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FOCUS: PIB segue em declínio e aponta retração de 1,24% em 2015
Na manhã de hoje (25/05), o Banco Central divulgou o Boletim Focus, que analisa as estimativas para as principais variáveis macroeconômicas analisadas pelo mercado. Conforme os dados apresentados, se prevê uma redução no PIB de 1,24% em 2015, ante a queda esperada de 1,20% na semana anterior, Para 2016, pela sexta semana seguida, o mercado avalia crescimento de 1,00% no produto interno do país.
No que diz respeito ao IPCA de 2014, as perspectivas passaram de 8,31% para 8,37%, refletindo o novo acréscimo dos preços administrados (de 13,50% para 13,70%). Para 2016, as apostas para a inflação seguem em 5,50%.
As previsões para a taxa básica de juros (Selic) chegaram a 13,75%, uma elevação de 25 bps (basis points – pontos bases) em relação a leitura anterior (13,50%), demonstrando que o mercado não acredita no encerramento do ciclo de aperto monetário por parte do Banco Central em sua última reunião do COPOM realizada. Para o ano seguinte, a mediana prevista pelo mercado chegou a 12,00%, ante 11,75% na divulgação anterior. Quanto a taxa de câmbio, o resultado manteve-se estável em R$/US$ 3,20 para 2015 como também R$/US$ 3,30 para 2016.
Para o setor externo, o boletim informa nova deterioração das expectativas para a Conta Corrente, com seu déficit aumento de US$ 82,40 bilhões para US$ 83,80 bilhões, resultado não influenciado pelas projeções da Balança Comercial, que permaneceram em US$3,00 bilhões de superávit.
Por fim, a produção industrial deve recuar 2,80% em 2015, conforme já previsto na semana anterior, ao passo que para 2016 o mercado aposta, pela sétima leitura seguida, em uma expansão de 1,50% na produção do setor.
CAGED: Brasil fecha cerca de 97,8 mil empregos em abril
Conforme os dados divulgados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) pelo Ministério do Trabalho (MTE) nesta última sexta-feira (22/05), foram fechadas cerca de 97,8 mil vagas de emprego no mês de abril, único resultado negativo para o mês já registrado, representando uma queda de 0,24% no nível de empregos com carteira assinada no Brasil. Assim, no acumulado do ano de janeiro a abril, o CAGED registra queda de 137,0 mil vagas de trabalho, lembrando que em igual período de 2014, o saldo era positivo em 532,4 mil.
Dentre os setores, destaque para o fechamento de postos formais na atividade de Alimentos, bebidas e álcool (-13,4 postos), Mecânica (- 9,7 mil), Material de Transporte (-9,7 mil) e Metalúrgica ( -8,8 mil). Em sentido contrário, verificou-se criação no setor de Químicos e farmacêuticos (2.7 mil), sendo este o único resultado positivo considerável do mês em questão. A Indústria de Transformação, por sua vez, revelou saldo negativo de 37,6 mil vagas, menor estimativa desde mesmo período de 2009 (138.589 postos).
Por fim, no que tange especificamente o Estado de São Paulo, o CAGED informa fechamento de 11 mil vagas de emprego em abril, sendo influenciado pela redução de 7 mil empregos na Industria de Transformação paulista.
EUA: Indicadores antecedentes aceleram em abril
Foi divulgado na última quinta-feira (21/05) pelo The Conference Board o Indicador Antecedente (Leading Economic Index - LEI) dos Estados Unidos. Na leitura referente ao mês de abril, o indicador exibiu avanço de 0,7%, alcançando o nível de 122,3 pontos no resultado atual. Vale ressaltar que em fevereiro verificou-se queda de 0,2%, ao passo que março havia apresentado avanço de 0,4% no LEI.
De acordo com economista da instituição, o avanço do mês de abril contribuiu para a estabilização do recente arrefecimento do índice, sugerindo, assim, que o fraco crescimento registrado no primeiro trimestre do ano seja temporário. Entretanto, tal avanço não indica um fortalecimento econômico nos próximos meses, uma vez que os avanços em grande parte dos componentes do indicador foram apenas marginais.
Já o Indicador Econômico Coincidente (Coincident Economic Index – CEI) dos Estados Unidos, divulgado pelo The Conference Board na última quinta-feira (21/05), apresentou avanço de 0,2% na passagem de março para abril e chegando ao patamar de 112,0 pontos, mostrando aceleração frente a leitura do mês anterior (0,1%).
CPB Netherlands: Comércio mundial exibe queda de 0,1% em março
Nesta última sexta-feira (25/05) o CPB Netherlands divulgou os resultados do fluxo de comércio mundial para o mês de março. Segundo a publicação, já descontados os efeitos sazonais, após retrair 1,7% em janeiro e 0,6% em fevereiro, o volume de comercio mundial voltou a recuar no final do primeiro trimestre (-0,1%), embora em menor intensidade. A retração atual se deu em vista do expressivo recuo das exportações (-1,9%), enquanto as importações avançaram no mês em questão (1,7%).
Em se tratando das economias desenvolvidas, verificou-se avanço tanto nas importações (1,9%) quanto nas exportações (1,0%). O principal destaque dentre as importações ficou com os Estados Unidos (9,4%), que apresentou a maior contribuição positiva no mês atual, enquanto a Zona do Euro exibiu estabilidade (0,0%) e o Japão apresentou retração (-10,2%). No lado das exportações, destaque para os Estados Unidos (0,9%) e o Japão (0,2%). A Zona do Euro, por sua vez, exibiu leve recuo (-0,1%).
No que tange às economias emergentes, constatou-se alta de 1,4% nas importações e um recuo de 4,7% no nível de exportações. Dentre as importações, destaque para o avanço de 6,7% da América Latina e de 2,4% da África e Oriente Médio. Por outro lado, no que se refere às exportações, destaque para a contribuição negativa da Ásia Emergente (-9,2%), cujo resultado foi amenizado pela alta de 5,3% nas exportações da América Latina e de 2,6% da África e Oriente Médio.
Por fim, na passagem do quarto trimestre de 2014 para o primeiro trimestre de 2015, foi verificada retração de 1,5% no fluxo de comércio mundial, reflexo do recuo de 3,0% no comércio dos países emergentes, enquanto o índice referente às economias avançadas permaneceu estável no período em questão (0,0%).
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