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Informativo eletrônico - Edição 1579 Sexta-Feira, 14 de novembro de 2014
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Vendas no varejo crescem 0,4% em setembro

    Economia Internacional

  • PIB da Zona do Euro cresce 0,2% no terceiro trimestre de 2014
  • Zona do Euro: Inflação registra leve avanço em outubro

  • Vendas no varejo crescem 0,4% em setembro

    O Volume de Vendas no Varejo, em seu conceito restrito, apresentou crescimento de 0,4% na passagem de agosto para setembro, já descontados os efeitos sazonais, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em sua Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). O resultado manteve-se exatamente em linha com as projeções realizadas pelo DEPECON/FIESP (0,4%) e com as estimativas do mercado (0,4%). Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, existiu crescimento de 0,5%, ao passo que no acumulado em doze meses, o avanço é de 3,4%.

    Em se tratando do Volume de Vendas no Varejo em seu conceito ampliado – em que são incluídas as vendas de veículos e materiais para construção – a leitura apresentou acréscimo de 0,5% na passagem mensal, já expurgados os efeitos sazonais. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, nota-se retração de 1,2%. Já sua variação acumulada em doze meses findo em setembro apresenta ligeira queda (0,1%).

    Das dez atividades pesquisadas, cinco apresentaram crescimento no período avaliado. Dentre elas, as que apresentaram maior variação positiva de vendas na margem (setembro contra agosto) foram Móveis e Eletrodomésticos (1,8%) e Outros Artigos de Uso Pessoal e Domésticos (1,2%). Também apresentaram aumento do volume de vendas as atividades de Combustíveis e Lubrificantes (0,7%), Material para Construção (0,5%) e Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos, de Perfumaria e Cosméticos (0,4%). Por outro lado, dentre as atividades que apresentaram as maiores quedas nas vendas, destaque para Tecidos, Vestuário e Calçados (-3,0%) e Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-2,2%). Os demais resultados negativos foram registrados nos segmentos de Equipamentos e Material de Escritório, Informática e Comunicação (-2,1%), Veículos, Motos, Partes e Peças (-0,6%) e Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (-0,3%). Vale ressaltar que o resultado referente à atividade de Veículos diverge da leitura apresentada pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (FENABRAVE) para o mês de setembro, que apresentou avanço de 1,7% nas vendas de autoveículos, já expurgados os efeitos sazonais.

    No que tange às vendas acumuladas no ano até setembro, seis das dez atividades demonstraram crescimento no volume de vendas. Os destaques positivos foram: Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos e de Perfumaria (9,4%), Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (7,9%) e Combustíveis e Lubrificantes (3,0%). Já as variações negativas se deram em: Veículos, Motos, Partes e Peças (-9,2%), Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-7,1%), Equipamentos e Material de Escritório, Informática e Comunicação (-4,1%) e Tecidos, Vestuário e Calçados (-1,1%).

    Assim, influenciado principalmente pela grande queda nas vendas de Veículos, Motos, Partes e Peças, o Comércio Varejista Ampliado mostra queda de 1,4% nas vendas acumuladas no ano até o nono mês, em comparação com o mesmo período do ano anterior, permanecendo muito abaixo do registrado nos últimos anos. Vale destacar que, no resultado restrito, tal variação é positiva em 2,6%.

    No que tange aos resultados trimestrais, já descontados os efeitos sazonais, o terceiro trimestre de 2014 apresentou queda de 0,4% na comparação com o segundo trimestre, em seu conceito restrito. Já no que diz respeito ao conceito ampliado, na base dessazonalizada, a variação foi de -1,9%, mantendo os resultados negativos apresentados nos primeiros dois trimestres de 2014.

    Dentre as dez atividades abrangidas pela pesquisa, seis mostraram variação positiva do volume de vendas na passagem para o terceiro trimestre: Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos e de Perfumaria (2,5%), Equipamentos e Material para Escritório, Informática e Comunicação (2,4%), Tecidos, Vestuário e Calçados (1,4%), Combustíveis e Lubrificantes (1,2%), Material para Construção (0,7%) e Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (0,1%). Por outro lado, foram registrados resultados negativos nas atividades de Móveis e Eletrodomésticos (-4,8%), Veículos, Motos, Partes e Peças (-4,3%), Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-1,1%) e Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (-0,9%).

    Na divisão de resultados por região, livre de influências sazonais, houve variação positiva em dezessete das vinte e sete Unidades da Federação na passagem de agosto para setembro. Os destaques positivos foram: Roraima (3,1%), Tocantins (2,4%), Espírito Santos (2,3%), Amapá (2,1%), Amazonas (2,1%), Mato Grosso (2,0%) e Sergipe (1,9%). Já as principais variações negativas ocorreram nas seguintes regiões: Bahia (-1,0%), Maranhão (-0,9%), Rio Grande do Sul (-0,9%), Santa Catarina (-0,7%), Alagoas (-0,4%), Piauí (-0,3%) e Pará (-0,3%). Ainda na base comparativa mensal, vale destacar que São Paulo e Rio de Janeiro, que possuem grande importância na PMC, apresentaram variações de -0,2% e 0,8%, respectivamente.

    Em síntese, o desempenho do volume de vendas do comércio varejista em setembro reforçou o cenário de moderação do consumo das famílias, em linha com a desaceleração da renda real, o enfraquecimento do mercado de trabalho e o menor ritmo na oferta de crédito. Apesar do ligeiro crescimento registrado na última leitura, o varejo ampliado acumula perdas de apenas 1,4% entre janeiro e setembro de 2014, taxa muito inferior aos ganhos registrado em média entre 2004 a 2013, na ordem de 8,3%, considerando o mesmo período. Por sua vez, o varejo restrito acumula alta de 2,6% no ano. Ambos os resultados são os piores da série histórica iniciada em 2003.

    PIB da Zona do Euro cresce 0,2% no terceiro trimestre de 2014

    Na manhã de hoje (14/11) a Eurostat (Departamento Estatístico da União Europeia) divulgou o resultado preliminar do PIB (Produto Interno Bruto) da Zona do Euro e da União Europeia como um todo. Segunda a estimativa atual, a Zona do Euro exibiu crescimento de 0,2% no terceiro trimestre de 2014, frente trimestre imediatamente anterior – já expurgados os efeitos sazonais, ao passo que a atividade economia da comunidade europeia avançou 0,3% em igual base de comparação. No segundo trimestre de 2014, o PIB da área de moeda comum havia crescido 0,1%, enquanto a União Europeia crescia 0,2%.

    Dentre os países-membro da região de moeda comum, destaque para o crescimento de 0,7% da atividade econômica da Grécia, frente ao segundo trimestre do ano – após ajuste sazonal, tendo avançado também cerca de 1,4% em relação ao visto no terceiro trimestre do ano anterior. A Espanha registrou leve desaceleração de 0,6% para 0,5% na comparação trimestral, ao passo que a França (0,3%) recuperou-se da queda em seu produto no segundo trimestre (-0,1%). Por outro lado, Chipre (-0,4%) e Itália (-0,1%) mantiveram o ritmo cadente em sua economia. Na abrangência de países que compõem a União Europeia, destaque para o crescimento visto na Polônia (0,9%) e no Reino Unido (0,7%).

    Em relação a Alemanha, maior economia da Europa, verificou-se alta de 0,1 % no terceiro trimestre do ano, frente ao trimestre anterior, conforme divulgado hoje (14/11) pela Destatis (Departamento Estatístico da Alemanha). Vale lembrar que o PIB do país havia recuado 0,1% no segundo trimestre, na mesma base de comparação, após visto forte crescimento nos primeiros três meses do ano (0,8%). As contribuições positivas vieram da demanda interna e externa, de acordo com cálculos preliminares. O consumo da família, somada ao aumento das exportações superior ao das importações, sustentaram o resultado positivo no trimestre. Por outro lado, a formação bruta de capital fixo (investimentos), especialmente em máquinas e equipamentos, diminuiu no terceiro trimestre, em relação ao trimestre anterior.

    Zona do Euro: Inflação registra leve avanço em outubro

    Hoje (14/11) o Departamento de Estatística da União Europeia (Eurostat) divulgou os dados referentes a inflação ao consumidor (CPI) da Zona do Euro. De acordo com a publicação, a inflação acumulada em doze meses findo em outubro chegou a 0,4%, ante 0,3% no mês de setembro, na mesma base comparativa. No mês de outubro de 2013, a inflação havia alcançado o patamar de 0,9%, exaltando assim a forte pressão deflacionaria recente.

    As variações que mais contribuíram para o resultado mensal vieram do aumento de seus preços nas atividades de Restaurantes e Cafés (+0,08 p.p.), Aluguéis (+0,07 p.p.) e Fumo (+0,05 p.p.). Já os principais resultados negativos do mês de outubro foram registrados em Combustíveis para Transporte (-0,17 p.p.), Telecomunicações (-0,10 p.p.) e Óleo de Aquecimento (-0,09 p.p.).

    Na análise por países membros da Zona do Euro, os que apresentaram os principais resultados positivos foram Áustria (1,4%), Finlândia (1,2%), Letônia (0,7%), Malta (0,7%) e Alemanha (0,7%). Por outro lado, os resultados deflacionários do bloco foram registrados na Grécia (-1,8%) e Espanha (-0,2%). Já França e Alemanha, maiores econômicas da região, apresentaram inflação de 0,5% e 0,7%, respectivamente.

    Por fim, os preços ao consumidor continuam em um nível muito abaixo da meta do Banco Central Europeu (BCE), que persegue uma variação próxima e limitada a 2,0%, de maneira que o risco de pressões deflacionárias ainda existe. Em conjunto com o resultado do PIB divulgados hoje, que sinaliza baixa atividade econômica, mantém-se a pressão de maiores estímulos monetários através do BCE.

     
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