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Informativo eletrônico - Edição 1643 Sexta-Feira, 06 de março de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • IPCA acumula alta de 7,70% em 12 meses, maior patamar desde maio de 2005
  • IGP-DI desacelera em fevereiro
  • ANFAVEA: Produção de autoveículos cai 3,5% em fevereiro
  • Custo da Construção Civil aumenta 0,18% em fevereiro

    Agenda Semanal

    Dados da Economia Brasileira

  • IPCA acumula alta de 7,70% em 12 meses, maior patamar desde maio de 2005

    O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 1,22% em fevereiro, segundo dados divulgados hoje (06/03) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Tal leitura mostrou-se acima das expectativas do mercado, que, em média, esperava alta de 1,09%. O IPCA ficou praticamente estável frente o primeiro mês do ano (1,24%). No acumulado em doze meses, verificou-se alta de 7,70% no índice, sendo esta a variação mais expressiva nesta base comparativa desde maio de 2005 (8,05%). Assim, os preços ao consumidor chegaram ao segundo mês consecutivo acima do teto limite da meta estipulada pelo Banco Central (6,50%).

    Na abertura por atividades, apenas três dos nove grupos analisados apresentaram aceleração da inflação no mês. O principal destaque de fevereiro foi a classe de Transportes (de 1,83% para 2,20%), que contribuiu com 0,41 p.p. no resultado atual, uma vez que o aumento nas alíquotas de PINS/COFINS causou aumento de 8,42% nos preços da gasolina. Por sua vez, o grupo de Educação (de 0,31% para 5,88%) contribuiu com 0,27 p.p., reflexo dos reajustes praticados no início do ano letivo. Já a classe de Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,32% para 0,60%) contribuiu com 0,07 p.p. em fevereiro.

    Também contribuíram positivamente com a formação do índice no mês de fevereiro as seguintes classes: Alimentação e Bebidas (de 1,48% para 0,81%), Habitação (de 2,42% para 1,22%), Despesas Pessoais (de 1,68% para 0,86%), e Artigos de Residência (de -0,28% para 0,87%).

    No que diz respeito aos grupos que exibiram deflação no período, o maior impacto veio de Vestuário (de -0,69% para -0,60%), contribuindo negativamente com -0,04 p.p., ao passo que a classe de Comunicação (de 0,15% para -0,02%) praticamente não exibiu impactos no IPCA (0,00 p.p.).

    Os preços livres aceleraram levemente na passagem de janeiro para fevereiro (de 0,87% para 0,88%), apontando alta de 7,13% no resultado acumulado em doze meses. Por outro lado, os preços administrados desaceleraram no período (de 2,50% para 2,37%), mas apresentaram alta de 9,64% na variação acumulada em doze meses, mantendo sua tendência ascendente.

    Na abertura dos preços administrados, nota-se que o principal impacto foi constatado nos preços da Gasolina, uma vez que essa representou cerca de 0,31 p.p. do IPCA de fevereiro. Também registraram forte impacto dentre os preços administrados os grupos de Energia Elétrica Residencial (+0,10 p.p) e Ônibus Urbano (+ 0,07 p.p.). No resultado geral, os preços administrados foram responsáveis por cerca de 0,55 p.p. do aumento nesta leitura.

    A taxa de variação dos itens tradeables passou de 0,31% em janeiro para 0,59% em fevereiro, acumulando, assim, alta de 5,93% em doze meses. Já os non-tradeables desaceleraram ao exibir variação de 1,12%, ante 1,35% no mês anterior. No acumulado em doze meses, tais itens registraram alta de 8,16%. Vale salientar que os tradeables se referem a bens que podem ser transacionados tanto no mercado externo quanto no mercado interno, como alimentos industrializados, equipamentos eletrônicos, etc. Já os non-tradeables se referem a itens que não podem ser exportados, em sua maior parte ligados aos serviços, por exemplo, estacionamentos e matrículas escolares.

    Por fim, dentre as treze Regiões Administrativas abrangidas pela pesquisa, cinco constataram inflação acima da média nacional, com destaque para Salvador (1,66%) e Recife (1,64%). A menor variação foi verificada em Brasília (0,57%), seguida por Vitória (0,70%). Já São Paulo registrou desaceleração no período (de 1,51% para 1,25%), acumulando alta de 7,42% em doze meses. De maneira análoga, o Rio de Janeiro exibiu desaceleração na passagem mensal (de 1,71% para 1,19%), acumulando alta de 9,02% em doze meses, a mais alta dentre as regiões analisadas.

    IGP-DI desacelera em fevereiro

    De acordo com dados divulgados hoje (06/03) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) exibiu variação de 0,53% no mês de fevereiro. O resultado apresenta desaceleração ante o resultado de janeiro (0,67%), puxado pelo menor aumento dos preços ao consumidor e nos custos da construção, que amenizaram o aumento verificado pelos preços ao produtor. No resultado acumulado em doze meses, o IGP-DI variou 3,74%.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) – que representa 60% do IGP-DI – registrou aceleração ao passar de 0,23% para 0,41% na leitura atual. Na abertura por estágio de processamento, os preços da categoria de Bens Finais evidenciaram desaceleração (de 1,55% para 1,28%), ao passo que os Bens Intermediários (de -0,15% para 0,18%) pressionaram positivamente o IPA de fevereiro, após a deflação no primeiro mês do ano. Quanto as Matérias-Primas Brutas (de -0,93% para -0,39%), a menor queda nos preços da soja (de -4,99% para -0,84%) e minério de ferro (de -5,33% para -2,24%) explicam o desempenho do índice no mês.

    Além disto, o avanço do IPA-DI em fevereiro pode ser explicado, na análise por origem de processamento, pelo aumento dos preços dos produtos agropecuários (de 0,70% para 1,12%), ao passo que os produtos industriais (de 0,04% para 0,13%) exibiram aceleração de forma mais discreta.

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) - que representa 30% do IGP–DI - apresentou variação de 0,97% em fevereiro, abaixo da alta em 1,73% verificada em janeiro, sendo o principal impacto na desaceleração do índice geral. Das oito classes de despesas pesquisadas, o desempenho de quatro ficou abaixo do mês anterior, sendo elas: Habitação (2,01% para 0,90%), Alimentação (1,64% para 0,77%), Comunicação (0,52% para 0,27%) e Despesas Diversas (1,96% para 1,16%). Destaque também para o impacto deflacionário da classe Educação, Leitura e Recreação (4,15% para -0,02%). Por outro lado, Saúde e Cuidados Pessoais (0,30% para 0,63%), Vestuário (-0,44% para 0,11%) e Transportes (2,39% para 2,52%) registraram aceleração no crescimento de seus preços.

    Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC – DI) - que representa 10% do IGP-DI - apresentou variação de 0,31%, ante 0,92% no mês anterior. Os subitens de Materiais, Equipamentos e Serviços (de 0,97% para 0,42%) apresentaram decréscimo no mês de fevereiro, igual movimento visto no custo da Mão de Obra (de 0,87% para 0,21%).

    ANFAVEA: Produção de autoveículos cai 3,5% em fevereiro

    De acordo com dados divulgados ontem (05/03) pela ANFAVEA, a produção de veículos recuou 3,5% na passagem de janeiro para fevereiro, já descontados os efeitos sazonais, totalizando 243 mil unidades produzidas. O resultado anula a alta de 0,6% na produção verificada no primeiro mês do ano, além de ficar 29,2% abaixo do produzido em fevereiro de 2014.

    A queda no mês foi puxada em grande medida pelo recuo de 2,6% na produção de Automóveis, categoria responsável pelo maior volume da produção (superior a 75% do total). A categoria de Comerciais leves viu sua produção diminuir em 3,2% na passagem de janeiro para fevereiro, na comparação com ajustes sazonais. Já Ônibus (-11,8%) e Caminhões (-15,3%) também viram sua produção despencar neste início de ano.

    Com a leitura atual, o primeiro bimestre do ano já apresenta queda de 22,1% na produção, quando comparada aos primeiros dois meses do ano anterior. Destaque para a retração em 21,5% na categoria de Automóveis, nesta base de comparação.

    No que tange as vendas, a atividade de autoveículos apresentou redução de 5,0% nas vendas entre janeiro e fevereiro, após ajustes sazonais. Tal leitura é influenciada pela queda de 5,0% nas vendas dos produtos nacionais e de 2,9% de produtos importados. Por outro lado, as exportações (54,1%) exibiram um forte aumento no segundo mês do ano, comparado aos resultados de janeiro, explicado pelo aumento das vendas de Automóveis (53,8%) para o mercado externo. A despeito queda nas vendas no mercado interno, a alta das exportações levou a uma redução de 1,1% no nível de estoques em fevereiro.

    Custo da Construção Civil aumenta 0,18% em fevereiro

    Nesta manhã (06/03), o IBGE, em parceria com a Caixa, divulgou o Índice Nacional de Construção Civil, que mensura os custos a partir do levantamento de preços de materiais e salários pagos para o setor habitação, saneamento e infraestrutura. Segunda a publicação atual, o índice cresceu 0,18% em fevereiro, desaceleração frente ao resultado de janeiro (0,21%). Também verificou-se descompressão no resultado acumulado em doze meses (de 5,94% para 5,67%).

    O custo por m² ficou em R$ 916,85 no mês de fevereiro (sendo R$ 499,23 dos materiais e R$ 417,62 da mão-de-obra), acima dos R$ 915,22 no mês anterior. Na abertura por região, destaque para o aumento dos custos do setor na Região Centro-Oeste (0,33%), seguida pela região Nordeste (0,31%), Norte (0,18%), Sul (0,12%) e por fim Sudeste (0,07%). Por outro lado, em termos monetários, os custos por m² são ranqueados da seguinte maneira: Sudeste (R$ 956,88), Norte (R$ 930,62), Sul (R$ 930,34), Centro-Oeste (R$ 931,04) e Nordeste (R$ 854,97).

     
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