Se você não está conseguindo visualizar este e-mail, clique aqui.

Informativo eletrônico - Edição 1661 Quarta-Feira, 01 de abril de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Produção industrial recua 0,9% em fevereiro
  • Confiança do setor de serviços recua 12,1% em março
  • Tesouro Nacional registra déficit primário de R$ 2,3 bilhões em fevereiro

    Dados da Economia Brasileira

  • Produção industrial recua 0,9% em fevereiro

    A produção industrial brasileira recuou 0,9% na passagem de janeiro para fevereiro, livre de efeitos sazonais, segundo dados divulgados hoje (01/04) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através de sua Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF). A retração de fevereiro veio abaixo do que o projetado pelo mercado (-1,5%) e pelo Depecon/FIESP (-2,0%). Vale salientar que parte desse descolamento se deve à revisão do resultado de janeiro (de 2,0% para 0,3%).

    Dentre os subsetores, a indústria de transformação, na base dessazonalizada, recuou 1,3% em março, enquanto que a indústria extrativa apresentou alta de 0,9%. No mês anterior, tais setores haviam aferido crescimento de 1,8% e 1,9%, respectivamente.

    Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, foi verificada queda de 9,1% na produção industrial do país, a décima segunda consecutiva nesta base de comparação. No acumulado dos dois primeiros meses de 2015, a retração chegou a 7,1%, enquanto que no resultado acumulado em doze meses findos em fevereiro, houve recuo de 4,5% da produção do setor.

    No que diz respeito à indústria de transformação e à indústria extrativa, verificou-se resultados interanuais divergentes. A primeira exibiu queda de 11,5% em fevereiro, a décima segunda consecutiva nessa métrica, ao passo que a segunda apontou alta de 12,0%, o décimo quarto resultado positivo nesta base comparativa.

    Na abertura das 24 atividades da indústria abrangidas pela pesquisa, 11 registraram retrações na margem. As principais contribuições negativas são advindas dos setores de Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (-1,7%), Produtos do Fumo (-24,0%) e Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos (-4,2%). Outros grupos que também apresentaram contribuição negativa foram: Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos (-3,4%); Artefatos de Couro, Artigos para Viagem e Calçados (-2,4%); Bebidas (-1,2%); Produtos de Minerais Não-Metálicos (-1,1%); e Metalurgia (-0,9%). Já no que tange às principais contribuições positivas no mês, destaque para os seguintes setores: Produtos Têxteis (4,6%); Produtos de Metal (2,9%); Produtos de Limpeza (2,0%); Máquinas e Equipamentos (1,2%); Indústrias Extrativas (0,9%) e Coque, Produtos Derivados do Petróleo e Biocombustíveis (0,6%). Apenas a atividade de Celulose, Papel e Produtos de Papel registrou estabilidade no período (0,0%).

    Todas as categorias de uso abrangidas pela pesquisa apresentaram retração no segundo mês do ano. Destaque para a categoria de Bens de Capital, que exibiu variação de -4,1% na margem e de -25,7% na comparação interanual. A categoria de Bens de Consumo Semiduráveis e Não Duráveis apresentou queda de 0,5% entre janeiro e fevereiro, ao passo que na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o recuo registrado foi de 8,9%. Em se tratando dos Bens de Consumo Duráveis, houve queda de 0,4% na passagem mensal e 25,8% na métrica interanual. Já a categoria de Bens Intermediários exibiu apenas leve queda na margem (-0,1%), enquanto que na comparação com fevereiro de 2014, foi constatada retração de 4,0%.

    No resultado acumulado em doze meses findos em fevereiro, dentre os 25 ramos da indústria, apenas três deles registraram alta. São eles: Coque, Produtos Derivados do Petróleo e Biocombustíveis (1,8%); Manutenção, Reparação e Instalação de Máquinas e Equipamentos (1,7%); e Bebidas (0,6%). Por outro lado, dentre as principais variações negativas, destacam-se: Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (-20,2%), Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos (-11,8%); Produtos de Metal (-10,8%); Móveis (-9,1%); Máquinas e Equipamentos (-8,4%); Metalurgia (-7,9%); Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (-7,8%); e Produtos Têxteis (-6,9%).

    Por fim, com a forte revisão baixista do resultado de janeiro (de 2,0% para apenas 0,3%), somada à queda da produção em fevereiro (-0,9%), acreditamos que o setor industrial tenha apresentado fraco desempenho no primeiro trimestre de 2015, sobretudo, a indústria de transformação, em linha com a nossa expectativa de contração do PIB no período. A despeito da significativa desvalorização do Real frente ao Dólar, que traz ganhos de competitividade para a indústria nacional, a combinação de diversos fatores negativos, como o ambiente bastante incerto e de piora dos fundamentos econômicos prejudicará a retomada do setor neste ano.

    Confiança do setor de serviços recua 12,1% em março

    O Índice de Confiança de Serviços (ICS) apresentou forte queda de 12,1% na passagem de fevereiro para março, após ajustes sazonais, completando a terceira queda seguida e tendo o índice atingido 82,4 pontos – o pior patamar da série desde seu início em junho de 2008. O resultado reflete um panorama bem adverso para o setor, já que 11 das 12 atividades avaliadas no estudo declinaram no mês. Os dados foram divulgados hoje (01/04) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

    Em março, o Índice de Situação Atual (ISA-S) exibiu forte redução (-14,1%), após já ter registrados significativas perdas na leitura precedente (-6,9%). Tal queda é explicada pelas reduções de 11,2% no indicador de Volume da Demanda Atual e 16,6% no indicador de Situação Atual dos Negócios.

    O Índice de Expectativas (IE-S), por sua vez, também registrou queda na passagem de fevereiro para março (-10,7%). O declínio de 9,5% no que diz respeito a Tendência dos Negócios e de 11,8% do índice de Demanda Prevista explicam o desempenho da perda de expectativas do setor.

    Por fim, conforme relatado pelos economistas da FGV, a percepção desfavorável do setor reduziu o ímpeto de contratações, em linha com a redução da demanda doméstica, aumentando as expectativas de uma retração da atividade neste primeiro trimestre.

    Tesouro Nacional registra déficit primário de R$ 2,3 bilhões em fevereiro

    O Banco Central divulgou ontem (31/03) o resultado primário do Governo Central relativo ao mês de fevereiro. De acordo com a publicação, foi constatado déficit de R$ 2,3 bilhões no mês em referência. No ano, o resultado primário acumula superávit de R$ 18,8 bilhões, bem abaixo do resultado apresentado no mesmo período de 2014 (R$ 22,1 bilhões). Com o resultado atual, acumulou-se déficit primário em R$ 35,8 bilhões (ou 0,69% do PIB) em doze meses, superando o déficit de R$31,4 bilhões (ou 0,61% do PIB) aferido até os doze meses findos em janeiro.

    O resultado Nominal (resultado primário somado ao juro nominal apropriado) ficou deficitário em R$ 58,6 bilhões no mês de fevereiro. Para o primeiro bimestre do ano, temos um saldo negativo de R$ 55,6 bilhões, muito acima do déficit de R$ 20 bilhões registrado em igual bimestre de 2014. Com isto, o déficit nominal em doze meses alcançou 7,34% do PIB, cerca de 0,92 p.p. a mais do que o mês passado.

    Por fim, a dívida líquida do setor público chegou a R$ 1.877,1 bilhões (36,3% do PIB) em fevereiro, tendo redução em 0,3 p.p do PIB frente ao resultado anterior. É Importante ressaltar que a desvalorização cambial de 8,12% impactou em diminuição de R$ 65,8 bilhões no estoque desta dívida.

     
     Copyright © 2014 Fiesp. Todos os direitos reservados. Dúvidas e sugestões, clique aqui
    Se você não deseja mais receber esse informativo, clique aqui.

    Macro Visão é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e
    do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)

    Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

    Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini