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Informativo eletrônico - Edição 1680 Segunda-Feira, 04 de maio de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • FOCUS: Mercado volta a elevar projeção de queda do PIB de 2015

    Economia Internacional

  • EUA: Indústria americana desacelera em abril
  • Zona do Euro: Expansão da atividade industrial desacelera em abril
  • China: Atividade do setor industrial exibe nova contração em abril

    Projeções de Mercado

    Dados da Economia Brasileira

  • FOCUS: Mercado volta a elevar projeção de queda do PIB de 2015

    Na manhã desta segunda-feira (04/05) o Banco Central divulgou o Boletim Focus, que contém as projeções para as principais variáveis macroeconômicas acompanhadas pelo mercado. Pela terceira leitura seguida o mercado elevou a queda esperada para o PIB de 2015 (de -1,10% para -1,18%), ao passo que para 2016, a mediana das projeções segue em 1,00% pela quarta semana.

    Por sua vez, as expectativas do IPCA de 2015 subiram sutilmente de 8,25% para 8,26% nesta leitura, mesmo com a diminuição da alta esperada para os preços administrados (de 13,10% para 13,05%). Para 2016, pela sexta semana seguida, o mercado aposta na inflação a 5,60%.

    No que tange a taxa básica de juros (Selic), o mercado elevou suas expectativas para 13,50%, ante 13,25% verificados na leitura anterior. Vale lembrar que na última quarta-feira (29/04) o COPOM elevou a Selic em 50 bps (de 12,75% para 13,25%), demonstrando que o atual resultado do boletim FOCUS não descartou mais uma elevação da Selic. Para 2016, a taxa deve terminar o ano a 11,50%. Quanto a taxa de câmbio, as projeções permaneceram em R$/US$ 3,20 para 2015 e R$/US$ 3,30 para 2016.

    Em relação ao setor externo, o déficit esperado para a conta de transações correntes em 2015 aumentou (de US$ 78,00 bilhões para US$ 78,55 bilhões), resultado este acompanhado pelo menor superávit da balança comercial (de US$ 4,17 bilhões para US$ 4,02 bilhões).

    Por fim, a projeções para a produção industrial permaneceram inalteradas, com queda de 2,50% em 2015 e alta de 1,50% em 2016.

    EUA: Indústria americana desacelera em abril

    Na última sexta-feira (01/05), a Markit divulgou os resultados do PMI (Índice Gerente de Compras) da Industria de Transformação dos Estados Unidos. Conforme a divulgação, a atividade do setor desacelerou na passagem de março para abril (de 55,7 para 54,1 pontos), após devidos ajustes sazonais, atingindo o menor patamar dos últimos três meses. Apesar do resultado, por estar acima de 50,0 pontos, o índice sinaliza expansão da indústria americana.

    A leitura atual é explicada pela menor taxa de produção do setor desde dezembro, bem como a primeira queda das exportações desde novembro, com forte contribuição da valorização do dólar. Outro componente que explica o menor ritmo da indústria americana é a redução de novos pedidos, embora estes ainda se encontram acima da média histórica recente. Por sua vez, o indicador de emprego continua em expansão, completando o vigésimo segundo mês de alta.

    No mesmo dia (01/05) o Institute for Supply Management (ISM) também divulgou os resultados do seu indicador ISM para a indústria de transformação norte americana. Assim como o PMI da Markit, o índice ISM da indústria não mostrou crescimento na passagem de março para abril, entretanto, seu indicador também não decresceu, permanecendo em 51,1 pontos no quarto mês do ano. Este patamar indica expansão da atividade do setor.

    Para tal resultado, verificou-se expansão da produção (de 53,8 para 56,0 pontos) e de novos pedidos (de 51,8 para 53,5 pontos) da indústria americana, ao passo que os estoques (de 51,5 para 49,5 pontos) e o número de empregados (de 50,0 para 48,3 pontos – divergindo-se do PMI) mostraram contração.

    Por fim, os indicadores para a indústria de transformação americana demonstram o arrefecimento da expansão verificada nas ultimas leituras, com forte impacto do dólar valorizado. Por outro lado, a atividade do setor ainda continua em patamar elevado, levando os economistas da Markit a não descartarem uma possível alta dos juros pelo FED (Banco Central americano) no segundo semestre.

    Zona do Euro: Expansão da atividade industrial desacelera em abril

    Hoje (04/05) o instituto Markit divulgou o Índice de Gerência de Compras (PMI) da Indústria de Transformação para a Zona do Euro. De acordo com a leitura, livre de efeitos sazonais, o índice passou de 52,2 pontos em março para 52,0 pontos em abril. Assim, houve leve desaceleração do ritmo de expansão da atividade industrial da região, uma vez que, apesar da redução na margem, o PMI permaneceu acima da linha dos 50,0 pontos.

    Na abertura dos principais componentes do índice, destaque para a produção, que, apesar de avançar pelo décimo segundo mês consecutivo, desacelerou no resultado atual. Os novos pedidos de exportação também exibiram um resultado predominantemente positivo dentre os países da região, com exceção de França e Grécia.

    Dos oito países analisados, seis sinalizaram expansão da atividade industrial. A Irlanda ainda apresenta o PMI mais expressivo dentre os países da região (55,8 pontos), juntamente com a Espanha (54,2 pontos) e os Países Baixos (54,0 pontos). A Itália, por sua vez, apresentou índice de 53,8 pontos, atingindo seu maior patamar dos últimos doze meses. A Alemanha chegou ao nível de 52,1 pontos em abril, acima da prévia divulgada pelo instituto (51,9 pontos). Já o índice referente à Áustria chegou a 50,1 pontos, deixando o patamar contracionista e atingindo seu maior nível nos últimos oito meses.

    Já dentre os países que exibiram contração, destaque para a França (48,0 pontos), cujo índice permaneceu abaixo da prévia divulgada pelo instituto (48,4 pontos). Em se tratando da Grécia, vale salientar que o índice de 46,5 pontos é o pior resultado em vinte e dois meses para o país.

    Segundo economista-chefe do instituto, a recente desaceleração da atividade industrial da região servirá como uma avaliação quanto aos recentes estímulos monetários implementados pelo BCE (Banco Central Europeu), bem como as incertezas em relação à Grécia. No mais, o PMI Industrial permanece em um nível consistente, acompanhado de um crescimento trimestral de 0,4% na Zona do Euro e sinalizando, assim, a permanência da tendência de recuperação exibida na região.

    China: Atividade do setor industrial exibe nova contração em abril

    Segundo dados divulgados hoje (04/05) pelo HSBC/Markit, o Índice de Gerência de Compras (PMI) da Indústria de Transformação da China recuou de 49,6 pontos em março para 48,9 pontos em abril, já descontadas as influências sazonais. Este é o segundo resultado consecutivo em que o setor exibe contração, visto que o indicador se encontra abaixo dos 50,0 pontos.

    Tal recuo é reflexo, principalmente, da queda no número de novos negócios, de maneira que o arrefecimento da demanda levou as empresas a serem cautelosas com suas produções, que permaneceram, no geral, estáveis no mês de abril.

    De acordo com economista do instituto Markit, a indústria de transformação chinesa apresentou um fraco desempenho no início do segundo trimestre do ano, além de que o corte no número de trabalhadores e a menor atividade de compra sugerem que o setor encontrará grandes dificuldades para crescer dentro dos próximos meses. Diante desse resultado, não se pode descartar a possibilidade de adoção de mais estímulos à economia para se atingir a meta de crescimento estipulada pelo governo (7,0%).

     
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