correntes, chegando a US$ 81,5 bilhões, ante US$ 81,0 bilhões visto no boletim do dia 20 de outubro. Para 2015, espera-se o mesmo valor do último FOCUS (déficit de US$ 75,0 bilhões). Quanto a Balança Comercial, projeta-se um superávit de US$ 2,10 bilhões em 2014, menor que o registrado no último relatório (US$ 2,29 bilhões). Também houve redução para o ano de 2015, ao passar de US$ 7,65 bilhões para US$ 7,21 bilhões.

    Por fim, a estimativa da Produção Industrial para este ano não foi alterada, com o mercado ainda apostando na queda de 2,24%. Para 2015 as expectativas recuaram de um aumento de 1,46% para 1,42%.

    Confiança no setor de serviços aumenta em outubro

    O Índice de Confiança de Serviços (ICS) apresentou avanço de 1,2% em outubro, já expurgados os efeitos sazonais, de acordo com dados divulgados hoje (27/10) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado representa a primeira variação positiva no ano, interrompendo nove quedas consecutivas. Em setembro, o ICS havia apontado queda de 3,2%. Com a leitura atual, o índice chegou a 101,9 pontos, sendo este o resultado mais baixo desde março de 2009 (100,4 pontos).

    O avanço de outubro reflete a melhora nas expectativas dos provedores de serviços. O Índice de Expectativas (IE) avançou 4,4%, ante recuo de 1,0% em setembro. Já o Índice de Situação Atual (ISA) recuou 3,3%, ante queda de 6,2%, o que mostra diminuição no ritmo de queda. Apesar disso, o ISA chegou ao menor nível da história do índice ao registrar 79,3 pontos.

    Ainda em relação às expectativas, o indicador de Tendência de Negócios aumentou em 4,4% e o de Demanda Prevista 4,3%. A parcela de empresas que espera melhora nos negócios passou de 32,8% para 36,0%, já as que esperam uma piora passou 12,6% para 10,5%.

    Confiança do Comércio registra recuo em outubro

    Hoje (27/10) foi divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) o Índice de Confiança do Comércio (ICOM). Foi registrada uma queda de 10,3% no trimestre findo em outubro, em comparação com o mesmo período do ano imediatamente anterior. Assim, nota-se uma aceleração no recuo do índice, uma vez que sua trajetória vem se tornando cada vez mais negativa desde fevereiro. Os resultados de agosto e setembro foram, respectivamente, -7,3% e -8,7%. Na comparação interanual mensal, registrou-se recuo de 8,7% no mês de outubro, desaceleração ante a queda de 11,3% registrada em setembro.

    De acordo com o economista da FGV responsável pela pesquisa, a Confiança do Comércio continua baixo e não há sinais de melhores perspectivas do setor, mesmo com as altas das vendas típicas do final do ano. Assim, o Índice de Situação Atual (ISA-COM) manteve a mesma variação de setembro na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior (-15,9%), enquanto que, na mesma base de comparação, o Índice de Expectativas (IE-COM) registrou queda de 6,8%, aceleração em relação a queda de 4,2% registrada no mês de setembro.

    Os destaques setoriais foram registrados em Veículos, Motos e Peças (-17,4%) e Materiais para Construção (-10,8%). Já os setores de Varejo Ampliado, Atacado e Varejo Restrito apresentaram variações de -10,7%, -9,5% e -9,2%, respectivamente.

    Déficit em Transações Correntes chega a 3,7% do PIB em setembro

    A Conta de Transações Correntes apresentou déficit de US$ 7,9 bilhões em setembro, de acordo com dados divulgados sexta-feira (24/09) pelo Banco Central do Brasil (BCB). O resultado denota um agravamento do déficit na comparação com o mês de agosto (US$ 5,5 bilhões), levando o resultado acumulado em doze meses a um saldo negativo de US$ 83,6 bilhões, o equivalente a 3,7% do PIB (ante 3,47% no acumulado até agosto). Apesar do resultado, o Balança de Pagamento conseguiu terminar superavitário em setembro (US$ 339 milhões), mas muito inferior a agosto (US$ 2,44 bilhões) e setembro de 2013 (US$ 1,22 bilhão).

    O resultado da Balança Comercial ajudou no aumento do déficit das transações correntes, visto que seu resultado passou de um superávit de US$ 1,17 bilhão para déficit de US$ 940 milhões, diante da queda das exportações, de US$ 20,5 bilhões para US$ 19,6 bilhões.

    A Balança de Serviços, estruturalmente deficitária, apresentou resultado negativo de US$ 4,7 bilhões no mês de setembro, registrando, assim, alta de 4,4% em relação ao mês de setembro de 2013. O recuo de 2,4% nos gastos de viajantes estrangeiros ao Brasil e o avanço de 11,1% nos gastos de residentes brasileiros ao exterior, contribuíram para o aprofundamento do déficit. Destaque para a elevação dos gastos de aluguel de equipamentos (31,3%) e de royalties e licenças (11,6%).

    Em se tratando da Conta Financeira, o Investimento Estrangeiro Direto (IED) apresentou resultado de US$ 4,2 bilhões em setembro, ante resultado de US$ 6,8 bilhões em agosto. Em setembro de 2013 o resultado apresentado foi de US$ 4,8 bilhões. Destacam-se no mês as aplicações em participação (US$ 1,2 bilhão) e os ingressos líquidos provenientes de empréstimos intercompanhias (US$ 3,1 bilhões). No acumulado em doze meses, o IED apresentou resultado de US$ 66,5 bilhões, o equivalente a 2,94% do PIB.

    Por fim, no que tange às reservas internacionais no conceito liquidez (considerando títulos em dólar e outros recursos), atingimos US$ 375,7 bilhões em setembro, redução de US$ 3,6 bilhões em relação a agosto. Já no conceito caixa, foi apresentado resultado de US$ 375,5 bilhões na leitura atual.

     
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