

Confiança do Consumidor exibe queda de 0,6% em maio
Hoje (26/05) a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o seu Índice de Confiança do Consumidor (ICC). Na passagem de abril para maio, já expurgados os efeitos sazonais, verificou-se queda de 0,6% no índice, ante alta de 3,3% no mês anterior. Dessa forma, o índice passou de 85,6 para 85,1 pontos, mantendo-se muito abaixo da média histórica (110,5 pontos) e indicando forte pessimismo por parte do consumidor brasileiro. Já na comparação com o mesmo mês do ano passado, constatou-se queda de 17,9% no ICC.
O consumidor está mais preocupado com a situação atual do mercado de trabalho, com os altos níveis de inflação e o aumento do nível de endividamento. Assim, o Índice de Situação Atual (ISA) recuou 1,5%, passando de 80,3 pontos em abril para 79,1 pontos em maio. A principal contribuição negativa adveio do indicador de situação financeira atual, com queda de 2,1% no mês em questão.
O Índice de Expectativas (IE), por sua vez, exibiu avanço de 0,3%, variando de 88,1 para 88,4 pontos, ainda assim permanecendo em patamares pessimistas pela sétima leitura consecutiva. Dentre os componentes do índice, destaque para o indicador de intenção de compra de bens duráveis nos próximos seis meses, que recuou pelo terceiro mês consecutivo e atingiu seu menor valor desde fevereiro de 2009 (71,4 pontos).

Confiança da Construção recua 5,1% em maio
Nesta terça-feira (26/05), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou os resultados de maio do Índice de Confiança da Construção (ICST). Conforme o boletim, a confiança do setor recuou 5,1% no quinto mês do ano, frente ao resultado de abril e já expurgados os efeitos sazonais, atingindo 72,9 pontos – menor nível da série histórica iniciada em julho de 2010. O resultado atual anula a alta de 0,5% aferida em abril, e agrava a forte perda verificada em março (-7,8%).
A piora do indicador reflete o pessimismo gerado do Índice de Situação Atual dos Negócios (ISA-CST), que recuou 6,2% e chegou a 59,4 pontos, ampliando as perdas do mês anterior (-3,1%). O resultado reflete a queda no nível de satisfação das empresas quanto a situação atual dos negócios (-7,4%).
Por sua vez, o Índice de Expectativas (IE-CST) exibiu decréscimo de 4,3%, atingindo 86,4 pontos, e reverte os ganhos de abril (3,3%). O subíndice que avalia as expectativas para a demanda nos três meses seguintes (-4,4%) explica o recuo mensal.
Segundo a instituição, o desempenho do setor de Construção e a sua capacidade de recuperação estão sendo negativamente pelo arrefecimento da demanda, aliado as maiores restrições ao crédito e o endividamento das famílias.
Por fim, a FGV também divulgou hoje (26/05) o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) de maio. O índice apresentou alta de 0,45%, desacelerando frente ao mês anterior (0,65%), explicado pelo menor aumento tanto nos custos com Materiais, Equipamentos e Serviços (de 0,95% para 0,67%) quanto nos gastos com Mão de Obra (de 0,38% para 0,24%).

CNI: Atividade do setor de construção segue em retração
Nesta segunda-feira (26/05), a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) divulgou a Sondagem da Industria da Construção, com os dados do setor para o mês de abril. Conforme a leitura atual, o indicador de nível de atividade recuou de 37,9 para 36,5 pontos, sinalizando novo aumento da intensidade das perdas, em linha com a crise que o setor enfrenta (altos níveis de estoque e baixo investimento). Vale lembrar que leituras abaixo dos 50,0 pontos indicam contração.
Além da queda na atividade, outros indicadores ilustram o menor dinamismo da construção, dentre eles: o nível de empregados, cujo índice retraiu de 37,2 para 36,3 pontos, e a utilização da capacidade operacional, que apesar de não exibir alteração em abril, segue em baixo patamar (60%, cerca de 9,0p.p. abaixo de abril de 2014). A CNI ainda não divulga tais variáveis com ajuste sazonal.
Cabe destacar também a piora nos indicadores de expectativas, principalmente no que mensura o nível de atividade futura (de 44,1 para 40,4 pontos) e das intenções de investimento (de 34,4 para 29,3 pontos). Em igual direção, verificou-se nova deterioração nas expectativas de novos empreendimentos e serviços (de 43,1 para 39,5 pontos), compra de insumos e matérias primas (de 43,5 para 38,7 pontos), e, por fim, espera-se nova redução do número de empregados (de 42,6 para 38,4 pontos).



OCDE: PIB dos países desenvolvidos desacelera no primeiro trimestre
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou na manhã de hoje (26/05) o Produto Interno Bruto (PIB) de seus países-membros. De acordo com a leitura referente ao primeiro trimestre de 2015, o PIB agregado da OCDE registrou avanço de 0,3% nos primeiros três meses do ano, já descontados os efeitos sazonais, apresentando desaceleração frente o quarto trimestre de 2014 (que registrou alta de 0,5%). Vale salientar que os membros da OCDE são, predominantemente, países desenvolvidos.
Dentre os principais países analisados, destaque para as fortes desacelerações registradas pelos Estados Unidos (de 0,5% para 0,1%) e pelo Reino Unido (de 0,6% para 0,3%). O Japão, por sua vez, exibe um cenário de retomada de sua economia, dada a recente aceleração no trimestre em questão (de 0,3% para 0,6%).
Em se tratando da Zona do Euro, verificou-se nova aceleração do ritmo de crescimento de seu PIB na passagem trimestral (de 0,3% para 0,4%), reflexo, principalmente, do maior crescimento visto na França (de 0,0% para 0,6%) e na Itália (de 0,0% para 0,3%). A Alemanha, principal economia da região, exibiu arrefecimento no trimestre atual (de 0,7% para 0,3%). No mais, a União Europeia como um todo exibiu o mesmo ritmo de crescimento do trimestre precedente (0,4%).
Por fim, no que tange aos países emergentes, cujo PIB foi calculado pela instituição, destaque para a China (de 1,5% para 1,3%), que exibiu a terceira desaceleração consecutiva das taxas de crescimento de sua economia.




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