

Indústria paulista fecha 36,5 mil postos de trabalho em novembro
Ontem (16/12) foi divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) os dados referentes a Pesquisa de Nível de Emprego. De acordo com a publicação, descontados os efeitos sazonais, a indústria de São Paulo registrou o fechamento de 36,5 mil postos de trabalho na passagem de outubro para novembro. No acumulado do ano, a indústria de transformação acumula uma diminuição de 88 mil empregos, com previsão de que o resultado de 2014 chegue a uma queda aproximadamente 130 mil empregos, dada a forte sazonalidade do mês de dezembro. Em se tratando do resultado acumulado em doze meses findos em novembro, o mercado de trabalho registra uma redução de 148 mil vagas na indústria de São Paulo.
De acordo com o levantamento, pela primeira vez desde o início da pesquisa, todos os 22 setores industriais do estado registraram demissões, com destaque para o setor de produtos alimentícios, com a demissão de 17.579 funcionários.
Já na análise regional, dentre as 36 regiões que a pesquisa acompanha, 35 apresentaram corte de emprego na passagem de outubro para novembro. As principais variações negativas foram registradas em Jaú (-10,90%) e Sertãozinho (-6,31%). No mais, apenas São Caetano do Sul registrou alta no período (+0,24%).
Por fim, vale salientar que a pesquisa aponta uma trajetória cadente do emprego industrial que pode chegar a superar os dados registrados em 2009 (-112 mil vagas), período em que foram registrados os mais fortes impactos da crise internacional.



Zona do Euro: Inflação continua desacelerando em novembro
O Departamento de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) divulgou na manhã de hoje (17/12) os dados referentes a inflação ao consumidor (CPI) da Zona do Euro. De acordo com a leitura, a inflação acumulada em doze meses findos em novembro atingiu 0,3%, ante 0,4% no mês anterior. O resultado também fica abaixo daquele visto em de novembro de 2013, quando a inflação acumulada na região atingia o patamar de 0,9%, em doze meses.
Dentre as maiores contribuições positivas, destaque para o avanço dos preços em Restaurantes e Cafés (+0,09 p.p.), Aluguéis (+0,08 p. p.) e Fumo (+0,05 p.p.). Por outro lado, as maiores contribuições negativas foram registradas em Combustíveis para Transporte (-0,22 p.p.), Telecomunicações (-0,09 p.p.) e Óleo para Aquecimento (-0,09 p.p.).
Na análise dos países-membros da Zona do Euro, apenas dois países apontaram deflação: Grécia (-1,2%) e Espanha (-0,5%), Já dentre os países que contribuíram positivamente com a inflação, os maiores destaques são Áustria (1,5%), Finlândia (1,1%), Malta (0,6%) e Alemanha (0,5%). Vale ressaltar que França e Itália, importantes economias da Zona do Euro, mostraram inflação de 0,4% e 0,3%, respectivamente.
Em suma, a inflação da região se mantem em níveis extremamente baixos, de forma que o risco de deflação na região ainda não é descartável. Tendo em vista a fraca atividade econômica do período, acompanhado da meta do Banco Central Europeu (BCE) para a inflação próxima a 2,0%, o mercado continua esperando novos estímulos monetários.

Reino Unido: Taxa de desemprego chega a 6,0% em outubro
O Departamento de Estatísticas Nacionais (ONS) do Reino Unido divulgou hoje (17/12) a taxa de desemprego do país. De acordo com a leitura, já expurgados os efeitos sazonais, no trimestre findo em outubro, a taxa de desemprego chegou ao nível de 6,0%, queda ante o trimestre findo em julho de 2014 (6,2%). A taxa também manteve-se abaixo da registrada no mesmo período do ano anterior (7,4%).
A publicação ainda estima que o número de empregados no Reino Unido chegou a cerca de 30,80 milhões de pessoas no período analisado, o que representa um avanço de 115 mil pessoas na comparação com o trimestre findo em julho, enquanto que na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve um aumento de 588 mil pessoas no mercado de trabalho. O número de desempregados, por sua vez, está em aproximadamente 1,96 milhões de pessoas, uma diferença de cerca de 63 mil pessoas a menos que no trimestre findo em julho. Na comparação com o trimestre findo em outubro de 2013, o número de desocupados diminuiu em cerca de 455 mil pessoas.
Por fim, constata-se que a economia britânica continua mostrando vigorosa recuperação, principalmente em seu mercado de trabalho e sua produção industrial, frente uma recuperação mais lenta da Zona do Euro, que além do arrefecimento econômico enfrenta os recentes conflitos geopolíticos com Rússia.




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