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Informativo eletrônico - Edição 1640 Terça-Feira, 03 de março de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Atividade da indústria paulista avança 2,9% em janeiro
  • Balança Comercial registra déficit de US$ 2,842 bilhões em fevereiro
  • HSBC/Markit: Atividade da Indústria de Transformação brasileira volta a recuar em fevereiro

    Economia Internacional

  • Zona do Euro: Taxa de desemprego recua para 11,2% em janeiro

    Dados da Economia Brasileira

  • Atividade da indústria paulista avança 2,9% em janeiro

    O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista avançou 2,9% em janeiro, na comparação livre de influência sazonais com janeiro, segundo dados divulgados ontem (02/03) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). O resultado recupera parte das perdas acumuladas no final de 2014, mas não indica uma retomada de crescimento do setor. O INA sintetiza indicadores do Levantamento de Conjuntura, buscando quantificar as mudanças da atividade industrial no estado, levando em consideração também as vendas nos diversos setores.

    Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o INA apresentou queda de 5,7%. Já no acumulado em doze meses findos em janeiro, o indicador registra retração de 5,9% na atividade da indústria de transformação paulista.

    Em se tratando do resultado mensal, a alta de janeiro pode ser vista como reflexo, da alta de 2,1% das horas trabalhadas na produção (HTP) e pelo avanço de 3,3% nas vendas reais (TVR) de janeiro. Entretanto, deve-se considerar que o indicador encontra-se em uma baixa base comparativa devido sua tendência negativa dos últimos meses. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), por sua vez, passou de 79,6% para 80,5%.

    Por fim, dentre os setores, o principal destaque de janeiro foi a indústria de Bebidas, com crescimento de 3,9% na passagem de dezembro para janeiro, puxado pelo aumento das vendas. Também destacaram-se os setores de Borracha e Material Plástico (2,8%) e Minerais Não Metálicos (1,6%), tendo as horas trabalhadas na produção registrado o maior impacto positivo no primeiro setor, e as vendas reais no segundo.

    Balança Comercial registra déficit de US$ 2,842 bilhões em fevereiro

    Ontem (02/03), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou os dados relativos à balança comercial de fevereiro. De acordo com a publicação, o saldo comercial ficou negativo em US$ 2,842 bilhões no segundo mês do ano, inferior ao déficit de US$ 3,174 bilhões em janeiro e explicado pelo menor volume de exportações (US$ 12,092 bilhões) frente as importações (US$ 14,934 bilhões).

    Na comparação com fevereiro de 2014, tivemos redução de 15,7% nas médias diárias das exportações e 8,1% nas importações. No acumulado do ano, as exportações atingiram US$ 25,796 bilhões, já as importações US$ 31,812 bilhões, totalizando um déficit de US$ 6,016 bilhões nos dois primeiros meses, montante inferior ao mesmo período do ano passado (-US$ 6,196 bilhões).

    Para o bimestre, as exportações por fator agregado alcançaram os seguintes valores: produtos básicos (US10,841 bilhões), manufaturados (US$ 9,833 bilhões) e semimanufaturados (US 4,371 bilhões). Quanto as importações, destaque para matérias-primas e intermediários (US$ 14,421), bens de capital (US$ 7,072 bilhões), bens de consumo (US$ 5,478 bilhões) e combustíveis e lubrificantes (US$ 4,841 bilhões).

    Por fim, nos dois primeiros meses do ano, os principais destinos dos produtos brasileiros em janeiro foram: Estados Unidos (US$ 3,8 bilhões), China (US$ 2,9 bilhões), Argentina (US$ 1,8 bilhão), Países Baixos (US$ 1,4 bilhão), e Alemanha (US$ 915 milhões). Por outro lado, os países que apresentaram a maior parcela das origens das importações brasileiras foram: China (US$ 6,5 bilhões), Estados Unidos (US$ 4,6 bilhões), Alemanha (US$ 1,7 bilhão), Argentina (US$ 1,6 bilhão) e Coréia do Sul (US$ 1,1 bilhão).

    HSBC/Markit: Atividade da Indústria de Transformação brasileira volta a recuar em fevereiro

    O Índice de Gerência de Compras (PMI) Industrial do Brasil apresentou recuo em fevereiro, de acordo com dados divulgados ontem (02/03) pelo instituto Markit e HSBC. Segundo a divulgação, na passagem de janeiro para fevereiro, o indicador regrediu de 50,7 para 49,6 pontos, já com ajustes sazonais. O resultado sinaliza retração da atividade do setor no segundo mês do ano, dado que o índice se encontra abaixo da linha de estabilidade (50,0 pontos).

    Segundo a leitura, o mercado interno exibiu enfraquecimento da demanda, tendo apenas os novos pedidos para exportação aumentado no mês (embora de forma ligeira). Os bens de capital devem apresentar nova retração em fevereiro, visto que foram observadas reduções acentuadas nos níveis de produção e no volume de novos pedidos para esta categoria, ao passo que os bens de consumo exibiram modestos avanços. Vale ressaltar também que a pesquisa registrou diminuição das compras da indústria de transformação no período, explicado pelo ajuste de estoque verificado em meio ao cenário de aumento dos preços das mercadorias.

    Portanto, mantem-se o prognostico de baixa atividade do setor ao longo do ano, principalmente no que tange aos bens de capital. A retração da demanda interna que enfrenta um cenário de fortes ajustes deve ser levemente amenizada pela demanda externa, favorecida pela recente depreciação do real.

    Zona do Euro: Taxa de desemprego recua para 11,2% em janeiro

    Ontem (02/03) o Departamento de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) divulgou a taxa de desemprego da Zona do Euro relativa ao mês de janeiro. Segundo a publicação, já descontadas as influências sazonais, a taxa de desocupação chegou a 11,2%, a menor taxa desde abril de 2012. Assim, na passagem mensal, estima-se que o número de desempregados tenha diminuído em cerca de 140 mil na região. No mês de dezembro a taxa verificada foi de 11,3%, ao passo que em janeiro de 2014, a taxa encontrava-se em 11,8%.

    Dentre os países membros da Zona do Euro, os piores resultados foram registrados na Espanha (23,4%), Chipre (16,1%) e Portugal (13,3%). Por outro lado, entre os países com os níveis mais baixos de desocupação, destaque para a Alemanha (4,7%), Áustria (4,8%) e Luxemburgo (5,9%). Já França e Itália, duas importantes economias da região, apontaram taxas de desocupação no patamar de 10,2% e 12,6%, respectivamente. Vale salientar que a Grécia é o país que tem apresentado os maiores níveis de desemprego na Zona do Euro, porém, sua última leitura é referente ao mês de novembro (25,8%).

    Também foi divulgada ontem (02/03), através do Eurostat, o resultado prévio do índice de preços ao consumidor da Zona do Euro, segundo o qual, no acumulado em doze meses findos em fevereiro, houve deflação de 0,3%, desacelerando ante a deflação registrada no mês anterior (-0,6%), na mesma base de comparação.

    Na divisão por grupos, destaque para a classe de Energia, que sofreu a maior queda nos preços em doze meses (-7,9%) e exibiu o maior impacto negativo no resultado geral, mesmo após desacelerar ante o mês anterior (-9,3%). Tal comportamento pelo desempenho do preço internacional do petróleo. O grupo de Bens Industriais Não-Energéticos também apontou deflação no período (-0,2%), acelerando ante a última leitura (-0,1%). Já o grupo de Serviços registrou o principal impacto positivo da leitura, refletindo a inflação de 1,1% no período, ao passo que o grupo de Alimentos, Bebidas e Fumo apontou inflação de 0,5% no mês em questão.

     
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    Macro Visão é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e
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