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Informativo eletrônico - Edição 1645 Terça-Feira, 10 de março de 2015
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Produção industrial paulista cresce 7,1% em janeiro
  • Safra de grãos deve crescer 3,5% em 2015

    Economia Internacional

  • OCDE: Atividade econômica dos países desenvolvidos registra nova alta neste início de ano
  • China: Inflação acelera para 1,4% em fevereiro

    Dados da Economia Brasileira

  • Produção industrial paulista cresce 7,1% em janeiro

    Hoje (10/03) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados regionais da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) referente ao primeiro mês do ano. De acordo com a publicação, a alta de 2,0% na produção industrial nacional em janeiro, já expurgados os efeitos sazonais, não foi disseminada, com avanço em apenas 7 das 14 regiões avaliadas.

    As principais contribuições positivas na passagem de dezembro para janeiro, já retirados os efeitos sazonais, foram vistas em Pernambuco (13,5%), São Paulo (7,1%) e Minas Gerais (6,5%). Em sentido opostos, Bahia (-10,1%), Paraná ( -5,6%) e Rio Grande do Sul (-2,9%) exibiram retração da produção nesta leitura.

    Na comparação com janeiro de 2014, dentre as 15 regiões analisadas, 11 apresentaram recuo. As regiões que apresentaram taxas de retração mais expressivas do que a média nacional (-5,2%) foram: Amazonas (-12,4%), Bahia (-12,1%), Paraná (-12,0%), Rio Grande do Sul (-11,3%), Santa Catarina (-8,0%), Região Nordeste (-5,9%) e São Paulo (-5,4%). Também exibiriam diminuição em sua produção industrial, embora menor do que o resultado geral do país: Ceará (-5,1%), Minas Gerais (-3,7%), Rio de Janeiro (-3,1%) e Goiás (-2,1%). Por outro lado, a indústria extrativa continua com bom desempenho no Espírito Santo (18,2%), que registrou a maior alta regional nesta base comparativa. Ainda verificou-se alta nas regiões de Pará (6,4%), Mato Grosso (5,2%) e Pernambuco (3,3%).

    Por fim, o importante aumento de 7,1% na produção industrial de São Paulo no mês de janeiro não foi capaz de anular as perdas acumuladas nos meses de novembro e dezembro de 2014 (-9,0%). Na comparação interanual (-5,4%), a indústria de região chega em janeiro na sua decima primeira taxa negativa consecutiva neste tipo de comparação, mantendo a tendência de baixo desempenho apresentando nos últimos meses. A queda no resultado interanual foi influenciada pela redução em 15 das 18 atividades pesquisadas, sendo que as principais contribuições negativas foram registradas em: veículos automotores, reboques e carrocerias (-14,3%), de máquinas e equipamentos (-15,0%) e de produtos, produtos químicos (-10,2%). Em sentido oposto, a atividade do setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (21,1%) exibe forte crescimento quando se comparado a janeiro de 2014.

    Safra de grãos deve crescer 3,5% em 2015

    Hoje (10/03) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o Levantamento Sistemático de Produção Agrícola (LSPA). De acordo com o estudo, a estimativa de fevereiro sinaliza que a safra de grãos de 2015 deve crescer cerca de 3,5% frente ao volume de 2014, atingindo 199,6 milhões de toneladas. Entretanto, tal volume é 0,9% inferior (-1,8 milhão de toneladas) ao divulgado na última estimativa para este ano. Quanto a área colhida, a estimativa atual (57,2 milhões de hectares) apresenta acréscimo de 1,5% frente ao resultado efetivo do ano anterior (56,3 milhões de hectares).

    É Importante salientar os três principais produtos da safra de grãos brasileira – arroz, milho e soja – somados representam 91,5% do levantamento da produção e 85,3% da área a ser colhida. Em relação as estimativas de produção em 2015, a instituição calcula crescimento de 9,8% da soja. A produção de arroz esperada é 2,6% maior do que a aferida em 2014, ao passo que a produção de milho deve ser reduzida em 4,2% neste ano.

    Por fim, no tocante as regiões produtoras, destaque para o Centro-Oeste, que deve produzir 80,6 milhões de toneladas em cereais, leguminosas e oleaginosas. A região Sul, por sua vez, é responsável por 75,7 milhões de toneladas da produção nacional, seguida pelas regiões Nordeste (18,9 milhões de toneladas), Sudeste (18,8 milhões de toneladas) e Norte (5,5 milhões de toneladas). Vale ressaltar que os principais produtores brasileiros são os estados de Mato Grosso (23,3%), Paraná (18,4%) e Rio Grande do Sul (16,2%), que juntos correspondem a 57,9% da produção nacional.

    OCDE: Atividade econômica dos países desenvolvidos registra nova alta neste início de ano

    A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou ontem (09/03) o Indicador Antecedente de Atividade Econômica (Composite Leading Indicator – CLI) de seus países-membros. Segundo a leitura do mês de janeiro, o indicador agregado, livre de influências sazonais, avançou de 100,3 para 100,4 pontos. Vale salientar que índices acima da marca dos 100,0 pontos sinalizam uma tendência de crescimento econômico positivo.

    Na abertura por país registrou-se estabilidade no índice relativo aos Estados Unidos, permanecendo em 100,2 pontos na passagem mensal. Já o Japão manteve seu índice em 99,8 pontos pela sexta leitura consecutiva, refletindo as dificuldades para um crescimento mais vigoroso que o país tem enfrentado nos últimos meses.

    O indicador agregado da Zona do Euro, por sua vez, avançou de 100,6 para 100,7 pontos na passagem de dezembro para janeiro, indicando uma leve melhora do cenário econômico desta área. A Alemanha, motor da recuperação da região, apontou leve alta em janeiro, passando de 99,6 para 99,7 pontos, permanecendo abaixo da linha dos 100,0 pontos pela sexta leitura consecutiva. A França, por outro lado, continua mostrando avanço de seu indicador, que na última leitura chegou a 100,6 pontos, ante 100,5 pontos na leitura anterior. Já a Itália registrou o melhor índice dentre as principais economias do bloco, chegando ao nível de 101,2 pontos, ante 101,0 pontos em dezembro.

    No que tange aos países emergentes, uma vez que a instituição calcula o CLI dos membros dos BRICS, o Brasil registrou desaceleração de sua tendência negativa (de 99,3 para 99,4 pontos).

    Em relação aos demais BRICS, a China exibe o pior índice, apesar do avanço na passagem mensal (de 99,0 pontos para 99,1 pontos). O indicador referente à Rússia, por sua vez, chegou a 99,3 pontos, ante 99,5 pontos em janeiro, sendo este o sexto recuo consecutivo nesta base comparativa. Já a Índia apontou desaceleração do ritmo de queda ao registrar 99,5 pontos no mês, ante 99,3 pontos na leitura anterior. A África do Sul, por outro lado, apresentou o melhor resultado na margem dentre os BRICS (de 100,4 pontos para 100,5 pontos).

    China: Inflação acelera para 1,4% em fevereiro

    O Departamento de Estatísticas Nacionais da China divulgou ontem (09/03) o resultado do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) do país. De acordo com a publicação, no acumulado em doze meses findos em fevereiro, o nível de preços chegou a 1,4%, avançando fortemente ante o resultado de janeiro (0,8%), na mesma base comparativa. Em se tratando da variação mensal, registrou-se inflação de 1,2% no segundo mês do ano, muito acima da alta em janeiro (0,3%).

    Na abertura por atividades, na comparação acumulada em doze meses, destaque para o impacto aferido pelo grupo de Alimentação (2,4%), responsável por cerca de 0,81 p.p. no índice geral. Também contribuíram positivamente os seguintes grupos: Vestuário (2,9%); Saúde e Artigos Pessoais (1,9%); Recreação e Educação (1,8%); Equipamentos Domésticos e Serviços de Manutenção (1,5%); e Habitação (0,6%). Por outro lado, registraram contribuições negativas: Bebidas e Fumo (-0,6%); e Transporte e Comunicações (-0,8%).

    No que tange ao resultado mensal, cinco das oito atividades exibiram pressões inflacionárias em fevereiro, com destaque novamente para o grupo de Alimentação (2,9%) nesta base comparativa. As demais taxas positivas de variação foram: Recreação e Educação (1,0%); Equipamentos Domésticos e Serviços de Manutenção (0,6%); Saúde e Artigos Pessoais (0,5%); e Transportes e Comunicação (0,5%). As taxas negativas de fevereiro foram: Bebidas e Fumo (-0,2%); e Vestuário (-0,3%). O grupo de Habitação apresentou estabilidade no nível de preços na passagem mensal (0,0%).

    No resultado geral, a aceleração de fevereiro foi decorrente das pressões inflacionárias ocasionadas pelo feriado do ano novo chinês, influenciando diretamente os preços dos alimentos. Assim, existiu uma forte influência sazonal nesta leitura. No mais, apesar das recentes pressões, a inflação da China permanece muito abaixo da meta estipulada pelo governo (3,5%).

     
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