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Informativo eletrônico - Edição 1721 Quinta-Feira, 02 de julho de 2015
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Produção Industrial surpreende e avança 0,6% em maio
  • FIESP: Atividade industrial paulista avança 1,2% em maio
  • Balança Comercial registra superávit de US$ 4,53 bilhões em junho
  • Markit: PMI sinaliza queda da atividade industrial em junho

    Dados da Economia Brasileira

  • Produção Industrial surpreende e avança 0,6% em maio

    Hoje (02/07) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a sua Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF). De acordo com a leitura atual, livre de efeitos sazonais, a produção industrial brasileira avançou 0,6% na passagem de abril para maio. Essa alta ocorre após três meses consecutivos de queda, acumulando perda de 3,2% no período, além de surpreender positivamente as expectativas do Depecon/FIESP (-0,5%) e do mercado (-0,5%). No ano, a contração acumulada do setor é de 6,9%, enquanto que em doze meses, a retração chega a 5,3%.

    O resultado atual reflete o avanço de 0,6% na Indústria de Transformação, reflexo da baixa base comparativa da mesma, tendo em vista que nos três últimos meses o segmento acumulou perdas de 3,7%. Já a Indústria Extrativa recuou 0,5%, após cinco meses consecutivos de alta.

    No mês de maio, 14 das 23 atividades da indústria de transformação pesquisadas registraram avanços na margem, já expurgadas as influências sazonais. Dentre as principais contribuições positivas, destaque para a atividade de Outros Equipamentos de Transporte (8,9%), que avança após acumular perdas de 12,2% nos dois últimos meses. Também registraram algumas das principais contribuições positivas: Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos (3,6%); Bebidas (2,7%); Celulose, Papel e Produtos de Papel (1,7%); Perfumaria, Sabões, Detergentes e Produtos de Limpeza (1,9%); e Coque, Produtos Derivados do Petróleo e Biocombustíveis (1,1%). Por outro lado, algumas das principais contribuições negativas no mês advém das seguintes atividades: Produtos Têxteis (-6,5%); Máquinas e Equipamentos (-3,8%); Produtos de Metal (-2,1%); Produtos Alimentícios (-1,9%); Produtos de Borracha e de Material Plástico (-1,2%); e Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (-0,5%).

    Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação maio frente a abril de 2015, o desempenho positivo da indústria foi sustentado pela alta na produção de Bens de Consumo Semiduráveis e Não Duráveis (1,2%), que vem de uma sequência de sete resultados negativos (período em que acumulou perdas de 8,5%). Além desta, a categoria de Bens de Capital avançou sutilmente (0,2%). Por sua vez, as categorias de Jens Intermediários (-0,5%) e Bens de Consumo Duráveis (-0,1%) voltaram a apresentar queda na produção no mês de maio.

    No ano, de janeiro a maio, praticamente todos os ramos (precisamente, 24 dos 25) da Indústria de Transformação pesquisados registraram recuo em relação ao mesmo período do ano anterior. Somente a atividade de Produtos Diversos registrou alta nessa métrica (5,3%). As variações negativas mais expressivas foram verificadas nos seguintes segmentos: Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos (-29,2%); Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (-22,3%); Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos (-18,1%), Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios (-13,2%); Produtos do Fumo (-12,2%); e Máquinas e Equipamentos (-11,0%).

    Em suma, o resultado positivo de maio não deve ser interpretado como reversão de tendência para o setor industrial, que acumula grandes perdas nos últimos meses. Para junho, a continuidade da deterioração da confiança, tanto do empresário quanto do consumidor, o elevado nível de estoque, o aperto monetário, além das paralizações conhecidas durante o mês (principalmente no setor automobilístico), sinalizam nova retração da atividade industrial no período, completando mais um trimestre de fraca produção para o setor.

    FIESP: Atividade industrial paulista avança 1,2% em maio

    Segundo dados divulgados ontem (01/07) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), o Indicador do Nível de Atividade (INA) mostrou avanço de 1,2% na passagem de abril para maio, livre de efeitos sazonais. Esse aumento ocorre após dois meses consecutivos de retração, quando o indicador acumulou perdas de 5,1%.

    Na comparação com o mês de maio de 2014, o INA registra queda de 7,7%. Vale destacar que dos vinte setores acompanhados apenas três apresentaram aumento nessa base de comparação. No acumulado em doze meses findo em maio o indicador apresenta contração de 4,8%.

    Na passagem mensal, já expurgados os efeitos sazonais, o Total de Vendas Reais subiu 2,5% e foi a maior influência positiva no resultado do INA. A variável Horas Trabalhadas na Produção cresceu 0,8% e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) ficou próximo a estabilidade (0,1 p.p).

    Em suma, a atividade industrial paulista, mensurada pelo INA, mostrou crescimento entre abril e maio. Esse resultado advém, em parte, do efeito base, ou seja, uma recomposição parcial de dos recuos anteriores, uma vez que avanço de maio não recuperou as perdas acumuladas nos dois meses precedentes. A piora consistente do mercado de trabalho e a contínua deterioração da confiança da indústria, entre outros fatores, sinalizam para a manutenção do quadro de fraqueza da atividade industrial nos próximos meses.

    Balança Comercial registra superávit de US$ 4,53 bilhões em junho

    Na tarde desta quarta-feira (01/07), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou os resultados da Balança Comercial do Brasil para o sexto mês do ano. De acordo com a leitura, a balança foi superavitária em US$ 4,53 bilhões em junho, superando tanto o saldo positivo de maio (US$ 2,76 bilhões) quanto de junho de 2014 (US$ 2,36 bilhões). O saldo resulta do maior volume das exportações (US$ 19,63 bilhões) em relação as importações (US$ 15,10 bilhões), valendo ressaltar que ambos são inferiores aos volumes apresentados em junho de 2014 (de US$ 20,46 bilhões e US$ 18,10 bilhões, respectivamente).

    No acumulado dos seis meses deste ano, o volume exportado chegou a casa de US$ 94,33 bilhões, acima das importações que alcançaram U$$ 92,11 bilhões, resultando assim num superávit de US$ 2,22 bilhões, ao passo que, no mesmo período de 2014, o saldo foi negativo em US$ 2,49 bilhões. A diminuição do volume de exportações este ano está intimamente associada a queda dos preços dos principais produtos vendidos (sobretudo, commodities), ao passo que a diminuição das importações reflete a deterioração da demanda doméstica. Vale lembrar que a última estimativa do mercado divulgado no Boletim Focus (Macro Visão 1718) é de um superávit comercial de US$ 4,0 bilhões em 2015.

    Markit: PMI sinaliza queda da atividade industrial em junho

    Ontem (01/04) foi apresentado pelo instituto Markit em conjunto com o HSBC o Índice de Gerência de Compras (PMI) da Indústria de Transformação do Brasil para o mês de junho. Conforme a divulgação, já expurgados os feitos sazonais, a indústria deve mostrar nova queda de atividade no sexto mês do ano, apesar de seu índice subir entre maio e junho (de 45,9 para 46,5 pontos), visto que leituras abaixo dos 50,0 pontos sinalizam retração da atividade do setor.

    O resultado reflete, principalmente, o menor volume de novos pedidos, que vem impactando negativamente a produção. Além disto, verificou-se pelo quarto mês seguido a queda no número de empregados.

     
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