Se você não está conseguindo visualizar este e-mail, clique aqui.

Informativo eletrônico - Edição 1718 Segunda-Feira, 29 de junho de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • FOCUS: Mercado continua reduzindo PIB de 2015 e 2016
  • IGP-M acelera e registra alta de 0,67% em junho
  • Confiança do Comércio registra queda de 1,4% em junho
  • Resultados primários do Tesouro Nacional seguem diminuindo

    Projeções de Mercado

    Dados da Economia Brasileira

  • FOCUS: Mercado continua reduzindo PIB de 2015 e 2016

    Nesta manhã (29/06), o Banco Central divulgou o Boletim FOCUS, relatório que conte a mediana das projeções das principais variáveis macroeconômicas acompanhadas pelo mercado. De acordo com esta leitura, a projeção para o PIB deste ano continua sofrendo reajuste baixista (desta vez de -1,45% para -1,49%), ao passo que para 2016, o crescimento foi revisado de 0,70% para 0,50%, lembrando que a quatro semanas tal projeção se encontrava em 1,00%.

    Pela decima primeira semana seguida as expectativas quanto a inflação em 2015 subiu (de 8,97% para 9,00%), atingindo patamar semelhante ao esperado pelo próprio Banco Central em seu Relatório Trimestral de Inflação. Já para 2016, a despeito da menor atividade e da alta do juro, o patamar esperado da inflação segue em 5,50% pela sétima semana.

    O cenário de novos ajustes altistas na taxa básica de juro (Selic) tem se concretizado, visto que sua projeção para o fim do ano voltou a subir (de 14,25% para 14,50% - lembrando que atualmente está no patamar de 13,75%) com a expectativa de derrubar a inflação do ano que vem. Aliás, para 2016, a projeção para a Selic segue em 12,00% pela sexta leitura. Quanto a taxa câmbio, as estimativas permanecem em R$/US$ 3,20 em 2015 e foram revisadas para baixo em 2016 (de R$/US$ 3,40 para R$/US$ 3,37).

    Para o setor externo, verificou-se um aumento no superávit esperado para a Balança Comercial (de US$ 3,10 bilhões para US$ 4,00 bilhões), impactando positivamente no déficit estimado para a conta de Transações Correntes deste ano (que recuou de US$ 84,50 bilhões para US$ 82,35 bilhões).

    Por fim, a produção industrial deve recuar 4,00% este ano, acima dos 3,65% projetados na semana passada. Tal queda não deve ser revertida em 2016, visto que a projeção para o setor contempla um crescimento de apenas 1,50%.

    IGP-M acelera e registra alta de 0,67% em junho

    Hoje (29/06) a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). De acordo com a publicação, no mês de junho o índice registrou variação de 0,67%, acelerando frente o registrado no mês precedente (0,41%), além de superar a deflação verificada em junho de 2014(-0,74%). No acumulado do ano, houve inflação de 4,33%, ao passo que em doze meses, a alta é de 5,59%. A alta dos preços reflete tanto a aceleração dos custos da construção civil, como a pressão dos preços ao consumidor e do atacado.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) – responsável por 60% do IGP-M – exibiu taxa de variação de 0,41% neste mês, ante 0,30% na leitura do mês de maio. Na abertura por estágios de processamento, a categoria de Bens Finais apresentou aceleração no mês atual (de 0,50% para 0,60%). A categoria de Bens Intermediários, por outro lado, registrou desaceleração (de 0,81% para 0,36%), ao passo que os preços dos Matérias-Primas Brutas cresceram 0,24% no mês, ante deflação de 0,60% no mês anterior.

    Na abertura por origem de processamento, a aceleração do IPA se deu, principalmente, pela redução da deflação nos preços dos produtos agropecuários (de -1,51% para -0,23%), sendo tal efeito amenizado pelo menor impacto positivo dos preços de produtos industriais (de 1,01% para 0,66%).

    No que tange ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – que representa 30% do IGP-M – constatou-se alta no nível de inflação no mês atual (de 0,68% para 0,83%). Dentre as oito classes de despesa, cinco apresentaram aumento da taxa de variação em relação ao mês anterior, sendo: Despesas Diversas (de 0,87% para 5,47%); Alimentação (de 0,67% para 0,98%); Educação, Leitura e Recreação (de 0,44% para 0,82%); Transportes (de 0,14% para 0,28%); e Comunicação (de -0,04% para 0,25%). Por outro lado, apresentaram desaceleração no mês atual: Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,48% para 0,79%); Habitação (de 0,75% para 0,70%); e Vestuário (de 1,17% para 0,37%).

    No mais, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) – que corresponde por 10% do IGP-M – exibiu aceleração no mês atual (de 0,45% para 1,87%). Tal movimento se dá como reflexo da alta no custo da Mão de Obra (de 0,24% para 3,16%), ao passo que o índice de Materiais, Equipamentos e Serviços registrou desaceleração da taxa de variação no mês de junho (de 0,67% para 0,47%).

    Confiança do Comércio registra queda de 1,4% em junho

    De acordo com dados divulgados hoje (29/06) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) registrou queda de 1,4% na passagem de maio para junho, livre de efeitos sazonais, ante variação negativa de 0,3% na leitura precedente. Dessa forma, o índice chegou ao nível de 90,7 pontos e atingiu o novo mínimo da série histórica iniciada em março de 2010. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, constatou-se queda de 20,4% em junho, ante retração de 20,6% verificada no mês de maio, na mesma base comparativa.

    O resultado negativo do mês em questão se deu, principalmente, como reflexo da pior percepção das empresas no que diz respeito ao momento atual. Dessa forma, o Índice de Situação Atual (ISA-COM) exibiu retração de 2,4%, a quinta variação negativa nesta métrica, atingindo o patamar de 60,2 pontos, novo mínimo histórico da série.

    O Índice de Expectativas (IE-COM), por sua vez, também contribuiu negativamente na passagem de maio para junho (-1,0%), ante alta de 4,1% no mês anterior. A principal contribuição negativa para tal resultado se deu por meio do indicador de situação dos negócios para os próximos seis meses (-1,5%).

    De acordo com economista da FGV, os níveis deprimidos de confiança do setor reforçam a percepção de arrefecimento da atividade econômica no segundo trimestre desse ano, ao passo que a piora das expectativas, num cenário de deterioração da renda, sinalizam que o terceiro trimestre de 2015 não deve mostrar recuperação vigorosa.

    Resultados primários do Tesouro Nacional seguem diminuindo

    Na última quinta-feira (25/06) o Tesouro Nacional apresentou o resultado primário do Governo Central para o quinto mês do ano. O déficit primário nominal chegou a R$ 8,1 bilhões em maio, superando as estimativas do mercado (que esperavam déficit de R$ 6,0 bilhões), no entanto, inferior resultado negativo de igual mês do ano anterior (déficit de R$ 10,4 bilhões).

    Em termos reais, de janeiro a maio, verificou-se queda no volume de receitas totais (de R$ 255,9 bilhões em 2014 para R$ 248,4 bilhões em 2015), ao passo que as despesas cresceram (de R$ 243,9 bilhões em 2014 para R$ 244,4 bilhões em 2015), levando a uma forte queda do resultado primário real do governo neste início de ano (de R$ 12,0 bilhões em 2014 para R$ 3,9 bilhões em 2015).

     
     Copyright © 2014 Fiesp. Todos os direitos reservados. Dúvidas e sugestões, clique aqui
    Se você não deseja mais receber esse informativo, clique aqui.

    Macro Visão é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e
    do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)

    Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

    Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini