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Informativo eletrônico - Edição 1596 Quinta-Feira, 11 de dezembro de 2014
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Indicadores industriais exibem queda no mês de novembro
  • Produtividade da Indústria de Transformação segue em patamares baixos

    Economia Internacional

  • Alemanha: Pressionada pela queda nos preços de energia, inflação volta a desacelerar

  • Indicadores industriais exibem queda no mês de novembro

    Nesta semana foram divulgados importantes indicadores antecedentes ao resultado da produção industrial brasileira. A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) divulgou ontem (10/12) o fluxo de veículos nas estradas pedagiadas, que, segundo a leitura, caiu 0,4% na passagem de outubro para novembro, já excluídos os efeitos sazonais. O resultado vem em sentido oposto a alta de 1,1% registrado no mês anterior. Na comparação com o mesmo período de 2013, o indicador exibiu queda de 0,5%.

    O fluxo de veículos leves diminuiu 0,4% na passagem mensal, já descontados os efeitos sazonais, divergindo fortemente do avanço de 0,9% registrado no mês anterior. Em igual sentido, o fluxo de veículos pesados – forte indicador da atividade industrial – também recou entre outubro e novembro, na ordem de 0,3%. Com o resultado atual, a passagem de veículos nas estradas pedagiadas acumula crescimento de 2,3% neste ano, refletindo majoritariamente o crescimento de 4,2% do fluxo de veículos leves, visto que os pesados diminuíram em 2,7% seu fluxo no período compreendido de janeiro a novembro, em linha com a menor atividade industrial no ano.

    Outro indicador que possui alta correlação com a produção industrial brasileira, o índice de expedição de papel ondulado – o papelão - foi divulgado nesta terça-feira (09/12), pela ABPO (Associação Brasileira de Papelão Ondulado). No mês de novembro, o índice registrou queda de 0,3% frente ao mês anterior, excluídos os efeitos sazonais. Além disto, vale ressaltar que a expedição deste produto diminuiu cerca de 2,3% frente ao apresentado em outubro de 2013.

    Por fim, a despeito da queda nesses importantes termômetros industriais, a recente recomposição da confiança e o aumento da utilização da capacidade instalada em novembro sugerem leve aumento na produção industrial no decimo primeiro mês do ano, resultado que não muda o cenário de baixo dinamismo do setor em 2014.

    Produtividade da Indústria de Transformação segue em patamares baixos

    A produtividade física do trabalho da Indústria de Transformação exibiu aumento de 1,0% em outubro de 2014, na comparação com setembro, livre de influência sazonal. Este resultado decorreu mais pela queda de 0,8% nas horas pagas em outubro do que pelo avanço em 0,2% da produção física da Indústria de Transformação no mês. O indicador de produtividade é elaborado pelo Depecon/Fiesp a partir dos dados das pesquisas PIM-PF, divulgada pelo IBGE na última quinta-feira (04/11), e PIMES, divulgada ontem (10/12) pelo IBGE.

    Na variação acumulada em doze meses até outubro, a produção industrial registrou recuo de 3,4%. Apesar desta queda, a produtividade ficou estável (0,0%) nesta métrica de comparação, tendo em vista que o número de horas pagas também exibiu retração de 3,4% no período, a maior queda desde março de 2010, mantendo assim a trajetória de desaceleração na produtividade do setor.

    Apesar da diminuição da produção e do pessoal ocupado em doze meses, a folha de pagamento real exibiu alta de 1,9% na mesma base de comparação. Com isto, o resultado da produtividade voltou a ser inferior ao aumento da folha de pagamento pelo sexto mês consecutivo, impactando diretamente a competividade dos produtos industriais brasileiros.

    Por fim, no Estado de São Paulo, a produtividade da Indústria de Transformação aumento de 1,9% na passagem de setembro para outubro, expurgados os efeitos sazonais. Por outro lado, no acumulado em doze meses findos em outubro, a produtividade da indústria paulista recuou 0,5%.

    Alemanha: Pressionada pela queda nos preços de energia, inflação volta a desacelerar

    Hoje (11/12) foi divulgado pelo Departamento de Estatísticas da Alemanha (Destatis) o resultado do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) do país. No mês de novembro a inflação alemã avançou 0,6%, em sua variação acumulada em doze meses, mostrando desaceleração frente o resultado de 0,8% registrado nos últimos quatro meses. Vale destacar que o resultado atual do índice de preços é o menor desde fevereiro de 2010. Tal variação resulta da estabilidade (0,0%) no índice mensal de novembro, ante recuo de 0,3% registrado no mês de outubro.

    Segundo a publicação, a queda dos preços do petróleo causou impactos negativos na inflação alemã. De fato, no mês de novembro os preços dos produtos derivados do petróleo tiveram queda de 5,8% na comparação interanual, com destaque para óleo de aquecimento (-9,8%) e combustíveis para veículos (-4,5%). Outro destaque vai para a queda no preço de energia (-2,5%), ainda na comparação interanual, uma vez que sem seu impacto, a inflação acumulada em doze meses teria chego a 1,0%.

    Por fim, na abertura por classes de despesa, destaque para a variação acumulada em doze meses nos preços de Bebidas e Fumo (2,7%), seguido pelo resultado de Restaurantes e Hotéis (2,3%) e Saúde (2,3%). Além destas, Outros Bens e Serviços (1,4%), Habitação, Água e Energia (0,7%), Vestuário (0,5%), Móveis e Eletrodomésticos (0,4%) e Alimentos (0,3%) completam as classes que apresentaram variação positiva nesta métrica de comparação. Já os grupos que mostraram taxa negativa de variação foram Comunicação (-0,9%), Educação (-0,2%), Transporte (-0,2%) e Recreação e Cultura (-0,1%).

    Por fim, a queda recente nos preços das commodities, em especial o petróleo, colocam uma pressão adicional no Banco Central Europeu (BCE) quanto a adoção de novas medidas de estímulo monetário para a região.

     
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