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Informativo eletrônico - Edição 1650 Terça-Feira, 17 de março de 2015
 

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Economia Brasileira

  • Setor de serviços mantém baixo desempenho no início de 2015
  • Preços ao produtor volta a pressionar IGP-10

    Economia Internacional

  • EUA: Produção industrial avança 0,1% em fevereiro
  • Alemanha: Sentimento Econômico apresenta nova alta em março

    Dados da Economia Brasileira

  • Setor de serviços mantém baixo desempenho no início de 2015

    Segundo dados divulgados hoje (17/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em sua Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), a receita nominal do setor de serviços exibiu crescimento de 1,6% na comparação com mesmo mês do ano passado, forte desaceleração frente ao crescimento de 4,0% das receitas em dezembro (também na análise interanual) e chegando ao menor resultado desde o início da série em janeiro de 2012. Nos doze meses findos em janeiro, a receita do setor cresceu 5,4%.

    Na análise da receita real do setor de serviços, calculado pelo DEPECON/FIESP através do deflator do setor, verificou-se aceleração na queda em se tratando da variação interanual, de -4,1% em dezembro para -6,5% neste primeiro mês do ano.

    O menor desempenho do setor de serviços na passagem de dezembro para janeiro reflete a desaceleração da receita em três das cinco atividades comportadas pela PMS, e queda nas duas restantes. O segmento de Serviços Prestados as Famílias (de 8,8% para 8,6%); Serviços Profissionais, Administrativos e Complementares (de 11,0% para 5,3%); e Transportes, Serviços Auxiliares dos Transportes e Correios (de 4,9% para 2,2%) exibiram menor crescimento dos ganhos neste início de 2015. Já o grupo de Outros Serviços (de 3,4 para -0,1%) e Serviços de Informação e Comunicação (de -2,0% para -2,5%) exibiram perdas na receita nominal em janeiro.

    Por fim, se tratando das Unidades Federativas, das 27 regiões analisadas, 18 exibiram taxas positivas na comparação de janeiro de 2015 e o mesmo período de 2014, destacando-se: Rio Grande do Norte (9,2%), Ceará (7,2%) e Pará (6,6%). Contribuíram em menor intensidade Paraná (0,1%), São Paulo (0,4%) e Pernambuco (1,2%). Em se tratando de variação negativa, salientamos os estados de Alagoas (-7,4%), Amapá (-4,7%), Roraima (-4,1%) e Piauí (-3,2%). Já a região do Amazonas exibiu estabilidade nas receitas nominais do setor de serviços em janeiro.

    Preços ao produtor volta a pressionar IGP-10

    De acordo com os dados divulgados hoje (17/03), pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de março mostrou avanço de 0,83%, superando o resultado de fevereiro (0,43%), mas ficando abaixo daquele visto em março de 2014 (1,29%). Em sua variação acumulada em 12 meses, o índice atingiu alta de 3,38%.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) – que representa cerca de 60% do IGP-10 – mostrou variação de 0,75% no terceiro mês do ano, resultado bastante expressivo diante do mês anterior (0,03%). Na abertura por etapa de processamento, o grupo de Bens Finais (de 1,29% para 1,17%) exibiu desaceleração (embora ainda detenha a maior taxa de variação mensal), impactado pelo desempenho do subgrupo Bens de Consumo Duráveis (de 1,22% para -0,05%). Quanto aos Bens Intermediários, a variação registrada foi de 0,24% em março, após deflação de 0,17% no mês de fevereiro, com destaque para os preços de materiais e componentes para a manufatura (de –0,68% para 0,16%). Já o grupo de Matérias-Primas Brutas (de -1,26% para 0,88%) voltou a contribuir positivamente com a formação da inflação ao produtor em março.

    Na abertura do IPA-10 por origem de processamento, verifica-se que o resultado de março é reflexo dos produtos agropecuários (de 0,05% para 2,03%), somada a aceleração de menor intensidade verificada nos preços dos produtos industriais (de 0,02% para 0,26%).

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) – que representa 30% do índice – mostrou uma discreta desaceleração na passagem de fevereiro para março (de 1,39% para 1,29%). Este resultado é explicado pela menor inflação em cinco das oito classes de despesa que compõem o índice, como: Educação, Leitura e Recreação (de 2,73% para 0,50%); Transportes (de 2,58% para 2,14%), Despesas Diversas (de 1,86% para 0,94%), Alimentação (de 1,18% para 1,12%) e Comunicação (0,38% para 0,02%). Por outro lado, temos acréscimos em Habitação (1,35% para 2,03%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,33% para 0,63%) e Vestuário (-0,16% para 0,06%).

    Por fim, o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC-10) – responsável por 10% do IGP-10 – também exibiu desaceleração em março (de 0,80% para 0,24%). Tal movimento foi impactado pela dinâmica nos custos de Materiais, Equipamentos e Serviços (de 0,94% para 0,35%) e nos custos de Mão de Obra (de 0,67% para 0,14 %).

    EUA: Produção industrial avança 0,1% em fevereiro

    Segundo dados divulgados ontem (16/03) pelo Federal Reserve (FED), o Banco Central americano, a produção industrial do Estados Unidos exibiu alta de 0,1% na passagem de janeiro para fevereiro, já descontados os efeitos sazonais. Tal resultado recupera sutilmente parte da queda acumulada nos últimos dois meses (-0,6%). Apesar do fraco desempenho na passagem mensal, na comparação com o mesmo mês do ano anterior constatou-se avanço de 3,5% na produção do setor.

    Na abertura por subsetores, a produção da indústria de transformação recuou 0,2% na passagem para o segundo mês do ano, sendo esta a terceira retração consecutiva na base comparativa mensal. Por outro lado, na variação interanual houve avanço de 3,4%. A indústria extrativa, por sua vez, apontou expressivo recuo (-2,5%), o qual acelerou ante o resultado do mês anterior (-1,3%). Entretanto, na comparação com o mês de fevereiro de 2014 foi registrada alta de 5,3% da produção do setor. Já o setor de Utilidades (equivalente ao SIUP brasileiro) avançou 7,6%, refletindo os impactos do rigoroso inverno americano. Na comparação interanual, o setor avançou 1,3%.

    No que tange às categorias de uso, destaque para o avanço de 1,7% na margem da produção de Bens de Consumo Não Duráveis. Dentre os resultados negativos, destaque para a retração de 1,4% na produção de Bens de Consumo Duráveis, que, por outro lado, avançou 3,9% na variação interanual. Por fim, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) recuou para 78,9%, ante 79,1% em janeiro de 2015 e 78,6% em fevereiro de 2014.

    Alemanha: Sentimento Econômico apresenta nova alta em março

    Na manhã de hoje (17/03) foi divulgado pelo Instituto ZEW da Alemanha o Índice de Sentimento Econômico ZEW, o qual busca avaliar as expectativas dos analistas do mercado financeiro quanto ao cenário econômico do país. De acordo com o instituto, o indicador avançou pelo quinto mês consecutivo, chegando a 54,8 pontos nesta terceira leitura do ano, ante 53,0 pontos no mês anterior. Assim, o índice chega ao mais alto patamar desde fevereiro de 2014 e permanece acima de sua média histórica (24,7 pontos).

    Também constatou-se avanço no Índice de Situação Atual (ISA) da Alemanha, que, na passagem mensal, avançou de 44,7 para 55,1 pontos. Tal resultado positivo reflete o bom desenvolvimento da economia alemã, que vem mostrando uma recuperação vigorosa, apesar dos efeitos negativos emanados tanto dos conflitos geopolíticos existentes na Ucrânia quanto da dívida grega.

    Por fim, o Índice de Sentimento Econômica da Zona do Euro registrou alta de 9,7 pontos na passagem mensal, chegando a 62,4 pontos no mês de março. O ISA da região exibiu alta de 11,8 pontos em março, amenizando seu resultado negativo para -36,6 pontos.

     
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