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Informativo eletrônico - Edição 1617 Segunda-Feira, 26 de janeiro de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • FOCUS: PIB de 2015 deve crescer apenas 0,13%
  • Déficit em conta corrente chega a 4,17% do PIB em 2014

    Economia Internacional

  • CPB Netherlands: Comércio Mundial contraiu em novembro

    Projeções do Mercado

    Dados da Economia Brasileira

  • FOCUS: PIB de 2015 deve crescer apenas 0,13%

    Hoje (26/01) o Banco Central divulgou o boletim FOCUS, relatório semanal que acompanha a mediana das projeções do mercado em relação às principais variáveis macroeconômicas do Brasil. De acordo com a leitura, a perspectiva do mercado em relação ao PIB de 2015 sofreu forte ajuste baixista, passando de 0,38% para 0,13%. Para 2016 também se aposta em menor crescimento, chegando a 1,54%, ante 1,80% na semana anterior.

    Em se tratando do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o mercado acredita que a inflação chegue a 6,99% em 2015, puxado pelo avanço de 8,70% nos preços administrados. Em 2016, a inflação projetada é de 5,60%. Já as perspectivas para a taxa SELIC em 2015 permaneceram em 12,50% pela oitava leitura consecutiva, ao passo que para o próximo ano, as leituras estão em 11,50%.

    Quanto ao patamar da taxa de câmbio, a mediana das projeções continuou em R$/US$ 2,80 para 2015 e R$/US$ 2,90 para 2016. Nas projeções que dizem respeito ao setor externo, constatou-se uma piora na expectativa de superávit em 2015, passando de US$ 5,00 bilhões para US$ 4,50 bilhões, mesmo movimento visto em 2016, onde a mediana das projeções foi de US$ 13,00 bilhões para US$ 10,02 bilhões. Já o saldo de Transações Correntes continuou exibindo déficit de US$ 78,00 bilhões nas previsões do mercado para 2015. Para 2016 o déficit esperado chega a US$ 69,00 bilhões.

    Por fim, a perspectiva para a produção industrial brasileira apresentou a terceira queda consecutiva, chegando a 0,69% no ano de 2015. Para 2016 é estimado um maior avanço da atividade industrial, que deve registrar crescimento de 2,50%.

    Déficit em conta corrente chega a 4,17% do PIB em 2014

    Na última sexta-feira (23/01), o Banco Central do Brasil (BCB) divulgou a nota do setor externo com os resultados de dezembro e do fechamento de 2014. O destaque continua sendo a ampliação do déficit em Transações Correntes. De acordo com a nota, o resultado de dezembro desta conta foi negativo em US$ 10,3 bilhões, acumulando assim um déficit de US$ 90,9 bilhões em 2014 (ou 4,17% do PIB), após saldo negativo de US$ 81,1 bilhões em 2013 (3,7% do PIB).

    A Balança Comercial registrou superávit de US$ 293 milhões em dezembro, e déficit de US$ 3,93 bilhões em 2014 (principal responsável pelo agravamento no saldo das Transações Correntes), resultado bastante inferior ao computado no ano anterior, quando o saldo comercial foi positivo de US$ 2,39 bilhões. Já a Balança de Serviços apresentou déficit de US$ 4,9 bilhões em dezembro, e de US$ 48,7 bilhões em 2014, montante superior em US$ 1,2 bilhões ao registrado no ano anterior, com destaque à contribuição significativa da conta de despesas líquidas com aluguel de equipamentos, que atingiu US$ 2,8 bilhões em dezembro e ao longo do ano acumulou a cifra de US$ 22,7 bilhões, elevação de 18,8% frente ao ano anterior.

    Por sua vez, a Balança de Rendas somou US$ 6,0 bilhões em dezembro, resultado 20% inferior ao registrado em igual mês de 2013, acumulando déficit de US$ 40,3 bilhões em 2014, ante o total de US$ 39,8 bilhões no ano precedente, uma elevação de 1,2%. As remessas totais líquidas de lucros e dividendos, sazonalmente grandes em dezembro, somaram US$ 26,5 bilhões no ano passado, aumento de 1,8% em relação a 2013.

    Já a Conta Financeira fechou 2014 com saldo positivo de US$ 99,0 bilhões, destacando mais uma vez o Investimento Estrangeiro Direto (IED), principal financiador do déficit em Transações Correntes, que somou US$ 6,7 bilhões em dezembro, contabilizando no ano de 2014 US$ 62,5 bilhões, contra US$ 64,0 bilhões em 2013, redução de 2,3%. Por fim, as reservas internacionais no conceito liquidez terminaram 2014 em US$ 374,1 bilhões, ao passo que no conceito caixa, o estoque de reservas totalizou US$363,6 bilhões.

    CPB Netherlands: Comércio Mundial contraiu em novembro

    O comércio mundial recuou 1,0% na passagem de outubro para novembro, na série livre de efeitos sazonais, conforme os dados divulgados na última sexta-feira (23/01) pela CPB Netherlands. Tal resultado ocorre após avanço de 0,1% em outubro e de 2,0% em setembro, interrompendo portanto uma sequência de aumentos no comércio mundial. As exportações mundiais exibiram recuo de 0,8% no décimo primeiro mês de 2014, ante avanço de 0,7% no mês anterior. Já as importações apresentaram queda de 1,3%, acelerando frente a queda de 0,4% exibida no mês de outubro.

    As importações das economias avançadas exibiram estabilidade (0,0%) em novembro, ante avanço de 0,2% no mês anterior. As economias emergentes, por sua vez, apresentaram queda de 2,5% no volume de compras dos produtos estrangeiros, acelerando frente o mês de outubro (-0,9%). No que tange às exportações, as economias avançadas exibiram queda de 0,1%, ante avanço de 1,4% em outubro. As emergentes recuaram 1,4%, após estabilidade (0,0%) no mês anterior.

    Assim, a contração do comércio mundial foi disseminada tanto nas economias avançadas, quanto nos países emergentes, em linha com a fragilidade econômica que as principais economias do mundo vêm apresentando nos últimos meses. Entretanto, a sólida recuperação dos EUA, aliada com as medidas de estímulos tomadas pela Zona do Euro para dinamizar a economia, podem amenizar este cenário nos próximos meses.

     
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