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Informativo eletrônico - Edição 1637 Quinta-Feira, 26 de fevereiro de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Taxa de desemprego chega a 5,3% em janeiro
  • IGP-M: Preços ao produtor explicam desaceleração de fevereiro
  • Confiança do Comércio chega ao seu novo mínimo histórico

    Economia Internacional

  • Zona do Euro: Índice de Sentimento Econômico avança em fevereiro

    Dados da Economia Brasileira

  • Taxa de desemprego chega a 5,3% em janeiro

    A taxa de desemprego chegou a 5,3% em janeiro, de acordo com dados divulgados hoje (26/02) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado mostra crescimento de 1,0 p.p. frente ao mesmo período de dezembro (4,3%), ficando também acima da taxa de janeiro de 2014 (4,8%). O número de pessoas desocupadas chegou a 1,3 milhão no mês em evidencia, cerca de 22,5% a mais do que dezembro e 10,7% acima de janeiro de 2014.

    Vale ressaltar que na série dessazonalizada, feita pelo Depecon/Fiesp, a taxa de desemprego ficou em 5,4% em janeiro, obtendo uma pequena elevação diante do resultado apresentado no mês anterior (5,1%). Já em relação ao resultado em janeiro de 2014 (4,8%), constatou-se um aumento significativo.

    A alta na desocupação brasileira reflete o resultado de quatro das seis regiões metropolitanas, são estas: Salvador (de 8,1% para 9,6%), Recife (de 5,5% para 6,7%), São Paulo (4,4% para 5,7%) e Belo Horizonte (2,9% para 4,1%).

    O rendimento real habitual do trabalhador brasileiro chegou a R$ 2.168,80, elevação de 0,4% frente a leitura anterior (R$ 2.161,20), e crescimento de 1,7% frente a janeiro de 2014 (R$ 2.133,09). Na avaliação por região, destaque para a retração verificada em Porto Alegre (-2,1%) e no Rio de Janeiro (-1,5%), e, em sentido oposto, o crescimento anotado em Salvador (2,9%) e Recife (1,5%). A região de São Paulo, por sua vez, exibiu crescimento de 1,0% no rendimento real na passagem de dezembro para janeiro.

    IGP-M: Preços ao produtor explicam desaceleração de fevereiro

    O Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) desacelerou de 0,79% em janeiro para 0,27% em fevereiro, de acordo com dados divulgados hoje (26/02) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Tal resultado é explicado pelos preços ao produtor, somada a uma leve desaceleração dos preços ao consumidor. Vale lembrar que em fevereiro de 2014, a variação foi de 0,38%. Com o resultado atual, o índice acumula elevação de 3,86% nos últimos 12 meses.

    O Indicador de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que representa 60% do IGP-M, registrou deflação de 0,09% em fevereiro, frente a alta de 0,56% em janeiro. Na abertura por estágio de processamento, a categoria de Bens Finais (de 1,57% para 1,18%) desacelerou no mês com forte contribuição do grupo de alimentos in natura (de 11,74% para 7,03%). Por sua vez, o grupo de Matérias-Primas Brutas (de -0,60% para -1,32%) mostrou nova deflação em fevereiro, influenciados principalmente por: grão de soja (-0,74% para -6,39%) e suínos (0,21% para -13,08%). Em relação a inflação do grupo de Bens Intermediários (de 0,51% para -0,35%), a deflação no período vem do impacto do subgrupo de Materiais e Insumos para Manufatura (de 0,32% para -0,88%).

    Já na abertura do IPA por origem de processamento, a deflação no período é explicada tanto pela queda dos preços dos produtos industriais (de 0,26% para -0,10%), quanto pela diminuição nos produtos agropecuários (de 1,35% para -0,06%).

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que representa 30% do IGP-M, registrou variação de 1,14% em fevereiro, ante taxa de 1,35% no mês antecedente. Quatro das oito classes de despesa que fazem parte do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação, sendo que a principal contribuição partiu do grupo Alimentação (1,66% para 0,92%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa sofreu queda de 13,68% para 4,58%. Na mesma condição, observamos: Educação, Leitura e Recreação (2,35% para 0,86%), Habitação (1,59% para 1,19%) e Comunicação (0,55% para 0,36%). Por sua vez, registrou-se crescimento dos preços nos Transportes (1,48% para 2,60%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,31% para 0,39%), Despesas Diversas (1,26% para 1,49%) e Vestuário (0,00% para 0,04%) no período.

    Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que representa 10% do IGP-M, exibiu desacelerou de 0,70% para 0,50% em fevereiro. O grupamento de Materiais, Equipamentos e Serviços mostrou aceleração de 0,62% para 0,77%, enquanto que os valores do Custo de Mão de Obra passaram de 0,77% para 0,26% no período, explicando o desempenho do índice no período.

    Confiança do Comércio chega ao seu novo mínimo histórico

    O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) registrou queda de 8,8% (a mais intensa da série histórica) na passagem de janeiro para fevereiro, já descontadas as influências sazonais, segundo os dados divulgados hoje (26/02) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Dessa forma, o índice chegou a 97,9 pontos, frente 107,3 pontos no mês anterior. Vale salientar que, com o resultado atual, a série iniciada em março de 2010 chegou ao seu novo mínimo histórico.

    Na comparação interanual, verificou-se que o índice de fevereiro recuou 20,3%, acelerando fortemente ante o resultado registrado no mês de janeiro (-13,3%), na mesma base comparativa.

    O Índice de Situação Atual (ISA-COM) representou a principal contribuição negativa na passagem mensal, recuando 14,4% frente o mês imediatamente anterior, anulando os ganhos de 11,2% verificados na passagem de dezembro para janeiro e chegando a 76,4 pontos (novo mínimo histórico). Já o Índice de Expectativas (IE-COM) recuou 4,6% na leitura atual, desacelerando frente a queda de 8,9% registrada na leitura passada. Assim, o índice chega a 119,4 pontos, também chegando ao seu patamar mais baixo.

    Segundo economista da FGV, a confiança recuou intensamente e de maneira disseminada entre os segmentos do comércio. O setor sinaliza grande insatisfação frente os níveis atuais de demanda com perspectivas negativas no que diz respeito às vendas e lucratividade nos meses que se seguirão.

    Zona do Euro: Índice de Sentimento Econômico avança em fevereiro

    A Comissão Europeia (EC) divulgou hoje (26/02) o resultado referente ao mês de fevereiro para o Índice de Sentimento Econômico (Economic Sentiment Indicator, em inglês). De acordo com os dados da publicação, o índice relativo à Zona do Euro, descontadas as influências sazonais, apresentou alta de 0,7 ponto na passagem mensal, chegando a 102,1 pontos no mês de fevereiro. Já no que se refere ao resultado da União Europeia, o avanço mostrou-se mais ameno (0,4 ponto), mas fez com que o índice referente ao bloco chegasse ao patamar de 105,1 pontos.

    No que tange à Zona do Euro, três dos cinco indicadores que compõem o ESI exibiram alta na passagem de janeiro para fevereiro. Destaque para o resultado positivo exibido pela Confiança do Consumidor (+1,8 pontos), reflexo das perspectivas mais otimistas dos consumidores em relação ao mercado de trabalho, à situação financeira e à situação econômica da região. A Confiança do Varejo, por sua vez, exibiu avanço de 1,5 pontos, refletindo as visões mais otimistas tanto para a situação atual quanto para as expectativas de negócios dentro dos próximos meses. Já a Confiança da Indústria apresentou apenas um leve avanço (+0,1 ponto), resultado da contribuição positiva dos estoques de produtos finais, que, inclusive, compensaram a queda das expectativas de produção.

    Por outro lado, a Confiança dos Serviços apresentou queda de 0,3 ponto, reflexo da pior avaliação da demanda passada, que superou o resultado positivo das expectativas da mesma. Vale ressaltar que a Confiança da Construção permaneceu estável no mês analisado (0,0 ponto), uma vez que a queda das expectativas de emprego foi compensada pela melhora nos níveis de encomendas.

    Em se tratando do ESI das principais economias da Zona do Euro, destaque para o resultado positivo constatado na Itália (+2,4 pontos), seguida pela França (+2,0 pontos) e pela Espanha (+0,8 pontos). No sentindo contrário, a Alemanha e os Países Baixos exibiram, ambos, queda de 0,5 pontos.

    Também foi divulgado hoje (26/02) pela Comissão Europeia o Indicador de Clima de Negócios (Business Climate Indicator, em inglês) da Zona do Euro. Segundo a leitura, livre de influências sazonais, o indicador passou de 0,12 ponto para 0,07 ponto entre os meses de janeiro e fevereiro. Tal efeito negativo é advindo de uma visão mais pessimista em relação à produção passada e ao nível de encomendas.

     
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