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Vendas no varejo aceleram em outubro
O Volume de Vendas no Varejo, em seu conceito Restrito, variou 1,0% na passagem de setembro para outubro, já expurgados os efeitos sazonais, conforme publicação divulgada hoje (12/12) pelo IBGE em sua Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). O resultado surpreendeu positivamente as expectativas do DEPECON/FIESP (0,2%) e do mercado (0,5%). Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, verificou-se avanço de 1,8% no volume de vendas no varejo restrito, acumulando desta forma crescimento de 3,6% em doze meses.
No que se refere ao Volume de Vendas do Varejo em seu conceito Ampliado – que inclui vendas de veículos e materiais de construção – foi constatado avanço de 1,7% na passagem mensal, descontados os efeitos sazonais. Por outro lado, na comparação com outubro de 2013, houve retração de 2,6%.
Dentre as 10 atividades que compõem a pesquisa, 9 exibiram variações positivas na passagem para o décimo mês do ano. O maior destaque positivo se deu em Veículos e Motos, Partes e Peças (4,3%), destoando-se do resultado registrado pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (FENABRAVE), que apontava retração de 0,9%, reflexo da diminuição do emplacamento de motos no período (-4,2%). Outro destaque se deu na atividade de Equipamentos e Material para Escritório, Informática e Comunicação (3,5%). Os demais segmentos que apresentaram crescimento nas vendas foram: Tecidos, Vestuário e Calçados (2,0%), Material para Construção (1,4%); Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos, de Perfumaria e Cosméticos (1,4%), Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (1,3%); Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (0,8%); Combustíveis e Lubrificantes (0,5%) e Móveis e Eletrodomésticos (0,3%). A única atividade que viu suas vendas recuarem no mês analisado foi Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-0,9%).
No que diz respeito ao resultado das vendas acumuladas no ano até outubro, 6 das 10 atividades analisadas apresentaram crescimento no período. Dentre as variações positivas, os maiores destaques foram: Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos, de Perfumaria e Cosméticos (9,5%) e Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (7,6%). Já as atividades que exibiram variações negativas no acumulado no ano foram: Veículos e Motos, Partes e Peças (-9,4%), além de Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-7,7%). Assim, o comércio varejista ampliado demonstra uma queda considerável (-1,5%) entre janeiro e outubro, mantendo-se num patamar muito abaixo do registrado nos anos anteriores.
No que tange à variação interanual, das 10 atividades pesquisadas, 7 apresentaram avanços. A atividade de Artigos Farmacêuticos (9,8%) exibiu a maior taxa de crescimento nesta métrica, explicado pelo comportamento de seus preços (abaixo do acumulado pelo IPCA total na variação em doze meses), associado a essencialidade de seus produtos. Também estão em evidência os segmentos de Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (5,1%) e Combustíveis e Lubrificantes (1,8%). Já dentre as variações negativas estão: Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-13,5%), reflexo do aumento dos preços dos produtos de papelaria; e Veículos e Motos, Partes e Peças (-11,2%), novamente influenciado pelo menor ritmo de crédito e comprometimento da renda familiar.
Em se tratando dos resultados regionais, livres de influências sazonais, das 27 regiões avaliadas, 23 apresentaram variações positivas na passagem mensal. Destaque para os resultados registrados no Pará (13,5%) e Roraima (5,8%). Já os destaques negativos foram: Acre (-2,0%) e Sergipe (-1,3%). Por sua vez, São Paulo e Rio de Janeiro, regiões de maior peso na pesquisa, mostraram crescimento de 1,0% e 0,8%, respectivamente.
Em suma, o desempenho do comércio varejista em outubro surpreendeu positivamente o mercado, ao registrar significativa aceleração frente ao resultado do mês anterior. A despeito do resultado positivo no início deste quarto trimestre, as vendas no varejo ampliado acumulam perda de 1,5% em 2014. A deterioração de condicionantes, como o menor aumento da massa salarial real e os baixos níveis de confiança do consumidor sustentam a avaliação de continuidade do arrefecimento do consumo no próximo ano, em linha com o cenário de baixo crescimento econômico.
Zona do Euro: Produção Industrial cresce 0,1% em outubro
Hoje (12/12) foi divulgado pelo Departamento de Estatísticas da Zona do Euro (Eurostat) o resultado referente à produção industrial do bloco. De acordo com a leitura, descontados os efeitos sazonais, a produção industrial exibiu um avanço de 0,1% na passagem de setembro para outubro, ante variação positiva de 0,5% registrada no mês anterior. Já na comparação com o mesmo mês do ano anterior, foi constatado um aumento de 0,7% na produção industrial.
A principal contribuição para a desaceleração registrada veio da produção de Energia (-1,9%), acompanhada da variação negativa na produção de Bens de Capital (-0,2%). Por outro lado, foram registrados avanços na produção de Bens Intermediários (0,3%), Bens de Consumo Duráveis (0,9%) e Bens de Consumo Não-Duráveis (1,8%).
Por fim, dentre os países da Zona do Euro, os destaques positivos em outubro foram Irlanda (9,0%) e Grécia (2,5%), ao passo que os maiores destaques negativos foram registrados na França (-0,9%) e nos Países Baixos (-0,9%). Vale destacar que dentre as maiores economias da Zona do Euro, a Alemanha demonstrou estabilidade (0,0%), enquanto Itália passou por uma leve queda na sua produção industrial (-0,1%).
Vendas no varejo dos Estados Unidos crescem 0,7% em novembro
Na manhã de ontem (11/12) o Census Bureau divulgou o resultado de sua pesquisa mensal referente as vendas no varejo dos Estados Unidos. De acordo com a instituição, o comercio varejista registrou avanço de 0,7% na passagem de outubro para novembro – descontados efeitos sazonais, após ter avançado 0,5% na última leitura, totalizando US$ 449,3 bilhões. O resultado mensal também ficou 5,1% acima do visto em igual mês de 2013, enquanto o acumulado das vendas nos onze meses de 2014 estão 4,0% maior do que visto no mesmo período do ano passado.
A venda de veículos automotores, responsável por 20% do volume total, registrou o maior impacto dentre as atividades ao variar 1,7% no mês. Por sua vez, o comercio de alimentos e bebidas aumentaram em 0,3%, enquanto as vendas nos postos de gasolina diminuíram 0,8% na passagem de outubro para novembro.
O resultado reforça a ideia de recuperação da renda das famílias americanas, sustentada pelo baixo nível de desemprego que o país vem apresentando. Por fim, com o crescimento no varejo em outubro e novembro, espera-se um crescimento mais vigoroso do PIB no quarto trimestre.
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