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Informativo eletrônico - Edição 1592 Sexta-Feira, 05 de dezembro de 2014
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Produção industrial paulista avança 1,1% em outubro
  • IPCA completa quarto mês acima do teto da meta
  • IGP-DI cresce 1,14% em novembro
  • A produção de autoveículos recua 1,4% em novembro

    Agenda Semanal

  • Produção industrial paulista avança 1,1% em outubro

    Na manhã de hoje (05/12) foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) os resultados regionais da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) relativa ao mês de outubro. De acordo com a leitura, a estabilidade (0,0%) registrada em outubro reflete o equilíbrio entre as 14 regiões, uma vez que, na passagem mensal, 7 delas demonstraram recuo, enquanto as outras 7 exibiram alta em sua produção industrial.

    Dentre as regiões que apresentaram variações mensal negativas na margem, destaque para Ceará (-4,9%) e Pernambuco (-4,6%). As demais regiões que apresentaram recuo foram Minas Gerais (-3,3%), Rio Grande do Sul (-2,2%), Nordeste (-2,0%), Goiás (-0,6%) e Paraná (-0,4%). Por outro lado, registraram variações positivas: Bahia (3,6%), Rio de Janeiro (1,9%), Amazonas (1,7%), São Paulo (1,1%), Santa Catarina (0,8%), Pará (0,6%) e Espírito Santo (0,6%).

    No que tange a comparação com o mesmo mês do ano anterior, das 15 regiões analisadas, 10 apresentaram queda. As regiões que apresentaram recuos mais expressivos que o resultado geral do Brasil (-3,6%) foram: Amazonas (-9,9%), Ceará (-8,7%), Paraná (-8,3%), Rio de Janeiro (-7,3%), Pernambuco (-7,1%), Minas Gerais (-5,3%), São Paulo (-5,2%) e Rio Grande do Sul (-4,8%). Somente Santa Catarina (-1,7%) e Nordeste (-1,1%) mostraram taxas negativas menores do que a média nacional. O mais expressivo dos resultados positivos foi visto no Espírito Santo (11,7%), explicado em grande parte pela indústria extrativa. As demais variações positivas, nesta métrica de comparação, foram registradas nas regiões de Goiás (6,3%), Pará (4,9%), Mato Grosso (4,1%) e Bahia (0,6%).

    No acumulado do ano frente ao mesmo período do ano anterior, 10 das 15 regiões sinalizaram recuo, sendo que as maiores taxas negativas encontram-se no Paraná (-6,1%), ultrapassando as perdas aferidas por São Paulo (-5,7%). Destaque também para a redução da produção industrial da Bahia (-4,8%), Rio Grande do Sul (-4,5%) e Rio de Janeiro (-3,9%) entre janeiro e outubro. Tais resultados são explicados pela redução na fabricação de bens de capital, bens intermediários e bens de consumo duráveis. As maiores taxas positivas, registradas no Pará (9,0%) e Espírito Santo (4,3%), foram reflexo da contribuição positiva do setor extrativo.

    Por fim, no que diz respeito explicitamente a São Paulo, o recuo de 5,2% na comparação interanual mostrou desaceleração frente ao mês de setembro (-5,8%), entretanto, quatorze das dezoito atividades pesquisadas apresentaram recuos no mês de outubro. A principal influência negativa advém de veículos automotores, reboques e carrocerias (-17,7%), seguido das quedas nas atividades de máquinas e equipamentos (-14,6%), outros produtos químicos (-12,2%) e metalurgia (-8,6%). Já no sentido oposto, o principal impacto positivo foi registrado no setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (15,1%).

    IPCA completa quarto mês acima do teto da meta

    O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou expansão de 0,51% em novembro, de acordo com dados divulgados hoje (05/12) pelo IBGE. A variação ficou levemente abaixo das expectativas do mercado, que apostava num aumento de 0,54%. O resultado atual mostra aceleração em relação aquele visto outubro, quando a inflação aumento 0,42%. No acumulado do ano, o IPCA chegou a 5,58%, ao passo que em doze meses, a inflação acumula alta de 6,56%, ficando 0,03 p.p. abaixo do resultado de outubro (6,59%), mas mantendo-se pelo quarto mês seguido acima do teto da meta estipulado pelo Banco Central (6,50%).

    Das nove atividades pesquisadas pelo IBGE, sete mostraram aceleração na passagem de outubro para novembro. Destaque novamente para Alimentação e Bebidas (0,46% para 0,77%), com forte impacto do item carnes, que contribuiu com 0,09 p.p. no mês de novembro, além de outros itens, como batata-inglesa, que avançou 38,71% em novembro. Vale ainda destacar as seguintes classes: Habitação (0,68% para 0,69%), com contribuição de 0,05 p.p das tarifas de energia elétrica (1,67%); e Transportes (0,39% para 0,43%), devido ao item combustíveis (1,64%), tendo o aumento de preços nas refinarias (3,00%) repassado para a gasolina (1,99%).

    Por sua vez, Saúde e Cuidados Pessoais (0,39% para 0,42%), Despesas Pessoais (0,36% para 0,48%), Educação (0,11% para 0,21%), Comunicação (-0,05% para 0,08%) e Vestuário (0,62% para 0,39%) completam a lista de classes de despesas que mostraram aumento nos preços na passagem de outubro para novembro, tendo esta última classe mostrado a única desaceleração. Por outro lado, os preços de Artigos de Residência (0,19% para -0,04%) representaram a única pressão deflacionaria no IPCA de novembro.

    Na abertura por Regiões Administrativas, destaque para os resultados de Goiânia (1,21%), explicado pelo aumento nos combustíveis, contrabalançado pela baixa inflação aferida em Vitória (0,03%), refletindo as contas de energia elétrica 6,73% mais baratas. São Paulo exibiu aceleração em novembro (de 0,42% para 0,50%), com seu índice acumulando alta de 6,43% em doze meses, abaixo da média nacional. Ainda na métrica de doze meses, Rio de janeiro (7,37%) e Goiânia (6,82%) apresentaram a maior taxa nesta última avaliação.

    IGP-DI cresce 1,14% em novembro

    O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) apresentou variação de 1,14% em novembro, de acordo com dados divulgados hoje (05/12) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado mostra aceleração em relação a outubro, quando o índice cresceu 0,59%. No resultado acumulado do ano, findo em novembro, a variação chegou a 3,39%, ao passo que no acumulado em doze meses, o resultado foi de 4,10%. Vale salientar que a leitura do mês foi influenciada em maior parte pelos preços ao produtor.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA – DI) - que representa 60% do IGP-DI - variou 1,44%, ante 0,73% em outubro. Na análise por estágio de processamento, destaque para o grupo de Bens Finais (0,55% para 1,13%), com forte influência do subgrupo de alimentos processados (0,03% para 1,75%). Por sua vez, Bens Intermediários (0,50% para 1,42%) também apresentou acréscimo na margem, acompanhado pelo grupo Matérias-Primas Brutas (1,23% para 1,86%), com forte contribuição das seguintes commodities: (0,40% para 5,81%), bovinos (2,83% para 6,35%) e milho (3,80% para 13,45%), impactadas pelo aumento do preço do dólar.

    Já ao se avaliar o IPA-DI por origem de processamento, a aceleração em novembro pode ser explicada pelo crescimento dos preços dos produtos industriais (de 0,17% para 0,89%), além da alta taxa de variação verificada nos preços agropecuários (de 2,25% para 2,93%).

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) - que representa 30% do IGP–DI - apresentou variação de 0,65%, ante 0,43% em outubro. Das oito classes de despesa pesquisadas, quatro sofreram acréscimo na passagem para o decimo primeiro mês do ano, sendo elas: Habitação (0,48% para 0,83%), Transportes (0,16% para 0,62%), Educação, Leitura e Recreação (0,09% para 1,02%) e Alimentação (0,49% para 0,65%). Além destes, também mostraram aumento no nível de preços, embora em menor ritmo, as classes Vestuário (0,99% para 0,46%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,61% para 0,42%) e Comunicação (0,32% para 0,31%), ao passo que Despesas Pessoais (0,25%) obteve a mesma variação do mês de outubro.

    Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC – DI) - que representa 10% do IGP-DI - apresentou variação de 0,44%, ante 0,17% no mês anterior. Os subitens de Materiais, Equipamentos e Serviços e Mão de Obra apresentaram crescimento de 0,42% e 0,46%, respectivamente. No mês anterior, a variação foi de 0,37% e 0,00%.

    A produção de autoveículos recua 1,4% em novembro

    A produção de veículos recuou 1,4% em novembro, livre de influências sazonais, de acordo com dados divulgados ontem (05/12) pela Anfavea. O resultado completa o segundo mês seguido de retração, visto que em outubro, a produção de veículos havia diminuído em 5,4%. Na comparação contra novembro de 2013, a redução apresentada chegou a 10,0%, ao passo que no acumulado em doze meses, a montagem de veículos despenca 15,4%.

    Na abertura por categoria, a produção de automóveis mostrou estabilidade na passagem do mês (0,0%) enquanto que comerciais leves exibiram queda de 6,0%. Por outro lado, dentre os portes mais pesados, a produção de caminhões cresceu 3,1%, ao passo que a fabricação de ônibus decresceu 17,7%. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o recuo no número de automóveis (-8,3%) foi acompanhado pela queda em comerciais leves (9,9%), ônibus (-44,4%) e caminhões (-20,2%).

    Ainda segundo a Anfavea, as vendas de autoveículos subiram 2,8% na passagem mensal, com maior impacto no comercio de automóveis e comerciais leves. A queda na produção, alinhada com o aumento nas vendas, levaram a um fraco movimento dos estoques. De fato, o número de estoques ficou praticamente estável na passagem de outubro para novembro, avançando 0,2%, livre de influências sazonais. Já na comparação com novembro de 2013, verifica-se recuo foi de 2,2%, com queda de 1,5% no varejo e diminuição de 3,8% nos estoques das fábricas.

     
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