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Informativo eletrônico - Edição 1588 Segunda-Feira, 01 de dezembro de 2014
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Mercado volta a ajustar para baixo o crescimento do PIB em 2014 e 2015
  • PMI brasileiro volta a cair em novembro

    Economia Internacional

  • Zona do Euro: PMI da Indústria de Transformação desacelera em novembro
  • China: PMI da Indústria de Transformação fica estável em novembro

    Projeções de Mercado

  • Mercado volta a ajustar para baixo o crescimento do PIB em 2014 e 2015

    A projeção para o crescimento econômico em 2014 sofreu nova revisão baixista, conforme divulgado hoje (01/12) pelo Banco Central em seu relatório Focus, que levanta a mediana das previsões referente as principais variáveis macroeconômicas do país. A projeção do PIB para este ano chegou a 0,19%, ante 0,20% na semana anterior. Para 2015, também pôde ser observado recuo nas estimativas de crescimento, que passou de 0,80% na semana anterior para 0,77% no relatório atual.

    Em relação ao IPCA, a mediana das projeções para 2014 permaneceu em 6,43%. Já para 2015, as estimativas do mercado passaram de 6,45% para 6,49%. Quanto aos preços administrados, pela terceira semana seguida, as projeções ficaram em 5,30% para o final de 2014, ao passo que para 2015 avançaram de 7,10% para 7,20%. As expectativas para a taxa Selic não mostraram mudanças, permanecendo em 11,50% para 2014 e 12,00% para 2015.

    No que tange a taxa de câmbio, o mercado, igualmente visto na semana passada, aposta na equivalência de R$/US$ 2,55. Para 2015, entretanto, ela passou de R$/US$ 2,65 para R$/US$ 2,67, a quinta elevação seguida.

    Para o setor externo, houve queda nas projeções da Balança Comercial. As estimativas de 2014 passaram de um leve superávit (US$ 0,1 bilhão) para um resultado nulo (US$ 0,00 bilhão). Para 2015, o saldo positivo da conta registrou leve deterioração em relação ao último Focus, chegando a US$ 6,31 bilhões (ante US$ 6,50 bilhões). Quanto ao déficit de Transações Correntes, o boletim informa manutenção do saldo negativo em US$ 83,00 bilhões. Para 2015, a previsão é de déficit de US$ 78,00 bilhões.

    Por fim, o desempenho previsto da produção industrial em 2014 manteve-se em trajetória cadente, com setor podendo exibir contração de 2,26% em sua atividade, ante 2,30% na semana anterior. Para 2015, a previsão de crescimento foi reduzida, de 1,30% para 1,13%.

    PMI brasileiro volta a cair em novembro

    O Índice de Gerência de Compras (PMI) da Indústria de Transformação Brasileira chegou a 48,7 pontos em novembro, já expurgados os efeitos sazonais, de acordo com dados divulgados hoje (01/12) pelo instituto Markit e pelo HSBC. O resultado mostra nova deterioração, visto que em outubro o índice se encontrava em 49,1 pontos. Por estar abaixo dos 50 pontos, a leitura indica nova contração da atividade do setor em novembro.

    A queda é explicada pela terceira redução seguida no volume de produção, somado a queda no nível de emprego. O volume de novos negócios também diminuiu, principalmente devido às condições econômicas frágeis e as perspectivas inflacionários para a economia brasileira.

    De acordo com o economista chefe do HSBC no Brasil, o setor não deve mostrar desempenho vigoroso neste quarto trimestre, tendo os empresários industriais alertado para os aumentos nos custos de produção, impulsionados pela desvalorização do real frente ao dólar, lembrando que este ainda não atingiu o patamar adequado para estimular a indústria brasileira.

    Zona do Euro: PMI da Indústria de Transformação desacelera em novembro

    Na manhã de hoje (01/12) foi divulgado pelo instituto Markit o resultado relativo ao mês de novembro do Índice de Gerência de Compras (PMI) da Indústria de Transformação da Zona do Euro. De acordo com a publicação, expurgados os efeitos sazonais, o índice chegou a 50,1 pontos, abaixo da prévia estimada pelo instituto (50,4 pontos). Assim, verificou-se desaceleração da produção industrial frente ao mês de outubro (50,6 pontos), ressaltando que o índice ainda mantém-se acima da marca de 50,0 pontos, não sinalizando contração.

    O setor foi influenciado pelo menor ritmo de crescimento da produção em conjunto com a queda dos níveis de novos negócios, ao passo que os níveis de emprego permaneceram estáveis, de maneira que o arrefecimento do mês não foi amenizado.

    Dos oito países do bloco que foram analisados, somente três exibiram expansão no índice relativo ao mês de novembro. Destaque para a Irlanda, cujo PMI da Indústria de Transformação apresentou o maior nível dentre os países analisados (56,2 pontos). A Espanha também demonstrou um cenário de expansão, uma vez que seu índice encontra-se em 54,7 pontos, resultado mais alto dos últimos oitenta e nove meses. No mais, os Países Baixos também mostraram desempenho satisfatório (54,6 pontos).

    Já dentre as economias que apresentaram retração no período, Destaque para Áustria, (47,4 pontos), que apesar de mostrar uma melhora no índice, continua abaixo da linha dos 50,0 pontos. Já Alemanha (49,5 pontos) e França (48,4 pontos), as maiores economias da zona, exibiram contração da atividade industrial nesse decimo mês do ano, impactando o resultado da zona do euro como um todo. O PMI da Itália apresentou estabilidade no período, permanecendo em 49,0 pontos, enquanto que a Grécia sinalizou uma leve melhora, chegando a 49,1 pontos. Ambos os países permanecem em patamares de produção contracionista.

    De acordo com economista chefe do Instituto Markit, a indústria de transformação encontra-se em uma situação pior do que a prevista na Zona do Euro, uma vez que a leitura de novembro encontra-se abaixo de sua prévia. A preocupação se dá pelo fraco desempenho nas três maiores economias do bloco (Alemanha, França e Itália). Por fim, com o resultado, permanece aberto a possibilidade de novos estímulos monetários por parte do Banco Central Europeu.

    China: PMI da Indústria de Transformação fica estável em novembro

    O Índice de Gerência de Compras (PMI) da Indústria de Transformação Chinesa caiu 0,4 ponto, livre de influências sazonais, na passagem de outubro para novembro, atingindo assim 50,0 pontos. A informação foi divulgada na manhã de hoje (01/12) pelo instituto Markit e HSBC.

    O resultado vem em linha com a prévia divulgada pelo instituto dia 20/11, e mostra manutenção da produção frente ao mês anterior, uma vez que leituras em cima da marca dos 50,0 pontos indicam estabilidade.

    O desempenho do índice reflete o primeiro declínio da produção desde o mês de maio. Por outro lado, foi constatado um leve avanço no nível de novas encomendas, acompanhado pelo aumento no nível de novos pedidos de exportação, embora em ritmo de desaceleração. Por sua vez, o nível de emprego exibiu a décima terceira queda consecutiva.

    Segundo economista-chefe do HSBC na China, a indústria de transformação chinesa exibe fraca atividade, explicado tanto pela menor expansão da demanda doméstica, quanto pela forte pressão desinflacionaria e um mercado de trabalho enfraquecido.

    Vale ressaltar que, apesar do corte de taxas realizado no mês de novembro visando o investimento nos próximos meses, são esperadas novas medidas fiscais e monetárias para estimular crescimento no país.

     
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