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Informativo eletrônico - Edição 1653 Sexta-Feira, 20 de março de 2015
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Reajuste na energia elétrica pressiona IPCA-15 de março
  • Sondagem Industrial sinaliza nova retração da produção em fevereiro

    Economia Internacional

  • EUA: Indicadores antecedentes exibem novo avanço em fevereiro
  • EUA: Sondagem Industrial da Filadélfia registra arrefecimento em março

    Agenda Semanal

    Dados da Economia Brasileira

  • Reajuste na energia elétrica pressiona IPCA-15 de março

    O Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) apontou variação de 1,24% no mês de março, de acordo com os dados divulgados hoje (20/03) pelo IBGE. O índice mostra menor crescimento frente ao mês de fevereiro (1,33%), acumulando alta de 3,50% nos três primeiros meses do ano, superior a 2,11% apresentado em igual período do ano passado. Na acumulação em doze meses, o IPCA-15 atinge 7,90%, muito acima do teto da meta de inflação (6,50%), um valor expressivo só não maior que maio de 2005 (8,19%). O elevado patamar da variação mensal é explicado pelos ajustes nas tarifas de energia elétrica, que compensou o fim do impacto sazonal das altas das mensalidades escolares, além da dissipação dos aumentos das tarifas de transportes.

    Dentre as nove classes de despesa avaliadas, três exibiram aceleração na passagem mensal. Dentre elas, destaque para Habitação (de 2,17% para 2,78%), com grande influência dos reajustes extraordinários na energia elétrica (10,91%), principalmente na bandeira tarifária vermelha (de R$ 3,00 para R$ 5,50/100kwh). Além desta, as classes Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,39% para 0,96%), Alimentos e Bebidas (de 0,85 para 1,22%) também exibiram maior crescimento dos preços entre fevereiro e março. Por outro lado, verificou-se descompressão nas seguintes classes: Artigos de Residência (de 0,62% para 0,44%); Transportes (de 1,98% para 1,91%), apesar da forte elevação em combustíveis (6,25%, com impacto de 0,31 p.p., sendo 0,26 p.p. apenas proveniente da gasolina); Despesas Pessoais (de 1,22% para 0,41%) e Educação (de 5,98% para 0,74%). Já Comunicação (de 0,28% para -0,78%) e Vestuário (de -0,89 para -0,11%) exibiram deflação neste terceiro mês do ano.

    Em março, os reajustes nas contas de energia elétrica, nos combustíveis e a pressão sobre os alimentos (em especial produtos in natura) respondem por 77,42% da alta do IPCA no mês (ou 0,96 p.p.).

    Os preços administrados continuaram a exibir forte pressão nesta leitura (com sua inflação passando de 2,76% em fevereiro para 2,89% em março), chegando a acumular alta de 6,77% no ano e 11,47% em doze meses. Por outro lado, os preços livres (de 0,91% para 0,74%), ditados pelo mercado, já veem mostrando leve desaceleração, principalmente por causa da menor atividade econômica. Em doze meses, o crescimento de tais preços diminuiu de 7,00% em fevereiro para 6,85% em março.

    Por fim, quanto aos índices regionais, destaque para o Curitiba (1,72%), respondendo ao aumento na conta da energia elétrica (14,89%), ônibus urbano (10,95%) e combustíveis (8,52%). Em sentido contrário, temos Belém (0,76%) com a menor taxa. Por sua vez, São Paulo (de 1,58% para 1,25%) já acumula aumento de 3,80% nos preços nestes três primeiros meses, e 7,74% em doze meses.

    Sondagem Industrial sinaliza nova retração da produção em fevereiro

    Ontem (19/03) a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou a Sondagem Industrial relativa ao mês de fevereiro. Segundo a leitura, na passagem de janeiro para fevereiro, o índice relativo à produção da indústria brasileira recuou 6,1% (de 42,7 para 40,1 pontos), após avançar 11,5% entre dezembro e janeiro. A série ainda não é ajustada sazonalmente. Esta é a quarta leitura consecutiva em que o índice permanece abaixo da linha dos 50,0 pontos. Vale salientar que índices abaixo de 50,0 pontos apontam pessimismo por parte do empresário industrial.

    Também foi divulgado ontem (19/03) pela FIESP/CNI a Sondagem Industrial do Estado de São Paulo. De acordo com a leitura, em fevereiro, a produção industrial paulista exibiu nova retração, visto que seu indicador atingiu 37,9 pontos nesta leitura. A intensidade do recuo é maior do que a verificada em janeiro (38,5 pontos), valendo lembrar que este indicador não sinalizou crescimento (acima dos 50,0 pontos) nos últimos dezesseis meses.

    Além da produção, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI efetiva/usual) também mostrou ampliação do ritmo de queda (de 33,6 para 31,8 pontos), enquanto que os estoques de produtos finais passaram de 49,8 pontos em janeiro para 54,6 pontos em fevereiro. Quanto a evolução do número de empregados, o índice exibiu alta de 0,8 ponto em fevereiro (de 41,5 pontos para 42,3 pontos), mas permanecendo em nível que sinaliza corte de vagas.

    Todos os indicadores de expectativas para os próximos 6 meses mantiveram em quadro pessimista em fevereiro, apesar de três dos quatro indicadores exibirem leve melhora frente ao mês anterior. São eles: Condições Futuras de Demanda (de 44,3 para 45,1 pontos); Compras de Matérias-Primas (de 42,4 para 42,8 pontos); e Quantidade Exportada (de 45,4 para 48,1 pontos). Já o índice relativo ao Número de Empregados recuou de 40,5 pontos para 40,0 pontos na passagem mensal.

    A indústria paulista, conforme análise dos dados acima, continua apresentando um patamar predominantemente pessimista no início deste ano. Com relação aos próximos meses, as baixas nas perspectivas do empresário industrial não constroem um cenário favorável a uma retomada vigorosa do setor.

    EUA: Indicadores antecedentes exibem novo avanço em fevereiro

    O Indicador Antecedente (Leading Economic Index, em inglês) dos Estados Unidos foi divulgado ontem (19/03) pelo The Conference Board. De acordo com a leitura, no mês de fevereiro o indicador avançou 0,2% em fevereiro (de 121,1 para 121,4 pontos). No mês de janeiro o índice também registrou aumento de 0,2%, após ter avançado 0,4% no último mês de 2014.

    Segundo economista da instituição, o resultado do indicador antecedente continua exibindo perspectivas de crescimento no curto prazo, juntamente com a notável melhora no mercado de trabalho e nos indicadores de confiança do consumidor. Entretanto, o arrefecimento no setor industrial e no investimento de negócios causam impactos negativos ao crescimento econômico do país nesse primeiro trimestre.

    O Índice Econômico Coincidente (Coincident Economic Index, em inglês) dos Estados Unidos, também divulgado ontem (20/03) pelo The Conference Board, exibiu avanço de 0,2% em fevereiro, mesma taxa registrada no mês de janeiro (0,2%) e abaixo da taxa do mês de dezembro (0,3%). O indicador chega ao nível de 111,9 pontos no mês.

    EUA: Sondagem Industrial da Filadélfia registra arrefecimento em março

    Ontem (19/03) o FED da Filadélfia divulgou os resultados de sua Sondagem Industrial para o mês de março. De acordo com a publicação, o índice relativo à situação atual da indústria de transformação da região recuou de 5,2 pontos em fevereiro para 5,0 pontos em março, após ajustes sazonais, indicando um crescimento moderado da atividade industrial na região. Já o índice relativo às expectativas para os próximos seis meses registrou avanço no período, passando de 29,7 pontos para 32,0 pontos. Vale ressaltar que apesar do patamar positivo, os índices sofreram quedas consideráveis nos últimos meses, visto que a apreciação da moeda americana contribuiu para a piora da percepção na indústria americana.

    Dentre os componentes que compõem o índice, o número de novos pedidos apresentou expansão no mês de março (3,9 pontos), ao passo que o número de horas trabalhadas apresentou redução (-11,4 pontos), contrapondo o aumento no número de empregados (3,5 pontos). Já para os próximos seis meses, destaque para o índice relativo ao número de novos pedidos (34,3 pontos) e embarques (32,3 pontos).

     
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