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Informativo eletrônico - Edição 1729 Quinta-Feira, 16 de julho de 2015
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Receita do setor de serviços mostra novo arrefecimento em maio
  • IGP-10 acelera para 0,75% em julho
  • FGV: Indicador antecedente da economia brasileira recua novamente em junho

    Economia Internacional

  • EUA: Produção Industrial cresce 0,3% em junho

    Dados da Economia Brasileira

  • Receita do setor de serviços mostra novo arrefecimento em maio

    Hoje (16/07) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a sua Pesquisa Mensal de Serviços (PMC). De acordo com a leitura, a receita nominal do setor de serviços registrou crescimento de 1,1% em comparação ao mesmo mês do ano anterior, desacelerando frente as taxas de abril (1,7%) e março (6,1%), na mesma base comparativa. No acumulado de janeiro a maio, frente a igual período de 2014, a receita nominal do setor exibiu crescimento de 2,3%, ao passo que, no acumulado em doze meses, a taxa de variação chegou a 3,8%.

    Na abertura por atividades, apenas três dos cinco segmentos abrangidos pela pesquisa apresentaram taxas nominais positivas na comparação interanual, sendo eles: Serviços Profissionais, Administrativos e Complementares (de 6,6% para 5,5%); Transportes, Serviços Auxiliares dos Transportes e Correios (de 1,2% para 0,8%); e Outros Serviços (de -2,3% para -0,3%). Por outro lado, registraram variações negativas: Serviços Prestados às Famílias (de 1,2% para -1,4%); e Serviços de Informação e Comunicação (de -0,1% para -0,8%).

    Dentre os resultados regionais, 11 das 27 Unidades Federativas apresentaram recuo em relação ao mesmo mês do ano anterior, sendo que as taxas mais expressivas foram: Amazonas (-8,6%); Maranhão (-4,9%); Espírito Santo (-4,1%); Distrito Federal (-3,3%); e Goiás (-3,1%). No sentido contrário, as principais variações nominais positivas foram: Rondônia (12,9%); Bahia (6,5%); Pará (6,4%); Alagoas (4,8%); Mato Grosso do Sul (3,9%); e São Paulo (2,6%).

    No mais, quanto ao resultado da receita real de serviços, calculada pelo Depecon/FIESP através do índice de preços do setor, registrou uma intensificação das perdas na comparação interanual, passando de -6,1% em abril para -6,6% em maio. Já no acumulado em doze meses, a queda chega a 4,3%.

    IGP-10 acelera para 0,75% em julho

    De acordo com os dados divulgados hoje (16/07) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) relativo ao mês de julho registrou variação de 0,75%, acelerando ante a taxa de 0,57% constatada no mês de junho. Em julho de 2014 o índice apresentou deflação de 0,56%. Já no acumulado no ano até julho, o IGP-10 apresentou alta de 4,89%, enquanto que no acumulado em doze meses a alta chegou a 6,55%. Vale salientar que o índice trata dos dados coletados do dia 11 do mês anterior ao dia 10 do mês de referência

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) – que representa 60% do IGP-10 – apresentou aceleração do nível de inflação no mês de julho (de 0,34% para 0,70%), acumulando inflação de 5,65% em doze meses. Na abertura por estágio de processamento, destaque para o grupo de Matérias-Primas Brutas, cuja taxa de variação passou de -0,11% em junho para 1,31% em julho, reflexo da alta dos seguintes itens: soja em grão (de -1,39% para 3,03%); aves (de -1,92% para 6,89%); e milho em grão (de -6,07% para -0,26%). O grupo de Bens Finais exibiu apenas leve aceleração na leitura atual (de 0,59% para 0,60%), devido à alta do subgrupo alimentos processados (de 0,41% para 0,62%). Já a categoria de Bens Intermediários registrou desaceleração no mês atual (de 0,45% para 0,32%), sendo que a principal contribuição para esse movimento adveio do subgrupo de materiais e componentes para a manufatura (de 0,55% para 0,27%).

    Na abertura por origem de processamento, o resultado atual do IPA-10 se dá pelo impacto positivo dos preços dos produtos agropecuários (de -0,50% para 0,89%), ao passo que os produtos industriais apresentaram leve desaceleração no mês atual (de 0,66% para 0,63%). No acumulado em doze meses, tais grupos exibiram variação de 7,65% e 4,90%, respectivamente.

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) – que representa 30% do IGP-10 – apresentou desaceleração na passagem de junho para julho (de 0,80% para 0,69%), de maneira que, em doze meses, acumula-se inflação de 9,05%. O resultado atual ocorre como reflexo da desaceleração de cinco das oito classes de despesa que compõem o índice, sendo elas: Despesas Diversas (de 4,35% para 1,96%); Alimentação (de 0,92% para 0,89%); Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,91% para 0,62%); Vestuário (de 0,58% para 0,43%); e Educação, Leitura e Recreação (de 0,94% para 0,23%). Em sentido contrário, apresentaram aceleração da taxa de inflação: Habitação (de 0,68% para 0,86%); Comunicação (de 0,06% para 0,49%); e Transportes (de 0,25% para 0,29%).

    No mais, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) – que representa 10% do IGP-10 – passou de 1,48% em junho para 1,21% em julho, acumulando alta de 6,63% em doze meses. Seu resultado foi impactado pela menor contribuição tanto do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços (de 0,57% para 0,19%) quanto dos custos de Mão de Obra (de 2,30% para 2,12%).

    FGV: Indicador antecedente da economia brasileira recua novamente em junho

    Ontem (15/07) a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o The Conference Board divulgaram o Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE) para o Brasil. Na leitura referente ao mês de junho, o indicador registrou queda de 0,6%, acelerando frente a contração de 0,1% no mês de maio, sendo este o oitavo resultado negativo consecutivo nessa base comparativa. Vale salientar que o IACE busca antecipar períodos de crescimento ou estagnação da economia brasileira.

    Também foi divulgado ontem (15/07) pela FGV e pelo The Conference Board o Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE), o qual busca avaliar a atividade econômica brasileira atual. De acordo com a leitura, o indicador apresentou avanço de 0,3% em junho, frente estabilidade (0,0%) no mês de maio. Dentre seus componentes, contribuíram positivamente as séries de pessoal ocupado, expedição de papelão ondulado, volume de vendas e consumo industrial de energia elétrica.

    Segundo economista da FGV, o IACE permanece indicando arrefecimento do ambiente econômico brasileiro, o qual não deve ser revertido no curto prazo. Assim, mantém-se a tendência declinante da atividade econômica do país, prejudicando, assim, o potencial de crescimento de longo prazo do país.

    EUA: Produção Industrial cresce 0,3% em junho

    Nesta quarta-feira o Banco Central Americano (Federal Reserve – Fed) divulgou os resultados da produção industrial no mês de junho. Segundo a publicação, a produção do setor avançou 0,3% do quinto para o sexto mês do ano, após devidos ajustes sazonais, após ter recuado nas duas leituras precedentes (-0,5% em abril e -0,2% em maio). Com isso, o setor acumulou queda de 0,3% no segundo trimestre do ano, frente aos primeiros três meses (período em que a produção cresceu 1,7% frente ao último trimestre de 2014).

    Cabe destacar, entretanto, que a alta na passagem mensal foi concentrada nos setores de mineração (1,0%) e utilitários (1,5%), ao passo que a indústria de transformação ficou estável (0,0%), refletindo, principalmente, a queda na produção de automóveis (-3,7%), visto que excluído tal atividade o setor cresceu 0,3%.

    Por sua vez, a utilização da capacidade instalada chegou a 78,4% na leitura de junho, superando em 0,2p.p. o resultado precedente, mas permanece cerca de 1,7p.p. abaixo da média histórica do setor.

     
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