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Informativo eletrônico - Edição 1742 Terça-Feira, 04 de agosto de 2015
 

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Economia Brasileira

  • Produção industrial apresenta contração pelo oitavo trimestre consecutivo
  • Balança Comercial acumula superávit de US$ 4,60 bilhões no ano
  • FENABRAVE: Vendas de Veículos recuam em julho

    Dados da Economia Brasileira

  • Produção industrial apresenta contração pelo oitavo trimestre consecutivo

    De acordo com os dados divulgados hoje (04/08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através de sua Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF), a produção industrial brasileira registrou queda de 0,3% na passagem de maio para junho, livre de influências sazonais, após alta de 0,6% no mês precedente. Tal resultado surpreendeu positivamente as expectativas do Depecon/FIESP (-0,9%) e do mercado (-0,8%). No resultado acumulado em doze meses findos em junho, a produção da indústria do país apresentou contração de 5,0%, enquanto que, no acumulado do primeiro semestre, a retração chegou ao nível de 6,3%.

    O resultado do mês atual é reflexo do recuo registrado tanto pela indústria de transformação (0,1%) quanto pela indústria extrativa (0,2%) entre os meses de maio de junho, já descontadas as influências sazonais. No mês anterior, as variações registradas foram de 0,6% e de -0,5%, respectivamente. Já na comparação com o mês de junho de 2014, a indústria de transformação apresenta queda de 4,7%, enquanto que a indústria extrativa exibe crescimento de 8,1%.

    Dentre as 24 atividades abrangidas pela pesquisa, 15 apresentaram queda na passagem mensal. Os principais impactos negativos do mês advêm dos setores de Máquinas e Equipamentos (-7,2%), Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos (-12,7%) e Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (-2,8%). Em relação a este último, vale salientar que este resultado foi mais ameno do que o estimado pela Anfavea (-5,0%). Também apresentaram quedas expressivas: Produtos Diversos (-7,2%); Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (-6,3%); Móveis (-3,8%); Metalurgia (-2,2%); Produtos de Borracha e de Material Plástico (-1,9%); e Produtos de Minerais Não-Metálicos (-1,4%). Por outro lado, dentre as contribuições positivas, destaque para o grupo de Produtos Alimentícios, cuja alta de 3,0% compensou parte das perdas acumuladas em abril e maio (-3,3%). Também exibiram alta: Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos (2,4%); Celulose, Papel e Produtos de Papel (1,7%); Perfumaria, Sabões, Detergentes e Produtos de Limpeza (1,7%); Coque, Produtos Derivados do Petróleo e Biocombustíveis (0,8%).

    No que tange às categorias de uso, na passagem do quinto para o sexto mês do ano, destaque para a retração de 10,7% de Bens de Consumo Duráveis, sendo tal movimento ocasionado pelo grande volume de estoques e do arrefecimento da demanda do país. Também foram constatados recuos nas categorias de Bens de Capital (-3,3%) e de Bens Intermediários (-0,2%). Apenas a categoria de Bens de Consumo Semiduráveis e Não Duráveis registrou crescimento no mês atual (1,7%). Vale ressaltar que no acumulado do ano, as principais perdas foram registradas nas categorias de Bens de Capital (-20,0%) e Bens de Consumo Duráveis (-14,6%).

    Na passagem do primeiro para o segundo trimestre do ano, já expurgados os efeitos sazonais, verificou-se queda de 2,1% da produção do setor industrial, após o setor já ter recuado 2,4% nos três primeiros meses do ano. Essa é a oitava contração trimestral consecutiva e a principal influência para tal resultado adveio da indústria de transformação (-2,3%), enquanto que a indústria extrativa apresentou alta no período (1,0%).

    Ainda na base comparativa trimestral, livre de efeitos sazonais, todas as categorias de uso exibiram resultados negativos. Destaque para a categoria de Bens de Capital (-9,9%), seguida por Bens de Consumo Duráveis (-8,8%), Bens de Consumo Semiduráveis e Não Duráveis (-1,8%) e Bens Intermediários (-1,4%).

    Em suma, a produção industrial voltou a recuar em junho - após uma surpresa altistas no mês anterior - atingindo de forma bastante disseminada os setores e as categorias econômicas. Com isso, a atividade industrial encerrou o segundo trimestre com expressiva queda, chegando a oitava seguida e reforçando nossa expectativa de baixo desempenho do PIB da Indústria de Transformação no período. Para os próximos resultados, há sinais de manutenção do cenário adverso enfrentado pelo setor, tendo em vista a contínua deterioração da confiança do empresariado, os níveis de estoques ainda elevados e a piora dos condicionantes de consumo e investimento.

    Balança Comercial acumula superávit de US$ 4,60 bilhões no ano

    Nesta segunda-feira (03/08) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou os resultados iniciais da Balança Comercial brasileira para o mês de julho. Segundo a divulgação, a balança registrou superávit de US$ 2,38 bilhões no sétimo mês do ano, superando o resultado de igual mês do ano passado (US$ 1,56 bilhões), mas abaixo do resultado de junho (US$ 4,53 bilhões).

    O superávit no mês reflete as exportações no valor de US$ 18,53 bilhões, que superaram as importações de US$ 16,15 bilhões. A despeito do resultado positivo, esta leitura reflete uma forte queda na demanda doméstica, visto que as importações recuaram 24,8% (sua média diária) em relação a julho de 2014, ao passo que as exportações caíram 19,5% (também em média diária).

    No ano (de janeiro a julho), o saldo comercial brasileiro é positivo em US$ 4,60 bilhões, forte melhora frente ao déficit de US$ 952 milhões verificado em igual período de 2014. Vale ressaltar aqui também a forte queda da corrente de comércio, visto que as exportações acumuladas nesse período (US$ 112,85 bilhões) recuaram 15,5% frente ao ano passado e as importações (US$ 108,25 bilhões) diminuíram em 19,5% em igual métrica.

    Ainda nos resultados acumulados no ano, exibiram menores exportações na relação a igual período de 2014 os seguintes produtos: básicos (-21,7%, para US$ 53,061 bilhões), manufaturados (-9,4%, para US$ 41,736 bilhões) e semimanufaturados (-5,9%, para US$ 15,177 bilhões). Por sua vez, dentre as importações, houve menor demanda por combustíveis e lubrificantes (-40,9%, certamente influenciados pela queda dos preços do petróleo), matérias-primas e intermediários (-15,5%), bens de capital (-15,1%) e bens de consumo (-13,5%) – estes três últimos mais ligados a retração da atividade econômica doméstica.

    Assim, a despeito dos positivos saldos acumulados nos últimos períodos, tal resultado reflete a deterioração da economia, visto que as vendas dos produtos brasileiros também não mostram melhoria. As perdas das exportações não estão apenas concentradas nos produtos básicos (influenciadas pela queda nos preços das commodities), mas também em importantes setores da indústria do país.

    FENABRAVE: Vendas de Veículos recuam em julho

    Ontem (03/08) foi divulgado pela FENABRAVE o volume de vendas de veículos automotores. De acordo com a leitura, já descontadas as influências sazonais, as vendas passaram por queda de 2,6% na passagem de junho para julho, acelerando ante a contração de 0,8% registrada no mês anterior. Na comparação interanual, o recuo chegou a 19,3%, ao passo que, no resultado acumulado no ano, frente mesmo período do ano anterior, a retração chegou a 17,9%.

    O resultado de julho, na passagem mensal, pode ser visto como reflexo da queda das vendas de Automóveis (-3,4%), Caminhões (-5,7%), Ônibus (-5,0%) e Motocicletas (-2,6%), ao passo que houve alta no volume de vendas de Comerciais Leves (3,5%). Dessa forma, as vendas de veículos no país mantêm a tendência contracionista que vem sendo registrada em 2015.

     
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