

Indicadores industriais mostram resultados diferentes em outubro
No início desta semana foram conhecidos importantes indicadores antecedentes ao resultado da produção industrial brasileira em outubro. O fluxo de veículos nas estradas pedagiadas avançou 1,1% na passagem de setembro para outubro, já expurgados os efeitos sazonais, de acordo com dados divulgados ontem (10/11) pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR). O resultado recompõe parcialmente a queda aferida em setembro, de 1,4%. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o índice ABCR avançou 1,6%, acumulando alta de 2,9% nos doze meses findo em outubro.
O resultado mensal reflete a alta de 0,9% do fluxo de veículos leves em outubro, na base dessazonalizada, ante recuo de 2,2% no mês de setembro. Em relação a outubro de 2013, houve avanço de 3,4% no fluxo de veículos leves, registrando aumento de 4,8% em doze meses. De acordo com a publicação, mesmo com o enfraquecimento de dados como emprego e renda, os salários ainda mostram avanços, suportando o aumento no fluxo desta categoria de veículos.
Por sua vez, o fluxo de veículos pesados - forte indicador da atividade industrial - também mostrou avanço na passagem de setembro para outubro (1,1%), já descontados as influências sazonais. Apesar do aumento na margem, houve recuo de 3,0% em comparação com o mesmo período do ano anterior, acumulando perdas de 2,2% na variação em doze meses. Os resultados atuais corroboram a fraca atividade industrial deste ano, frente ao ano anterior.
Por fim, foi divulgado hoje (11/11) o índice de expedição de papel ondulado (papelão) pela ABPO (Associação Brasileira de Papelão Ondulado), outro termômetro da produção industrial no país. O índice mostrou recuo de 0,3% em outubro, expurgados os efeitos sazonais, após avanço de 0,1% no mês anterior. Em comparação com outubro de 2013, houve queda de 1,8% na produção de papelão ondulado, ao passo que no acumulado em doze meses o índice registra perdas de 0,8%.

Estimativa da safra de grãos em 2014 chega a 193,5 milhões de toneladas
De acordo com dados divulgados hoje (11/11) pelo IBGE em seu Levantamento Sistemático de Produção Agrícola (LSPA), a estimativa de outubro para a safra de grãos em 2014 permaneceu estável em relação ao patamar esperado em setembro, de 193,5 milhões de toneladas. Por outro lado, a leitura atual mostra avanço se comparado com outubro de 2013, quando a estimativa da safra era de 188,2 milhões de toneladas. No que se refere à área colhida, houve um aumento de 6,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 56,2 milhões de hectares, ante 52,2 milhões em 2013.
Os três principais produtos da safra de grãos brasileira - arroz, soja e milho - apresentaram resultados díspares nas projeções de 2014. A produção de soja avançou 5,6% em relação a outubro de 2013, totalizando 94 milhões de toneladas (em linha com o divulgado ontem pela USDA), ao passo que a de arroz cresceu 3,4%, sinalizando uma produção de 12,3 milhões de toneladas. Já a produção de milho sofreu recuo de 2,7%, dada a produção estimada de 75,3 milhões de toneladas.
No que tange às regiões produtoras, o Centro-Oeste ainda concentra a maior parte da produção, chegando a 42,5% do total, com destaque para a produção no Mato Grosso, que corresponde a 24,4% da produção total, seguido pelo Sul do país (37,3%), Sudeste (9,2%), Nordeste (8,2%) e, por último, Norte (2,8%).

Construção Imobiliária apresenta queda no mês de outubro
O Monitor da Construção Civil divulgou ontem (10/11) o Índice de Atividade da Construção Imobiliária (IACI), que mede a área em construção (em fase de fundação, estrutura ou acabamento) de obras imobiliárias residenciais, comerciais, de turismo e outros, com abrangência nacional. De acordo com a leitura, já expurgados os efeitos sazonais, no mês de outubro o índice apresentou recuo de 2,0% na comparação com setembro, somando a sua sexta queda seguida, embora em menor ritmo, visto que em setembro o recuo da atividade no setor foi de 2,1%, na mesma base de comparação.
Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o IACI registrou queda de 10,5%, aceleração ante a leitura de setembro (-7,55%), na mesma base comparativa. Essa tenência decrescente é vista desde o mês de maio, passando a ser negativo no mês de junho. O índice também registra perdas de 2,1% em sua variação acumulada de janeiro a outubro, frente igual período do ano anterior.
Utilizando a média móvel de três meses é possível verificar certa correlação entre os IACI e a produção física de Insumos Típicos da Construção Civil, índice divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar do recente descolamento, percebe-se o baixo nível de atividade do setor de construção ao longo de 2014.



USDA estima avanço de 9,1% na safra global
Ontem (10/11) o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou o Relatório de Estimativas Mundiais de Oferta e Demanda Agrícola. Segundo a leitura de novembro, a safra 2013/14 esperada é de 2,47 bilhões de toneladas, ante 2,27 bilhões de toneladas vista em 2012/13, registrando aumento de 9,1%. Com relação à projeção da safra 2014/15, a estimativa atual é de 2,47 bilhões de toneladas.
Dentre os principais componentes da safra, a expectativa é de uma maior produção de trigo, podendo chegar a 714,74 milhões de toneladas na safra 2013/14, (avanço de 8,6% frente ao resultado de 2012/2013, de 657,94 milhões de toneladas). Já no que diz respeito à colheita de 2014/15, a safra de milho projetada em novembro é de 719,86 milhões de toneladas, diminuição ante a estimativa realizada em outubro (721,12 milhões de toneladas).
Quanto a safra de milho, espera-se que essa chegue a 989,19 milhões de toneladas na colheita de 2013/14, avanço de 14,0% na comparação com aquela vista em 2012/13 (867,97 milhões de toneladas). Para a safra de 2014/15, a projeção de novembro foi de 990,32 milhões de toneladas, leve queda em relação à estimativa de outubro (990,69 milhões de toneladas).
Por fim, quanto a safra mundial de soja para 2013/14 (285,01 milhões de toneladas), estima-se aumento de 6,3% ante 2012/13 (268,06 milhões de toneladas). Para 2014/15, a expectativa da produção mundial é de 312,06 milhões de toneladas. O Brasil destaca-se, com sua produção de soja estimada em 86,7 milhões de toneladas para 2013/14, avanço de 5,7% na comparação com 2012/13. As perspectivas continuam altas para 2014/15 (94 milhões de toneladas), de maneira que o país mantém-se como o maior produtor mundial de soja.

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