

Vendas no Varejo exibem novo recuo em maio
Hoje (14/07) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a sua Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). De acordo com a publicação, livre de efeitos sazonais, o volume de Vendas no Varejo, em seu conceito Restrito recuou 0,9% na passagem de abril para maio, surpreendendo negativamente as expectativas do mercado (-0,1%) e do Depecon/FIESP (-0,3%). Esse é o quarto mês consecutivo de queda do indicador que, na base dessazonalizada, acumulou perdas de 3,0% no período em questão. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a retração foi de 4,5%, enquanto que, no acumulado do ano, frente mesmo período do ano precedente, as vendas no varejo recuaram 2,0%. Já no acumulado em doze meses findos em maio, a queda registrada foi de apenas 0,5%.
Em se tratando das Vendas no Varejo Ampliado (que engloba as atividades de veículos automotores e materiais de construção), constatou-se queda de 1,8% na passagem mensal, já expurgados os efeitos sazonais. Esse é o sexto mês consecutivo em que o indicador registra retração nessa métrica, acumulando queda de 9,7% no período. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior houve contração de 10,4% no índice. Já no acumulado de ano até maio verificou-se recuo de 7,0%, ao passo que, em doze meses, o indicador exibiu queda de 5,0%.
Na abertura por atividades, 7 dentre as 10 abrangidas pela pesquisa registraram contração na passagem de abril para maio, livre de efeitos sazonais, sendo elas: Veículos e Motos, Partes e Peças (-4,6%); Material de Construção (-3,8%); Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-2,1%); Móveis e Eletrodomésticos (-2,1%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,1%); Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos e de Perfumaria (-0,4%); e Combustíveis e Lubrificantes (-0,1%). Por outro lado, apresentaram alta na leitura atual: Equipamentos e Materiais para Escritório, Informática e Comunicação (5,5%); Tecidos, Vestuário e Calçados (2,7%); e Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (1,7%).

No acumulado do ano, em relação ao mesmo período do ano anterior, houve retração em 7 das 10 atividades pesquisadas, com destaque para a taxa de variação negativa de Veículos e Motos, Partes e Peças (-17,3%). Também apresentaram variação negativa: Móveis e Eletrodomésticos (-10,9%); Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-8,6%); Material de Construção (-5,7%); Tecidos Vestuário e Calçados (-5,0%); Combustíveis e Lubrificantes (-3,7%); e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,5%). Já as variações positivas ocorrem nas seguintes atividades: Equipamentos e Materiais para Escritório, Informática e Comunicação (10,7%); Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos e de Perfumaria (5,0%); e Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (4,4%).
No que tange à abertura por regiões, na passagem mensal, 22 das 27 unidades da federação apresentaram variação negativa dos resultados nas vendas do varejo, com destaque para Sergipe (-3,9%), Amazonas (-3,1%), Rondônia (-2,7%) e Paraíba (-1,8%). Por outro lado, as regiões que apresentaram os principais resultados positivos foram Roraima (3,9%), Mato Grosso (1,6%) e Tocantins (1,5%). São Paulo e Rio de Janeiro, duas das mais importantes regiões do país, apresentaram variação de -0,9% e 0,5% em suas vendas no varejo, respectivamente.
Por fim, os resultados do comércio varejista em maio reforçam o cenário de deterioração do consumo doméstico, inclusive de forma mais intensa do que o esperado, com piores resultados em seu conceito ampliado. A deterioração de condicionantes, como a queda da massa salarial real e os baixos níveis de confiança do consumidor sustentam a avaliação de continuidade do arrefecimento do consumo nos próximos meses.



Zona do Euro: Produção industrial apresenta retração de 0,4% em maio
Segundo dados divulgados hoje (14/07) pelo Departamento de Estatísticas da União Europeia (Eurostat), a produção industrial da Zona do Euro recuou 0,4% na passagem de abril para maio, já descontadas as influências sazonais, ante estabilidade (0,0%) no mês anterior. Já na comparação com o mesmo mês do ano anterior, verificou-se crescimento de 1,6% na produção industrial da região.
A retração atual reflete a contribuição negativa da produção de energia (-3,2%) e de bens de consumo não-duráveis (-1,4%). No sentido oposto, as contribuições positivas das produções de bens intermediários (0,1%), bens de consumo duráveis (0,4%) e bens de capital (1,0%) amenizaram o viés negativo do setor.
Na abertura dos países da Zona do Euro, os principais destaques positivos foram constatados na Lituânia (1,7%), em Portugal (1,0%), Itália (0,9%) e Malta (0,9%), ao passo que as principais retrações advém da Irlanda (-6,9%), Países Baixos (-5,7%) e Grécia (-5,1%). Vale salientar que a Alemanha apresentou estabilidade (0,0%), enquanto que a França exibiu crescimento de 0,3% na passagem mensal.

Alemanha: Índice de Sentimento Econômico volta a recuar em julho
Na manhã de hoje (14/07) o Instituto ZEW divulgou o Índice de Sentimento Econômico ZEW, que mensura as expectativas de analistas do mercado financeiro em relação à economia alemã. No resultado referente ao mês de julho o índice passou de 31,5 para 29,7 pontos, sendo esta a sua quarta queda consecutiva. Cada vez mais o índice se aproxima de sua média histórica (24,9 pontos).
Por sua vez, o Índice de Situação Atual exibiu alta passagem mensal (de 62,9 para 63,9 pontos). Segundo o presidente da instituição, tanto as turbulências que a Europa enfrenta com a Grécia, quanto a derrocada do mercado financeiro chinês, não minaram as expectativas dos especialistas do mercado financeiro alemão.
No mais, o Índice de Sentimento Econômico da Zona do Euro caiu 11,0 pontos entre os meses de junho e julho, chegando ao patamar de 42,7 pontos, ao passo que o Índice de Situação Atual avançou de -21,6 para -14,4 pontos na leitura atual.




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