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Informativo eletrônico - Edição 1570 Segunda-Feira, 03 de novembro de 2014
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • FOCUS: Mercado apresenta novo corte nas projeções do PIB e cambio mais depreciado
  • Tesouro Nacional registra déficit primário de R$ 20,4 bilhões em setembro

    Economia Internacional

  • China: PMI da indústria apresenta desempenho moderado em outubro
  • Zona do Euro: PMI da Indústria de Transformação avança em outubro

    Projeções de Mercado

  • FOCUS: Mercado apresenta novo corte nas projeções do PIB e cambio mais depreciado

    A projeção de crescimento do PIB em 2014 recuou para 0,24%, de acordo com dados divulgados hoje (03/11) pelo Banco Central em seu boletim Focus, o relatório semanal que acompanha as projeções do mercado para as principais variáveis macroeconômicas. No boletim anterior, as apostas se encontravam em 0,27%. Para o ano de 2015, a estimativa de crescimento do PIB permaneceu em 1,00%, a mesma expectativa vista a quatro semanas.

    No que tange o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a projeção também continua estável em relação ao boletim imediatamente anterior, permanecendo em 6,45% para o fechamento de 2014. Em 2015, a expectativa é de que a inflação chegue a dezembro do próximo ano com variação de 6,32%, ante 6,30% na estimativa anterior. Em relação à taxa Selic, a mediana de projeções para o fim de 2014 ficou estável em 11,00%, mesmo após a elevação desta para 11,25% na última reunião (em 29/10) do Comitê de Política Monetária (COPOM). Por outro lado, para 2015 o mercado elevou suas previsões quanto a taxa de juros básica, chegando a 12,00%, ante estimativa de 11,50% na semana anterior.

    Para a taxa de câmbio, houve elevação na projeção para o fechamento do ano, chegando a R$ 2,45, ante R$ 2,40 no último Focus. Já em 2015, espera-se uma taxa de câmbio mais depreciada, atingindo R$ 2,55, ante R$ 2,50 no boletim do dia 27/10. As projeções das contas externas apontam déficit em Conta Corrente de US$ 81,0 bilhões nesse ano, abaixo dos US$ 81,5 bilhões apresentado na leitura anterior. Para o próximo ano, a expectativa no saldo negativo em US$ 75,0 bilhões se manteve.

    O superávit da Balança Comercial sofreu novos cortes nesta semana, chegando a US$ 2,00 bilhões, ante US$ 2,10 bilhões na semana anterior. Hoje (03/11) será conhecido os resultados da balança para o mês de outubro, podendo levar a alterações nas projeções desta conta para a próxima semana. Quanto a 2015, a mediana das previsões de superávit está em US$ 7,24 bilhões. Por fim, o mercado diminuiu levemente a magnitude da queda na produção indústria deste ano, visto que as projeções atingiram -2,17%, ante -2,24% no último Focus. Para 2015, a expectativa é de crescimento de 1,42%.

    Tesouro Nacional registra déficit primário de R$ 20,4 bilhões em setembro

    O Tesouro Nacional divulgou na última sexta feira (31/10) o resultado primário do Governo Central relativo ao mês de setembro. De acordo com a publicação, foi constatado déficit de R$ 20,4 bilhões no mês em referência, o pior resultado para setembro desde o início da divulgação mensal, em 1997. Em agosto, o déficit registrado era de R$ 10,4 bilhões. O superávit acumulado em doze meses findo em setembro chega a R$ 33,3 bilhões, o equivalente a 0,7% do PIB.

    A receita líquida somou, em setembro, R$ 77,7 bilhões, ante R$ 82,5 bilhões no mês imediatamente anterior. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve aumento de 6,6% na receita líquida. Já em relação à despesa total, o resultado de setembro foi de R$ 98,1 bilhões, acima da despesa do mês de agosto (R$ 92,9 bilhões). Já em comparação com setembro de 2013, as despesas avançaram 17,7%.

    Por fim, no resultado acumulado do ano, as receitas foram de R$ 739,5 bilhões, ao passo que as despesas somaram R$ 755,2 bilhões. Portanto, em 2014, o resultado primário está em déficit de R$ 15,7 bilhões. Tal déficit é o primeiro registrado para os acumulados do ano até setembro desde o início da série. As receitas extraordinárias que virão do Refis, do Fundo Soberano, dividendo de estatais, além dos recursos vindo dos leilões de 4G devem sustentar o superávit (embora em patamares abaixo da meta) neste ano.

    China: PMI da indústria apresenta desempenho moderado em outubro

    O Índice de Gerência de Compras (PMI) da Indústria de Transformação da China avançou 0,2 ponto em outubro, já expurgados os efeitos sazonais, chegando a 50,4 pontos (o mesmo resultado da prévia), de acordo com dados divulgados hoje (03/11) pelo instituto Markit. Apesar de levemente acima de 50,0 pontos (indicando aumento), a atividade moderada do setor mostra desaceleração quando se comparado ao patamar atingido pelo índice em julho de 2014 (51,7 pontos).

    O aumento da produção em outubro está associado ao maior número de novos pedidos, embora a menores taxas expansivas dos últimos cinco meses, mesmo movimento visto para os novos negócios e os novos pedidos de exportação. O número de empregados também sofreu queda, pelo décimo segundo mês consecutivo, embora a uma taxa mais lenta desde julho.

    De acordo com o economista-chefe do HSBC na China, a economia chinesa ainda demonstra sinais de fraca demanda, com a desaceleração de vários índices importantes, apesar deles permanecerem acima dos 50 pontos, o que indica expansão. Dada as incertezas quanto ao desempenho da economia do país e o ritmo mais lento da recuperação global, espera-se medidas fiscais e monetárias para estimular a demanda nos próximos meses.

    Zona do Euro: PMI da Indústria de Transformação avança em outubro

    O instituto Markit divulgou hoje (03/11) o Índice de Gerência (PMI) da Indústria de Transformação da Zona do Euro. Segundo a leitura, já expurgados os efeitos sazonais, no mês de outubro o índice chegou a 50,6 pontos, levemente abaixo da prévia estimada pelo instituto (50,7 pontos) conforme noticiado pelo Macro Visão 1563. Tal resultado mostra um leve avanço da produção industrial, uma vez que em setembro o índice registrou 50,3 pontos. Vale ressaltar que leituras acima de 50,0 pontos sinalizam expansão na atividade do setor em questão.

    Mesmo com a melhora da atividade industrial, o nível de novas encomendas na Zona do Euro caiu pelo segundo mês seguido, resultado este amenizado pelo avanço na produção e aumento no nível de emprego.

    Houve grande discrepância nos índices apresentados dentre os países do bloco, uma vez que somente quatro deles sinalizaram expansão no mês de outubro. O PMI da Indústria de Transformação da Irlanda destacou-se com o mais alto resultado do mês (56,6 pontos). Os Países Baixos também mostraram um resultado satisfatório, visto que seu PMI mostrou expansão ao nível mais alto dos últimos três meses (53,0 pontos). A Espanha (52,6 pontos) apresentou novo aumento da atividade industrial em outubro, embora em igual ritmo aferido no mês de setembro. Já a Alemanha exibiu índice de 51,4 pontos, abaixo da prévia de 51,8 pontos realizada pelo instituto, mais ainda assim superando o resultado do mês anterior (49,9 pontos), amenizando os temores quanto ao desempenho da indústria na principal economia da região.

    Por outro lado, França e Itália, duas das principais economias da Zona do Euro, mostraram retração do setor no período. A França expôs um índice de 48,5 pontos, acima do registrado em sua prévia (47,3 pontos) mas abaixo do registrado no mês imediatamente anterior (48,8 pontos). A Itália, por sua vez, mostrou o pior resultado dos últimos dezessete meses (49,0 pontos), abaixo do resultado do mês de setembro (50,7 pontos) e da marca dos 50,0 pontos, sinalizando contração de sua indústria.

    De acordo com economista chefe do instituto Markit, o desempenho da indústria de transformação da Zona do Euro mostrou-se estável no início do quarto trimestre. Existe grande apreensão pela tendência de queda no número de novas encomendas, fator que pode impactar no desempenho futuro da indústria. Outra preocupação se dá pela disparidade entre os países, uma vez que economias como Irlanda e Países Baixos mostram uma expansão sólida de sua indústria, ao passo que grandes economias como França e Itália apresentam contração. Assim, apesar do resultado do mês, o foco do setor deve permanecer no corte de custos e no aumento da competitividade em busca do aumento das vendas, traduzindo-se em corte de empregos e diminuição de margens.

     
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