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Informativo eletrônico - Edição 1609 Quarta-Feira, 14 de janeiro de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Vendas no Varejo desaceleram em novembro

    Economia Internacional

  • Banco mundial acredita que Brasil teve o pior desempenho dos BRICS em 2014
  • Zona do Euro: Produção industrial avança 0,2% em novembro

    Dados da Economia Brasileira

  • Vendas no Varejo desaceleram em novembro

    O Volume de Vendas no Varejo, em se tratando do conceito Restrito, cresceu 0,9% entre os meses de outubro e novembro, já descontados os efeitos sazonais, conforme dados divulgados hoje (14/01) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através de sua Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). Tal resultado mostrou-se acima das projeções realizadas pelo DEPECON/FIESP e pelo mercado (ambos esperavam alta de 0,3%), mas evidencia desaceleração frente ao desempenho de outubro (1,3%). Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o setor registrou alta de 1,0%, ao passo que na variação acumulada em doze meses, o avanço foi de 2,6%.

    Já o Varejo Ampliando – inclusas as vendas de veículos e materiais de construção – registrou alta de 1,2% na passagem de outubro para novembro, livre de influências sazonais, em linha com a previsão realizada pelo DEPECON/FIESP (1,4%) e acima da expectativa do mercado (0,8%). Este conceito também mostrou menor ritmo expansivo quando se comparado a outubro (1,9%) e, diferentemente do conceito ampliado, apresentou recuo na comparação interanual (-2,7%) e no acumulado em doze meses (-1,2%).

    Sete dentre as dez atividades abrangidas pela pesquisa exibiram resultado positivo no mês de novembro. Dentre as variações positivas, destaque para o resultado de Livros, Jornais, Revistas e Papelarias (9,6%). A atividade de Veículos e Motos, Partes e Peças mostrou variação de 5,5%, desempenho já antecipado pela FENABRAVE, cujo índice de emplacamentos cresceu 3,4% no mês. Os demais segmentos que exibiram crescimento foram: Móveis e Eletrodomésticos (5,4%); Equipamentos de Escritório, Informática e Comunicação (4,9%); Tecidos, Vestuário e Calçados (3,4%); Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (2,7%); e Material de Construção (0,4%). Já as reduções foram vistas em: Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (-0,8%); Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos, de Perfumaria e Cosméticos (-0,3%) e Combustíveis e Lubrificantes (-0,2%).

    No que se refere ao resultado das vendas no acumulado de janeiro a novembro, cinco dos dez segmentos abrangidos pela pesquisa exibiram queda. Dentre as variações negativas, destaque para Veículos e Motos, Partes e Peças (-9,5%) e Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-7,5%). As demais retrações foram registradas em: Equipamentos e Materiais para Escritório, Informática e Comunicação (-2,9%); Tecidos, Vestuário e Calçados (-0,7%); e Material de Construção (-0,1%). Já entre as variações positivas, destaque para Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos, de Perfumaria e Cosméticos, com crescimento de 9,1%, além de Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico, que exibe alta de 7,8% no ano. As demais altas foram: Combustíveis e Lubrificantes (2,7%); Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (1,6%); e Móveis e Eletrodomésticos (1,1%). Dessa forma, o comércio varejista ampliado ainda exibe um resultado negativo no acumulado do ano de 2014 (-1,6%), muito abaixo do registrado nos anos anteriores.

    No que diz respeito aos resultados regionais, livre de influências sazonais, das 27 regiões analisadas, 19 apresentaram variações positivas na passagem mensal. Destaque para os resultados positivos exibidos no Ceará (3,5%), Sergipe (3,5%) e Amapá (3,4%). Já as maiores variações negativas se deram no Pará (-4,7%), Maranhão (-0,9%) e Roraima (-0,9%). Já São Paulo e Rio de Janeiro, que possuem o maior peso na pesquisa, mostraram variações de 1,2% e -0,1%, respectivamente.

    De forma geral, a despeito dos resultados positivos do comércio varejista em novembro, não alteramos o nosso cenário de acomodação do consumo. De fato, houve uma melhora nas vendas do setor nos últimos meses, puxada em grande medida pela atividade de veículos automotores, tendo em vista o movimento de antecipação do consumo diante da retomada programada da alíquota do IPI sobre tais bens no início de 2015. Ademais, cabe ressaltar a fraca base comparativa dos resultados do comércio varejista analisados na margem. Nas comparações com idênticos períodos do ano anterior, por sua vez, muitas atividades do varejo (por exemplo, veículos automotores, material de construção, hiper e supermercados) exibem expressivas perdas. Portanto, ainda permanece o cenário de piora dos condicionantes, marcado por menor aumento da massa salarial real, maiores restrições ao crédito, aumento da taxa doméstica de juros e baixos níveis de confiança do consumidor, sustentando o prognóstico de continuidade do arrefecimento do consumo.

    Banco mundial acredita que Brasil teve o pior desempenho dos BRICS em 2014

    Nesta terça-feira (13/01) o Banco Mundial divulgou sua pesquisa Global Economic Prospects, que comporta as previsões de crescimento econômico para diversos países e região. De acordo com a leitura do banco, após um ano de 2014 decepcionante com crescimento mundial calculado em 2,6%, devemos esperar uma recuperação este ano.

    A instituição acredita que a economia mundial tende a crescer 3,0% em 2015, impulsionada pelos países em desenvolvimento (com crescimento médio de 4,8%), ajudados em parte pelos preços menores do petróleo, a recuperação dos Estados Unidos, além das baixas taxas de juros globais. As economias de alta renda, por sua vez, devem apresentar crescimento de 2,2% este ano, após alta de 1,8% em 2014.

    O Banco Mundial estimou avanço do PIB brasileiro de apenas 1,0% em 2015 (acimado esperado pela mediana do mercado no Boletim Focus do Banco Central, de 0,4%). Quanto a 2014, segundo o Banco, o crescimento de 0,1% do Brasil é inferior ao desempenho de todos os BRICS, inclusive da Rússia, que enfrenta sanções dos EUA e da Europa, além de sofre com a queda dos preços do petróleo e deve ter crescido apenas 0,7%.

    Para este e os próximos anos, o relatório aponta que as perspectivas permanecem inclinadas para o lado negativo, devido a quatro fatores. Primeiro, é persistentemente fraco comércio global. Em segundo lugar, espera-se grande volatilidade do mercado financeiro, como elevação das taxas de juros nas principais economias em prazos variados. O terceiro é o impacto dos preços baixos do petróleo nos balanços em países produtores de petróleo. E por último destaca-se o risco de um prolongado período de estagnação ou de deflação na Zona Euro e do Japão.

    Por fim, o banco termina o relatório ressaltado que apesar dos riscos para a economia mundial serem consideráveis, os países com quadros políticos relativamente mais credíveis e governos orientados para as reformas estarão em melhor posição para enfrentar os desafios de 2015.

    Zona do Euro: Produção industrial avança 0,2% em novembro

    Hoje (14/01) foi divulgado pelo Departamento de Estatísticas da Zona do Euro (Eurostat) o resultado referente à produção industrial da região. Segundo a publicação, já expurgados os efeitos sazonais, estimou-se avanço de 0,2% na produção industrial na passagem de outubro para novembro, após expansão de 0,3% no mês anterior. Já na comparação interanual, o setor exibiu queda de 0,4% em novembro.

    Em novembro, a leve alta de 0,2% é reflexo dos seguintes resultados: produções de bens de consumo duráveis (1,9%), bens de consumo não duráveis (0,5%) e Bens Intermediários (0,3%). Por outro lado, foram registrados recuos na produção de bens de capital (-0,2%) e energia (-0,9%).

    Por fim, no que condiz aos países da Zona do Euro, os principais destaques positivos do mês em evidencia ficaram com Irlanda (4,6%) e Estônia (1,5%), ao passo que os países que registraram maior variação negativa foram Lituânia (-2,0%) e Letônia (-1,7%). Vale ressaltar que Itália, França e Alemanha, três das maiores economias da Zona do Euro, registraram variação de 0,3%, 0,0% e -0,3%, respectivamente.

     
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