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Informativo eletrônico - Edição 1672 Sexta-Feira, 17 de abril de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • IPCA-15 apresenta alta de 1,07% em abril
  • Indicador antecedente da economia brasileira exibe nova queda em março
  • Indústria de São Paulo fecha 17 mil vagas em março

    Economia Internacional

  • EUA: Inflação avança 0,2% em março
  • Zona do Euro: Deflação diminui em março

    Agenda Semanal

    Dados da Economia Brasileira

  • IPCA-15 apresenta alta de 1,07% em abril

    O Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) cresceu 1,07% no mês de abril, conforme os dados apresentados hoje (17/04) pelo IBGE. O índice mostra descompressão frente ao mês de março (1,24%), mas mantem-se acima do resultado de abril de 2014 (0,78%). Com esta leitura, o índice acumula alta de 4,61% nos quatro primeiros meses deste ano, significativamente acima da alta de 2,91% verificado em igual período do ano passado, e superando o centro da meta já nas primeiras quatro leituras. Por sua vez, no acumulado em 12 meses, o IPCA-15 atinge 8,22%, maior patamar desde janeiro de 2004 (8,46%).

    Dentre as nove classes de despesas avaliadas pela pesquisa, quatro tiveram participação positiva na passagem mensal. Destaque para Habitação (de 2,78% para 3,66%), ainda refletindo os preços da energia elétrica (13,02%). Além desta, as classes Vestuário (de -0,11% para 0,94%), Artigos de Residência (de 0,44% para 0,68%) e Despesas Pessoais (de 0,41% para 0,57%) também exibiram maior inflação entre março e abril. Por outro lado, verificou-se descompressão nos preços nas seguintes classes: Transportes (de 1,91% para 0,33%), Educação (de 0,74% para 0,14%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,96% para 0,44%) e Alimentos e Bebidas (de 1,22% para 1,04%). A classe Comunicação é a única que continua apresentando deflação, embora em menor ritmo (de -0,78% para -0,3%).

    Os preços administrados apresentaram leve desaceleração na variação mensal, passando de 2,89% em março para 2,14% em abril, mantendo-se ainda em elevado patamar. No ano, tais preços já acumulam crescimento de 9,06%, ao passo que em 12 meses a variação chega a 13,47%. Por outro lado, os preços livres cresceram 0,74%, igual taxa de variação verificada em março. Em doze meses, o crescimento destes preços mostrou desaceleração de 6,85% em março para 6,67% em abril.

    Por fim, quanto aos índices regionais, destaque para a inflação de Curitiba (1,79%), com impacto do aumento substancial na conta da energia elétrica (20,17%). Em direção oposta, temos Recife (0,63%) com a menor elevação. Por sua vez, São Paulo (de 1,25% para 0,95%) já acumula aumento de 4,78% no ano e 8,22% em doze meses.

    Indicador antecedente da economia brasileira exibe nova queda em março

    De acordo com os dados divulgados ontem (16/04) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelo The Conference Board, o Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE) exibiu recuo de 2,0% em março, ante queda de 1,4% em fevereiro e 1,7% em janeiro. Este é o quinto recuo seguido exibido pelo indicador. Tal resultado é explicado pela queda generalizado dentre os oito indicadores que compõem o indicador. Vale salientar que o IACE busca antecipar períodos de crescimento ou estagnação da economia brasileira.

    Também foi divulgado ontem (16/04) pela FGV e pelo The Conference Board o Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE), o qual procura sinalizar sobre a situação atual da economia brasileira. Na leitura atual, o registrou avanço de 0,3% em março, recompondo parcialmente a queda de 0,4% constatado no mês anterior. Cinco dentre os seis componentes do indicador exibiram alta na passagem de fevereiro para março.

    Segundo economistas responsáveis pela publicação, o enfraquecimento do IACE foi negativamente influenciado pelo declínio das expectativas das empresas, da confiança do consumidor, além das recentes dificuldades políticas enfrentadas pelo país. Assim, ao apresentar taxas de variação persistentemente negativas, o IACE sugere que existirá uma maior deterioração das condições econômicas brasileiras dentro dos próximos meses.

    Indústria de São Paulo fecha 17 mil vagas em março

    Conforme divulgado na tarde de ontem (16/04) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), a indústria paulista demitiu 17 mil trabalhadores em março, o pior resultado para o mês na série. Na leitura com ajuste sazonal, o emprego na indústria caiu 0,88% em março ante fevereiro. No ano, a indústria de São Paulo já acumula destruição de 23 mil vagas.

    Dos 22 setores abrangidos pela pesquisa, 18 demitiram, 3 contrataram e apenas 1 ficou estável. O resultado atual foi influenciado pela contratação abaixo da média por parte do setor sucroalcooleiro. A indústria de máquinas e equipamentos foi a que mais demitiu em março, tendo fechado 7.380 vagas em todo o estado. Além deste, o setor de veículos automotores, reboques e carrocerias fechou 2.358 vagas, seguido pelo segmento de produtos alimentícios, que perdeu 1.722 vagas no mês passado.

    Por fim, das 36 regiões apuradas, 24 sofreram queda no emprego, 8 anotaram alta e 4 mantiveram-se estáveis. Destaque para os aumentos em São João da Boa Vista (1,40%), Franca (1,16%) e Bauru (0,71%), ao passo que Osasco (-3,34%), Diadema (-3,02%) e Santos (-1,79%) exibiram os maiores cortes.

    EUA: Inflação avança 0,2% em março

    O Departamento de Estatísticas do Trabalho (BLS) dos Estados Unidos divulgou na manhã de hoje (17/04) o Índice de Preços ao Consumidor (CPI). No resultado relativo ao mês de março foi registrada inflação de 0,2% na passagem mensal, mesma variação registrada no mês imediatamente anterior (0,2%). Vale pontuar que os Estados Unidos, diferentemente dos dados de inflação no Brasil, divulgam os resultados do CPI com ajuste sazonal. No resultado acumulado em doze meses findos em março, registrou-se deflação de 0,1%. Quando se considera o núcleo da inflação (que exclui itens voláteis como energia e alimentos), a inflação americana acumulada em 12 meses cresceu 1,8%.

    Na abertura das grandes classes de despesa, o grupo de Energia voltou a apresentar avanço do nível de preços na passagem mensal (de 1,0% para 1,1%), entretanto, no acumulado em doze meses findos em março ainda verifica-se expressiva deflação (-18,3%), reflexo da recente queda dos preços do petróleo.

    Dentre as demais classes, na passagem de fevereiro para março, apresentaram variação positiva no nível de preços: Carros Usados e Caminhões (de 1,0% para 1,2%); Vestuário (de 0,3% para 0,5%); Fumo (de 0,5% para 0,4%); Serviços de Assistência Médica (de -0,2% para 0,4%); Habitação (de 0,2% para 0,3%); Novos Veículos (de 0,2% para 0,2%); Bebidas Alcoólicas (de 0,0% para 0,2%); e Mercadorias para Assistência Médica (de 0,7% para 0,1%). Apenas o grupo de Alimentos registrou deflação no período (de 0,2% para -0,2%). Por fim, o grupo de Serviços de Transporte exibiu estabilidade no mês em questão (de 0,3% para 0,0%).

    Zona do Euro: Deflação diminui em março

    Hoje (17/04) o Departamento de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) apresentou o resultado do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) da Zona do Euro referente ao mês de março. De acordo com o instituto, no acumulado em 12 meses findos em março, foi constatada deflação de 0,1%, representando uma leve desaceleração no ritmo de queda frente a fevereiro (-0,3%). Vale lembrar que em igual mês do ano anterior, a região apresentava inflação de 0,5%.

    Na abertura por contribuições, os destaques negativos foram dos itens de Combustíveis para Transporte (-0,44 p.p.) e Óleo de Aquecimento (-0,16 p.p.), em linha com o baixo nível dos preços internacionais do petróleo. Quando se excluir os itens de energia (que incluem os derivados de petróleo), a inflação acumulada em 12 meses da região cresceu 0,6% em março.

    Salientamos também a deflação de Telecomunicações, que contribuiu com -0,06 p.p.. Já no que concerne as contribuições positivas, destaque para Restaurantes e Cafés (0,11 p.p.), Aluguéis (0,09 p.p.) e Tabaco (0,07 p.p.).

    Por fim, quanto aos países-membros da Área do Euro, verificou-se inflação na Áustria (0,9%), Letônia (0,5%) e Malta (0,5%). Em direção oposta, as mais expressivas deflações do período foram constatadas na Grécia (-1,9%), Lituânia (-1,1%) e Espanha (-0,8%). A boa notícia ficou com os índices de preços acumulados em 12 meses da Alemanha (de -0,1% em fevereiro para 0,1% em março) e França (de -0,3% para 0,0%), visto que as duas maiores econômicas da região saíram da deflação no mês em questão.

     
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    Macro Visão é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e
    do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)

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