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FOCUS: Mercado volta a reduzir projeções para o PIB
Nesta segunda-feira (23/03) o Banco Central apresentou o seu boletim FOCUS, relatório que contém as estimativas do mercado em relação as principais variáveis macroeconômicas da economia brasileira. De acordo com a publicação, a projeção para o período de 2015 é de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registre queda de 0,83% (nova revisão frente ao declínio de 0,78% esperada na semana antecedente). Já para 2016, a estimativa de crescimento do PIB caiu de 1,30% para 1,20%. Importante pontuar que para o resultado de 2014, que será conhecido nesta sexta-feira (27/03), o mercado avalia perspectiva de estagnação (0,00%).
Nesta semana, o mercado aposta que o IPCA pode chegar a 8,12% (ante 7,93% da semana passada). Em 2016, o centro da meta ainda não deve ser atingido, visto que as expectativas para a inflação estão em 5,61%. Os Preços Administrados, por sua vez, seguem alta e representam aumento de 12,60% este ano (15ª alta seguida).
Quanto a Taxa de Câmbio, o mercado eleva a estimativa de R$/US$ 3,06 para R$/US$ 3,15 em 2015, atingindo R$/US$ 3,20 em 2016. Em relação a taxa básica de juros, as projeções da SELIC chegam a 13,00% em 2015, com redução para 11,50% em 2016.
No cenário para o setor externo, as projeções subiram em relação à semana anterior. Em 2015, o superávit previsto para a Balança Comercial passou de US$ 3,00 bilhões para US$ 3,50 bilhões, ao passo que para 2016, o saldo teve avanço de US$ 10,00 bilhões para US$ 11,00 bilhões. A previsão para o resultado das Transações Correntes deste ano indica déficit de US$ 79,80 bilhões, seguido por um déficit de US$ 70,00 bilhões no ano posterior.
Por fim, destaque também para a redução esperada na produção industrial deste ano, cuja projeção manteve-se estável em -2,19%, ao passo que para 2016 o mercado aponta crescimento de 1,68%.
PIMES: Nova redução em janeiro do pessoal ocupado na indústria
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou na sexta-feira (20/03) o resultado referente à Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES) do mês de janeiro. De acordo com a estimativa, já expurgados os efeitos sazonais, houve uma queda de 0,1% no Pessoal Ocupado Assalariado na indústria na passagem de dezembro para janeiro, após ter avançado 0,3% no mês anterior. No tocante ao Número de Horas Pagas, observou-se elevação de 0,2% na comparação com o mês de dezembro, ao passo que a Folha de Pagamento Real revelou queda de 0,5% no primeiro mês do ano.
Quando comparamos o resultado de janeiro com igual mês de 2014, verifica-se redução no Número de Horas Pagas (-5,2%), no Pessoal Ocupado Assalariado (-4,1%) e na Folha de Pagamento Real (-4,2%).
Ainda na comparação interanual, na abertura por atividades industriais, foi apontado declínio no Pessoal Ocupado em 17 das 18 atividades analisadas, sendo os principais resultados negativos: Máquinas e Aparelhos Eletrônicos e de Comunicações (-11,3%), Meios de Transporte (-7,7%) e Produtos de Metal (-7,7%).
Em linha com a baixa atividade industrial, o número de Horas Pagas aos trabalhadores do setor mostrou resultado bem semelhante a quantidade de trabalhadores, onde 17 de 18 atividades resultaram em perdas, com destaque em: Produtos de Metal (-10,9%), Meios de Transporte (-8,4%), Alimentos e Bebidas (-2,9%) e Máquinas e Equipamentos (-7,7%).
Por fim, a queda no resultado interanual da Folha de Pagamento Real dos trabalhadores da indústria teve impacto negativo de Transportes (-9,3%), Máquinas e Aparelhos Eletroeletrônicos e de Comunicação (-12,3%) e Produtos de Metal (-10,8%).
Zona do Euro: Superávit em Conta Corrente chega a € 29.4 bilhões em janeiro
O Departamento de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) divulgou sexta-feira (20/03) a primeira estimativa do resultado da Conta Corrente da Zona do Euro. De acordo com a publicação, no mês de janeiro, o saldo em Conta Corrente da região exibiu superávit de € 29,4 bilhões em janeiro, já descontados os efeitos sazonais. Tal resultado encontra-se acima do registrada tanto no mês de dezembro/14 (€ 22.5 bilhões) quanto em janeiro/14 (€ 18.1 bilhões).
Na abertura por balanças, destaque para o saldo da Balança de Bens, cujo superávit de € 25.2 bilhões, apesar de estar abaixo do verificado no mês anterior (€ 25.7 bilhões), mostra recuperação frente o mesmo período de 2014 (€ 16.1 bilhões). Também vale ressaltar que no que tange à Balança de Serviços, foi registrado superávit de € 4.4 bilhões em janeiro, ante € 4.2 bilhões em dezembro. Já no mesmo mês do ano anterior, a conta havia registrado superávit de € 9.0 bilhões.
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