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Informativo eletrônico - Edição 1636 Quarta-Feira, 25 de fevereiro de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Déficit de Transações Correntes chega a US$ 10,7 bilhões em janeiro
  • FGV: Confiança do Consumidor atinge novo mínimo histórico

    Economia Internacional

  • EUA: Confiança do Consumidor diminui em fevereiro
  • CPB Netherlands: Comércio mundial desacelera no último trimestre de 2014

    Dados da Economia Brasileira

  • Déficit de Transações Correntes chega a US$ 10,7 bilhões em janeiro

    O déficit em Transações Correntes do país chegou a US$ 10,7 bilhões em janeiro, de acordo com dados divulgados ontem (24/02) pelo Banco Central (BCB). O déficit é superior ao registrado no mês anterior (US$10,3 bilhões), mas encontra-se abaixo do verificado no mês de janeiro de 2014 (US$ 11,6 bilhões). Após esta leitura, o déficit na conta chegou a US$ 90,4 bilhões em doze meses, equivalente a 4,17% do PIB.

    Em janeiro, o saldo comercial foi negativo em US$ 3,2 bilhões, exibindo, assim, uma melhora na comparação com o mesmo mês do ano anterior. (US$ 4,1 bilhões). A conta de serviços e rendas, geralmente deficitária, exibiu saldo negativo de US$ 7,6 bilhões, diminuindo o déficit em comparação com o mês de janeiro de 2014 (US$ 7,7 bilhões).

    Em se tratando da Conta Capital e Financeira, foi verificado superávit de US$ 10,8 bilhões, onde os investimentos estrangeiros em carteira representaram US$ 9,7 bilhões. Importante destaque para a entrada de US$ 4,0 bilhões em Investimento Estrangeiro Direto (IED). No acumulado em doze meses, IED somou US$ 61,3 bilhões, representando 2,83% do PIB.

    Por fim, no que tange às Reservas Internacionais, constatou-se que no conceito liquidez (considerando títulos em dólar e outros recursos), chegou-se ao saldo de US$ 372,2 bilhões em janeiro, redução de US$ 1,9 bilhões em relação ao mês passado. Já no conceito caixa, foi apresentado resultado de US$ 361,8 bilhões na leitura atual.

    FGV: Confiança do Consumidor atinge novo mínimo histórico

    Na manhã de hoje (25/02) a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o resultado do Índice de Confiança do Consumidor (ICC) referente ao mês de fevereiro. De acordo com a publicação, já descontados os efeitos sazonais, na passagem mensal foi registrada queda de 4,9% no índice, o qual chegou a 85,4 pontos, ante 89,8 pontos no mês anterior. Na comparação interanual, o mês de fevereiro registrou queda de 20,4%, acelerando ante o resultado de janeiro (-17,1%), na mesma base comparativa. Dessa maneira, o ICC chega ao seu novo mínimo histórico da série iniciada em setembro de 2005.

    O Índice de Situação Atual (ISA) exibiu retração de 7,0%, passando de 88,5 pontos para 82,3 pontos, devido ao resultado negativo do indicador que mede o grau de satisfação com a situação econômica atual. Já o Índice de Expectativas (IE) recuou 4,2% entre os meses de janeiro e fevereiro (de 90,8 pontos para 87,0 pontos), refletindo o pessimismo do consumidor brasileiro com a situação econômica para os próximos seis meses. Ambos os índices encontram-se em seus mínimos históricos.

    Segundo economista da FGV, a atual onda de pessimismo foi causada pelo cenário econômico adverso encontrado no Brasil, com aceleração da inflação, tendência de alta da taxa de juros, piores perspectivas relacionadas ao mercado de trabalho, além dos riscos de racionamento hídrico e energético, causando, assim, o arrefecimento da atividade econômica do país.

    EUA: Confiança do Consumidor diminui em fevereiro

    O Índice de Confiança do Consumidor (Consumer Confidence Index, em inglês) dos Estados Unidos chegou ao patamar de 96,4 pontos no mês de fevereiro, de acordo com os dados divulgados ontem (24/02) pelo The Conference Board. O índice se encontrava no patamar de 103,8 pontos na leitura anterior, o que representa um recuo de 7,1% na passagem mensal. A expressiva quede reflete a avaliação negativa da situação atual e das expectativas.

    De fato, o Índice de Situação Atual (ISA) mostrou queda ao passar de 113,9 para 110,2 pontos no mês de fevereiro, mostrando piora na avaliação dos americanos. A porcentagem dos consumidores que consideravam como "boa" a atual condição do mercado recuaram de 28,2% para 26,0%. No que se refere ao mercado de trabalho, os resultados também mostraram-se desfavoráveis, tendo em vista que aqueles que consideravam que existe abundância de empregos passaram de 20,7% para 20,5%, frente a um aumento daqueles que acreditam que existe grande dificuldade para se conseguir um emprego (de 24,6% para 26,2%).

    O Índice de Expectativas (IE) passou de 97,0 pontos em janeiro para 87,0 pontos no mês de fevereiro. A porcentagem dos consumidores entrevistados que acreditam numa melhora das condições de negócios dentro dos próximos seis meses diminuiu de 18,9% para 16,1%, frente um aumento daqueles que acreditam em uma piora dessas condições (de 8,2% para 8,7%). As expectativas do mercado de trabalho também mostraram-se menos positivas, uma vez que aqueles que acreditam em um maior número de empregos dentro dos próximos seis meses passou de 17,3% para 13,4%, enquanto que a parcela dos consumidores que acreditam em um menor número de vagas no mercado de trabalho recuou de 14,8% para 14,3%.

    Por fim, apesar declínio deste mês, os consumidores continuam confiantes de que a economia permanecerá em bom ritmo de expansão pelos próximos meses, lembrando que o índice se encontra em níveis pré-recessão (baseando-se nos 99,5 pontos em setembro de 2007).

    CPB Netherlands: Comércio mundial desacelera no último trimestre de 2014

    Ontem (24/02) a CPB Netherlands divulgou os dados sobre o comércio mundial relativos ao mês de dezembro. Segundo a publicação, já expurgados os efeitos sazonais, o fluxo de comércio mundial avançou cerca de 0,9% na passagem mensal, revertendo o quadro de baixa registrado no mês de novembro (-0,6%). As exportações mundiais, por sua vez, registraram apenas leve avanço em dezembro (0,1%), ao passo que as importações apresentaram um aumento mais expressivo (1,8%).

    Quanto ao resultado trimestral, livre de influências sazonais, houve crescimento de 1,1% no volume de comércio nos últimos três meses do ano, desacelerando ante o terceiro trimestre de 2014 (2,0%). O resultado foi reflexo da alta de 1,4% exibida nos países desenvolvidos, além do aumento em 0,9% naqueles em desenvolvimento. Para fins de comparação, no primeiro trimestre houve variação negativa de 0,3%, ao passo que no segundo contatou-se avanço de 0,7%.

    O volume de importações exibiu alta de 1,3% na passagem trimestral, ante 2,1% na última leitura nesta base comparativa. Os países desenvolvidos apresentaram considerável aceleração, passando de 0,7% no terceiro trimestre do ano para 1,0% no último trimestre, na mesma base de comparação, reflexo principalmente da alta de 4,2% das importações dos Estados Unidos no período. Os países emergentes, por outro lado, exibiram expressiva desaceleração, passando de 3,5% no terceiro trimestre para 1,6% no quarto trimestre. Assim, apesar da notável aceleração das importações da América Latina (de 0,6% para 5,0%), o arrefecimento das importações asiáticas (de 5,8% para 2,1%) diminuíram o resultado geral dos emergentes.

    Por fim, o volume de exportações, em se tratando da comparação trimestral, desacelerou de 1,8% para 0,9%. Tal resultado é reflexo da queda das exportações das economias emergentes, que exibiu variação de 0,2%, ante 2,7% no terceiro trimestre. Tal efeito ocorreu em vista da diminuição das exportações da Ásia no período (-0,3%), a qual foi amenizada pelo aumento de 2,6% das exportações provenientes da América Latina. Por outro lado, os países desenvolvidos ampliaram a taxa de crescimento de suas exportações frente o terceiro trimestre de 2014 (de 0,9% para 1,7%), com destaque para o Japão, cuja variação passou de 1,6% para 4,8% no quarto trimestre.

     
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