Se você não está conseguindo visualizar este e-mail, clique aqui.

Informativo eletrônico - Edição 1566 Terça-Feira, 28 de outubro de 2014
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Confiança no setor de construção volta a recuar em outubro

    Economia Internacional

  • Alemanha: Confiança dos empresários e dos consumidores continua fraca
  • Ritmo de expansão da economia americana diminui em outubro

  • Confiança no setor de construção volta a recuar em outubro

    O Índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 14,8% no trimestre findo em outubro, em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com dados divulgados hoje (28/10) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado mostra maior deterioração da confiança do que o aferido no trimestre findo em setembro, quando foi registrado queda de 12,3%. No que tange a variação interanual mensal, a queda foi ainda maior, recuando 19,9% em outubro de 2014 em comparação com outubro de 2013 (em setembro o índice havia recuado 16,1% nesta base de comparação).

    As expectativas futuras, bem como o sentimento com a atual situação econômica do setor, contribuíram fortemente para o recuo de índice. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) sofreu perdas de 12,9% no trimestre findo em outubro (ante 9,7% em setembro). Já o Índice de Expectativas (IE-CST) apontou recuo de 16,5%, ante variação negativa de 14,5% no trimestre findo em setembro. De acordo com a coordenadora da pesquisa, o principal obstáculo para o avanço dos índices é a demanda enfraquecida, em todos os segmentos do setor.

    Em relação à Situação Atual de Negócios, a parcela de empresários que a considera como "boa" recuou de 19,6% para 19,3%, enquanto que aqueles que consideram como "ruim" passaram de 21,0% para 23,8%. Já no que tange a Tendência de Negócios, os que acreditam que haverá uma melhora na tendência diminuíram de 27,0% para 25,0%, ao passo que aqueles que acreditam em piorará aumentaram para 15,8%, ante 14,1%.

    Por fim, também foi divulgado na manhã de hoje o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC) pela FGV. O relatório indica que os custos do setor avançaram 0,20% em outubro, ante 0,16% em setembro. No acumulado em doze meses, o INCC apresentou avanço de 6,66%, além de aumento de 6,14% no ano, de janeiro a outubro. A maior contribuição veio do subindice de Materiais, Equipamentos e Serviços, que avançou 0,43%, ante 0,34% em setembro. O subindice de Mão de Obra não apresentou variação nesse mês (0,0%).

    Alemanha: Confiança dos empresários e dos consumidores continua fraca

    Ontem (27/10) foi divulgado o Índice de Clima de Negócios (índice Ifo) pelo Instituto Ifo. De acordo com a leitura, já descontados os efeitos sazonais, no mês de outubro o índice sofreu queda, passando de 104,7 para 103,2 pontos. O resultado totaliza o sexto recuo consecutivo, além de ser o menor resultado desde abril de 2013 (104,1 pontos). Tal perda é reflexo tanto da queda da Avaliação da Situação Atual (de 110,4 pontos para 108,4 pontos), quanto da queda das Expectativas Futuras (de 99,3 pontos para 98,3 pontos).

    Dos cinco componentes do índice Ifo, quatro apresentaram resultado negativo no mês de outubro. A atividade do Comércio e Indústria atingiu -0,6 pontos, ante 2,2 pontos no mês anterior. O setor de Construção apresenta o pior patamar, chegando a -7,2 pontos, ante -7,0 pontos na leitura anterior. O setor atacadista apresentou o único avanço da leitura, de -2,5 pontos em setembro para -0,2 ponto em outubro, reflexo da melhora na situação atual dos negócios do setor, após três quedas consecutivas. Já o setor varejista passou de -2,1 pontos em setembro para -4,6 pontos no mês atual, em virtude do descontentamento com a situação atual dos negócios. O índice da Indústria de Transformação foi o único positivo do período, apesar do forte recuo (de 6,2 pontos em setembro para 1,5 pontos em outubro), explicado pela deterioração na expectativa de negócios.

    Na sexta feira (24/10), também foi divulgado o Índice de Confiança do Consumidor alemão pela GfK (Associação Alemã de Pesquisas ao Consumidor). De acordo com a publicação, em outubro houve uma leve queda no índice, que chegou a 8,4 pontos, frente ao resultado de 8,6 pontos no mês anterior. A previsão do instituto para o mês de novembro é de uma leve alta para 8,5 pontos.

    Segundo o estudo, o consumidor alemão foi menos afetado pelos conflitos geopolíticos e pela desaceleração econômica do mês anterior, que em conjunto com a melhora no índice relativo à renda e com o aumento da propensão a consumir, sinaliza o fim da tendência de queda que a confiança do consumidor vem sofrendo nos últimos meses.

    O indicador de expectativas econômicas passou por leve queda no período, de 4,4 pontos para 4,3 pontos, mantendo-se acima de sua média histórica (0,0 pontos), porém abaixo do nível registrado em outubro de 2013 (11,3 pontos). Havia expectativa de um recuo mais intenso, levando em consideração a revisão para baixo do crescimento da economia alemã, além dos conflitos que vem ocorrendo na Ucrânia e do recente surto de Ebola. Assim, o indicador mostrou-se contra a tendência esperada.

    No que diz respeito à renda, na passagem mensal o indicador exibiu ganhos de 3,5 pontos, chegando ao nível de 46,9 pontos no mês de outubro. Tal avanço é reflexo da estabilidade no mercado de trabalho alemão, apesar do enfraquecimento econômico do país. Com um nível de emprego robusto, aliado a um aumento dos salários e inflação abaixo de 1%, o aumento real na renda deve ser mantido pelos próximos meses.

    Por fim, a propensão a consumir foi afetada positivamente pelo otimismo em relação à renda, chegando a 45,6 pontos em outubro, ante 42,5 pontos no mês de setembro. O indicador ainda mostra-se acima do nível apresentado no mesmo mês do ano anterior (44,4 pontos). Assim, com um mercado de trabalho mais estável, o consumo deve permanecer elevado.

    Ritmo de expansão da economia americana diminui em outubro

    O Índice de Gerência de Compras (PMI) Composto dos Estados Unidos mostrou leve recuo em seu ritmo expansivo no mês de outubro, de acordo com a prévia divulgada ontem (27/10) pelo instituto Markit. O índice chegou a 57,4 pontos, ante 59,0 em setembro. Apesar da piora na passagem mensal, o índice composto ainda apresenta forte expansão da atividade econômica, visto que ele se encontra bem acima do índice de estabilização (50,0 pontos).

    A leve desaceleração se deve tanto a prévia do setor da indústria de transformação quanto do setor de serviços. O primeiro passou de 57,5 para 56,2 pontos em outubro, ao passo que a prévia do setor de serviços passou de 58,9 para 57,3 pontos este mês. A diminuição no ritmo dos setores é explicada pela ausência de um aumento significativo de novos negócios. Apesar disso, em ambos setores a criação de empregos permanece forte.

    De acordo com o economista chefe da Markit, o resultado do PMI vem sinalizando leve acomodação do crescimento americano nesse quarto trimestre, apesar de ainda se mostrar robusto. Tensões geopolíticas, como na Ucrânia ou o contágio de Ebola preocupam os mercados, além da expectativa de normalização da política monetária promovia pelo Federal Reserve. O destaque positivo fica com os índices de emprego, cujo bons resultados vêm alicerçando o maior aquecimento da economia americana.

     
     Copyright © 2014 Fiesp. Todos os direitos reservados. Dúvidas e sugestões, clique aqui
    Se você não deseja mais receber esse informativo, clique aqui.

    Macro Visão é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e
    do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)

    Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

    Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini