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Informativo eletrônico - Edição 1692 Quarta-Feira, 20 de maio de 2015
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Receita nominal do setor de serviços registra forte desaceleração no primeiro trimestre
  • FIESP/CNI: Empresário industrial segue pessimista em maio
  • Indicador antecedente da economia brasileira recua em abril
  • PIMES: Pessoal ocupado da indústria volta a recuar em março

    Dados da Economia Brasileira

  • Receita nominal do setor de serviços registra forte desaceleração no primeiro trimestre

    Segundo dados divulgados hoje (20/05) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em sua Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), a receita nominal do setor de serviços registrou aumento de 6,1% em março, frente a igual mês do ano anterior, exibindo aceleração frente ao resultado de fevereiro (0,9%) e janeiro (1,8%), em igual métrica de comparação. No ano, o setor acumula alta de 2,9% em suas receitas, ao passo que em 12 meses, o aumento é de 4,6%.

    O desempenho do indicador é explicado pela aceleração das cinco atividades que compõem a PMS, na comparação interanual de fevereiro e março, a saber: Serviços Profissionais, Administrativos e Complementares (de 3,6% para 8,8%); Transportes, Serviços Auxiliares dos Transportes e Correios (de -1,9% para 8,7%); Outros Serviços (de -0,4% para 5,2%); Serviços de Informação e Comunicação (de 0,7% para 2,9%); e Serviços Prestados as Famílias (de 6,8 para 2,5%).

    Quanto aos resultados regionais, 21 das 27 avaliadas exibiram variações positivas na comparação de março de 2015 e o mesmo período de 2014, destacando-se as maiores: São Paulo (8,9%), Mato Grosso do Sul (8,4%), Rondônia (8,3%), Para (8,0%) e Santa Catarina (7,6%), Paraná (7,0%), todas elas acima da média nacional (6,1%). No sentido contrário, verificou-se seis variações negativas: Maranhão (-9,5%), Mato Grosso (-6,3%), Acre (-5,9%), Roraima (-5,5%), Amapá (-4,6%) e por fim Piauí (-0,8%).

    Quanto ao resultado do primeiro trimestre de 2015, a receita nominal do setor de serviços cresceu cerca de 2,9% frente aos três primeiros meses de 2014, sendo este o pior resultado trimestral da série histórica da pesquisa (iniciada em 2012), e mostrando forte desaceleração perante ao resultado do ultime trimestre de 2014 (4,4%). Vale lembrar que em igual de trimestre do ano passado, o resultado interanual da receita do setor chegava a 8,7%. Por fim, quanto ao resultado da receita real, deflacionado pelo Depecon/FIESP através do índice de preços de serviços, verificou-se aceleração da queda do quarto trimestre de 2014 (-3,8%) para o primeiro trimestre de 2015 (-5,1%).

    FIESP/CNI: Empresário industrial segue pessimista em maio

    No mês de maio, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) avançou sutilmente de 38,5 para 38,6 pontos, de acordo com os dados divulgados ontem (19/05) pela CNI. Assim, a alta de 0,3% do ICEI na passagem mensal evidencia desaceleração frente aquela registrada no mês anterior (2,7%), lembrando que o índice permanece 17,6 pontos abaixo de sua média histórica (56,2 pontos) e pelo menos 11,4 pontos abaixo do patamar que sinalizaria otimismo por parte dos empresários do setor.

    A FIESP/CNI também divulgou ontem (20/05) o Índice de Confiança do Empresário Industrial Paulista (ICEI-SP). De acordo com a leitura atual, o índice permaneceu em 34,0 pontos em maio, encontrando-se, novamente, a 16,0 pontos abaixo do patamar de otimismo. O índice chega ao vigésimo mês em quadro de pessimismo, estando 18,1 pontos abaixo de média histórica (52,1 pontos).

    Na abertura do ICEI-SP, o indicador de condições atuais chegou a 26,7 pontos em maio, enquanto o indicador de expectativas para os próximos seis meses avançou para o nível de 37,8 pontos.

    Por fim, na análise dos resultados, tanto o ICEI-BR quanto o ICEI-SP ainda mostram uma descrença por parte do setor industrial na passagem de abril para maio. O pessimismo se revela tanto em relação às condições atuais, quanto em relação às expectativas para os próximos meses.

    Indicador antecedente da economia brasileira recua em abril

    A Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o The Conference Board divulgaram ontem (19/05) o Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE). Segundo a leitura, o indicador exibiu queda de 0,9% em abril, desacelerando ante queda de 1,1% em março e de 1,4% em fevereiro, mas atingindo o sexto recuo consecutivo. Dentre os componentes do indicador, destaque para a contribuição negativa dos índices de termos de troca, expectativas da indústria e de quantum de exportações. Vale salientar que o IACE busca antecipar períodos de crescimento ou estagnação da economia brasileira.

    O Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE), o qual procura avaliar a atividade econômica atual do país, também foi divulgado ontem (19/05) pela FGV e pelo The Conference Board. No mês de abril, o indicador mostrou-se estável (0,0%), ante retração de 0,1% em março e de 0,6% em fevereiro. Dentre os seus componentes, três apresentaram contribuição positiva no mês em questão.

    Segundo economista da FGV, o IACE manteve a tendência de queda verificada nos últimos meses, embora tenha exibido desaceleração do ritmo de retração. No mais, a constante deterioração dos componentes do indicador sinaliza que existirá grande dificuldade de se reverter o quadro de contração verificado recentemente no cenário econômico brasileiro.

    PIMES: Pessoal ocupado da indústria volta a recuar em março

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem (19/05) os resultados da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES) do mês de março. Segundo os estudos, já excluídos os efeitos sazonais, constatou-se declínio em 0,6% no Pessoal Ocupado Assalariado na indústria na passagem mensal, acentuando as perdas, já que no mês passado verificou-se redução de 0,5%. No ano, já se acumula queda de 4,6% do pessoal ocupado do setor, ao passo que em doze meses a redução é de 3,9%. No que tange o Número de Horas Pagas, a pesquisa informa diminuição de 0,3% na passagem de fevereiro para março, ao passo que a Folha de Pagamento Real revelou acréscimo de 0,1%, em igual base comparativa.

    Vale ressaltar que, na passagem mensal, a queda do pessoal ocupado foi reflexo tanto da indústria de transformação (-0,5%), quanto da extrativa (-0,5%). Por outro lado, quanto a folha de pagamento real e o número de horas pagas, apenas a indústria de transformação registrou queda nestas variáveis, entre fevereiro e março.

    Por fim, no acumulado do ano por atividade industrial, foi diagnosticado declínio do Pessoal Ocupado nas 18 atividades pesquisadas, com destaque para os seguintes resultados negativos: Máquinas e Aparelhos Eletrônicos e de Comunicações (-12,1%), Produtos de Metal (-10,2%), e Meios de Transporte (-10,0%).

     
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