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Informativo eletrônico - Edição 1688 Quinta-Feira, 14 de maio de 2015
 

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Economia Brasileira

  • Vendas no varejo recuam fortemente no primeiro trimestre de 2015

    Economia Internacional

  • EUA: Vendas no varejo ficam estáveis em abril
  • Zona do Euro: Produção industrial exibe retração de 0,3% em março
  • OCDE: Brasil é o 60º colocado em ranking mundial de educação

    Dados da Economia Brasileira

  • Vendas no varejo recuam fortemente no primeiro trimestre de 2015

    O Volume de Vendas no Varejo, em seu conceito restrito, exibiu retração de 0,9% na passagem de fevereiro para março, livre de efeitos sazonais, segundo os dados divulgados hoje (14/05) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado surpreendeu negativamente as perspectivas do DEPECON/FIESP (-0,2%) e do mercado (-0,3%). Com isto, o setor acumula queda de 0,8% no ano, ao passo que no acumulado dos últimos doze meses, constatou-se alta de 1,0%.

    Por sua vez, as vendas no varejo em seu conceito ampliado – inclusas as vendas de veículos e materiais para construção – apresentou queda de 1,6% na passagem mensal, livre de influências sazonais. Neste conceito o varejo acumula perdas tanto no ano (-5,3%), quanto em doze meses (-3,4%).

    Dentre as dez atividades abrangidas pela pesquisa, sete indicaram queda na passagem mensal. Destaque para o segmento o Veículos, Motos, Partes e Peças, que exibiu a retração mais expressiva do mês (-4,6%), em linha com a retração de 3,1% apresentada pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (FENABRAVE). Também contribuíram negativamente no resultado mensal os seguintes grupos: Móveis e Eletrodomésticos (-3,0%); Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-2,3%); Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (-2,2%); Tecidos, Vestuário e Calçados (-1,4%); Material de Construção (-0,3%); e Equipamentos e Material de Escritório, Informática e Comunicação (-0,2%). Por outro lado, foram verificadas contribuições positivas nos seguintes grupos: Combustíveis e Lubrificantes (2,8%); Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (1,2%); e Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos, de Perfumaria e Cosméticos (1,2%).

    No que diz respeito ao resultado acumulado no ano até março, sete dentre os dez grupos abrangidos pela pesquisa apresentaram variação negativa, sendo eles: Veículos, Motos, Partes e Peças (-14,8%); Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-7,8%); Móveis e Eletrodomésticos (-6,7%); Material de Construção (-4,4%); Combustíveis e Lubrificantes (-4,0%); Tecidos, Vestuário e Calçados (-3,0%); e Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (-1,3%). Já os grupos que exibiram variações positivas foram: Equipamentos e Material de Escritório, Informática e Comunicação (16,9%); Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (8,3%); e Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos, de Perfumaria e Cosméticos (5,7%).

    Por sua vez, na passagem do quarto trimestre de 2014 para o primeiro trimestre de 2015, descontadas as influências sazonais, o comércio varejista, no conceito restrito, apresentou queda de 1,7%, anulando a alta de 1,7% registrada no trimestre anterior. Já em seu conceito ampliado, a retração foi de 4,0%, sendo está a maior queda trimestral desde os últimos três meses de 2008, início da crise financeira internacional.

    Sete dentre as dez atividades pesquisadas exibiram recuo na passagem trimestral, sendo: Veículos, Motos, Partes e Peças (-9,8%); Móveis e Eletrodomésticos (-5,5%); Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-4,0%); Combustíveis e Lubrificantes (-3,8%); Tecidos, Vestuário e Calçados (-3,4%); Material de Construção (-1,9%); e Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (-1,1%). No sentido contrário, verificou-se alta nos segmentos: Equipamentos e Material de Escritório, Informática e Comunicação (8,9%); %); Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (1,1%); e Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos, de Perfumaria e Cosméticos (0,6%).

    Na abertura regional, livre de influências sazonais, foram verificados resultados negativos em dezesseis das vinte e sete Unidades da Federação, na passagem mensal. Dentre os resultados negativos, destaque para: Amazonas (-3,3%); Rio de Janeiro (-3,1%); Pernambuco (-2,9%); e Paraíba (-2,5%). Já as regiões com as variações positivas mais expressivas foram: Pará (2,2%); Roraima (1,4%); Acre (1,2%) e Santa Catarina (1,2%). Vale destacar que o São Paulo, região que possui grande importância na PMC, registrou variação de -2,0% no mês em questão.

    A expressiva queda da atividade do comércio neste primeiro trimestre foi pior do que o esperado, denotando a fragilidade do setor. Nos primeiros três meses do ano verificamos maior deterioração dos condicionantes do consumo, refletindo o menor aumento da massa salarial real, expansão moderada do crédito, piora das perspectivas para o mercado de trabalho e a elevação da taxa de juros. Assim, após atingir os níveis mais baixos de toda a série, a confiança do consumidor já antecipava o baixo dinamismo do comércio varejista neste início de ano.

    EUA: Vendas no varejo ficam estáveis em abril

    De acordo com os dados anunciados ontem (13/05) pelo Census Bureau, as vendas no varejo americano ficaram estáveis na passagem de março para abril, após devidos ajustes sazonais. O resultado vem após uma alta de 1,1% no terceiro mês do ano (revistada para cima de uma alta de 0,9%). Quando se comparado a abril de 2014, o volume de vendas no varejo cresceu cerca de 0,9%.

    A estabilidade no mês é explicada pela nas vendas de matérias de construção (0,3%) e vestuário (0,2%), ao passo que as vendas na categoria de veículos automotores (-0,4%), alimentos e bebidas (-0,1%) e postos de gasolina (-0,7%) não apresentaram bom desempenho na passagem do terceiro para o quarto mês do ano.

    Os arrefecimentos do comércio neste início de segundo trimestre, após os fracos resultados do primeiro trimestre, alertam para a moderação de crescimento apresentado pela economia americana, podendo crescer ainda mais as incertezas quanto a normalização da política monetária do país, a qual o mercado acredita iniciar-se no segundo semestre deste ano.

    Zona do Euro: Produção industrial exibe retração de 0,3% em março

    Ontem (14/05) o Departamento de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) divulgou o resultado da produção industrial da Zona do Euro. Segundo a leitura, já descontados os efeitos sazonais, o setor industrial exibiu retração de 0,3% na passagem de fevereiro para março, ante alta de 1,0% no mês anterior. Já na comparação com o mesmo mês do ano precedente, o avanço constatado foi de 1,8%.

    O resultado negativo do mês em questão se deu pela queda na produção de energia (-1,7%), seguida pela retração de bens de capital (-0,9%), bens de consumo duráveis (-0,9%) e bens intermediários (-0,3%). Por outro lado, verificou-se alta de 2,3% dentre os bens de consumo não-duráveis.

    Dentre os países-membros da Zona do Euro, destaque para as variações positivas da Letônia (10,9%), Irlanda (3,0%), e Espanha (1,0%). Já dentre as retrações, destaque para os Países Baixos (-3,6%), Lituânia (-3,4%) e Estônia (-1,0%). Vale salientar que Alemanha e França, as duas maiores economias do bloco, apresentaram variação de -0,7% e -0,2%, respectivamente.

    OCDE: Brasil é o 60º colocado em ranking mundial de educação

    A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou na última quarta-feira (13/05) o seu ranking mundial de educação. De acordo com a leitura, formado com base nos testes de matemática e ciências do PISA (Programme for International Student Assessment), os países asiáticos apresentaram os melhores resultados dentre os 76 países da lista, sendo o primeiro lugar ocupado por Cingapura, seguido de Hong Kong, Coreia do Sul, Japão e Taiwan, ao passo que os três últimos lugares foram ocupados por Gana (76º), África do Sul (75º) e Honduras (74º).

    Dentre os países latino-americanos mais bem colocados, destaque para o Chile (48º), seguido pela Costa Rica (53º), México (54º) e Uruguai (55º). O Brasil, por sua vez, ocupa o 60 º posto da lista, exibindo um fraco desempenho frente aos seus pares. Vale ressaltar também as colocações de Argentina (62º), Colômbia (67º) e Peru (71º).

    Segundo diretor educacional da OCDE, este é o primeiro índice com escala mundial sobre a qualidade de educação, permitindo comparações por parte dos países emergentes em relação aos países desenvolvidos, verificando a importância dos ganhos de uma educação de base de qualidade para o desenvolvimento econômico no longo prazo.

     
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