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Informativo eletrônico - Edição 1745 Sexta-Feira, 07 de agosto de 2015
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Inflação ao consumidor atinge 9,56% em doze meses
  • Produção Industrial paulista recua no segundo trimestre do ano
  • IGP-DI desacelera em julho

    Agenda Semanal

    Dados da Economia Brasileira

  • Inflação ao consumidor atinge 9,56% em doze meses

    Na manhã desta sexta-feira (07/08) o IBGE divulgou os resultados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo a publicação, a inflação ao consumidor desacelerou de 0,79% em junho para 0,62% em julho. No ano, o índice de preços já acumula avanço de 6,83%, ao passo que em doze meses a alta acelerou de 8,89% para 9,56%, maior patamar nesta métrica desde novembro de 2003 (11,02%).

    No sétimo mês do ano, foi verificado aceleração do crescimento dos preços em apenas 3 das 9 classes de despesas abordadas: Habitação (de 0,86% para 1,52%), impactado pelo avanço de 4,17% das contas de energia elétrica (maior contribuição positiva individual do índice geral – 0,16p.p.), além das classes Artigos de Residência (de 0,72% para 0,86%) e Alimentação e Bebidas (de 0,63% para 0,65%). Por outro lado, mostraram descompressão as classes de Vestuário (de 0,58% para -0,31%, explicado pelas liquidações de inverno), Transportes (de 0,70% para 0,15% - com forte desaceleração das passagens aéreas e da gasolina), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,915 para 0,84%), Despesas Pessoais (de 1,63% para 0,61%), Educação (de 0,20% para 0,00%) e Comunicação (de 0,34% para 0,30%).

    Os preços livres e administrados voltaram a registrar resultados divergentes na passagem mensal. Os preços administrados aceleraram de 1,12% para 1,17%, chegando ao nível de 15,96% no acumulado em doze meses. Por sua vez, os preços livres apresentaram descompressão (de 0,69% para 0,45%), acumulando, assim, inflação de 7,67% nos últimos doze meses.

    Em se tratando da abertura dos preços livres por critério do Banco Central, os três segmentos analisados apresentaram aceleração no acumulado em doze meses. Destaque par a forte aceleração dos preços do grupo de Serviços (de 7,91% para 8,55%), responsável por 3,99 p.p. do resultado acumulado em doze meses dos preços livres. Por sua vez, o grupo de Alimentação no Domicílio (de 9,33% para 10,54%) impactou em 2,21 p.p., ao passo que os Produtos Industriais (de 4,47% para 4,59%) contribuíram com 1,47 p.p. no mês em questão.

    Por fim, dentre os resultados regionais, a maior inflação em julho foi verificada em Curitiba (0,89%) ao passo que Belém (-0,07%) registrou deflação. Já São Paulo, que detém o maior peso regional, viu sua inflação permanecer em 0,79% no mês de julho, refletindo o reajuste de 17,00% da energia. O resultado acumulado em doze meses da região chegou a 9,68% nesta leitura.

    Produção Industrial paulista recua no segundo trimestre do ano

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (07/08) os resultados regionais de sua Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) referente ao mês de junho. De acordo com a leitura, a contração de 0,3% da produção do setor industrial foi concentrada em 7 dentre as 14 regiões abrangidas pela pesquisa.

    Entre os meses de maio e junho, já descontadas as influências sazonais, verificou-se queda da produção industrial nas seguintes regiões: Rio Grande do Sul (-2,3%); Amazonas (-1,1%); Nordeste (-1,1%); Santa Catarina (-1,0%); São Paulo (-0,8%); Minas Gerais (-0,5%); e Rio de Janeiro (-0,2%). Por outro lado, as regiões que apresentaram alta na passagem mensal foram: Pará (2,9%); Ceará (2,6%); Bahia (2,2%); Pernambuco (1,4%); e Paraná (0,8%). A região de Goiás, por sua vez, permaneceu estável entre os meses de maio e junho (0,0%).

    Na comparação do segundo trimestre do ano em relação ao trimestre imediatamente anterior, livre de influências sazonais, 10 dentre as 14 regiões abrangidas pela pesquisa apresentaram retração. Os recuos mais expressivos foram constatados em Pernambuco (-9,0%), Ceará (-5,4%) e São Paulo (-4,7%), seguidos por Amazonas (-4,1%), Minas Gerais (-2,6%), Rio Grande do Sul (-2,5%), Nordeste (-1,0%), Rio de Janeiro (-0,7%), Santa Catarina (-0,7%) e Goiás (-0,1%). Já as regiões que apresentaram crescimento foram: Bahia (5,8%); Paraná (0,9%); Espírito Santo (0,8%) e Pará (0,2%).

    No acumulado do ano em relação ao mesmo período de 2014, 12 dentre as 15 regiões abrangidas pela pesquisa apresentaram retração. Dentre as contribuições negativas, destaque para o Amazonas (-14,8%), reflexo, principalmente, da retração de 33,6% do setor de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos. Também registraram contração no mês atual: Rio Grande do Sul (-10,9%); São Paulo (-8,7%); Bahia (-8,6%), Ceará (-8,0%); Minas Gerais (-6,9%); Paraná (-6,5%); Santa Catarina (-6,2%); Nordeste (-5,0%); Rio de Janeiro (-4,7%); Goiás (-2,1%); e Pernambuco (-2,1%). Já as regiões que apresentaram alta foram: Espírito Santo (17,2%); e Pará (6,8%). Mato Grosso, por sua vez, registrou estabilidade (0,0%) nesta base comparativa.

    No que tange aos resultados de São Paulo, a retração de 8,7% da produção industrial acumulada no ano se dá como reflexo da contração de 16 das 18 atividades pesquisadas. Dentre elas, principal influência negativa advém da atividade de veículos automotores, reboques e carrocerias (-16,2%). Também apresentam contribuições negativas significantes: Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos (-16,8%); Máquinas e Equipamentos (-14,1%); Metalurgia (-12,8%); Produtos Alimentícios (-10,5%); Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos (-10,0%); e Outros Produtos Químicos (-7,5%). Por outro lado, vale salientar que as únicas contribuições positivas nesta métrica foram registradas nas atividades de Produtos de Metal (1,4%) e Coque, Produtos Derivados do Petróleo e Biocombustíveis (0,5%).

    IGP-DI desacelera em julho

    Na manhã de hoje (07/08), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI). De acordo com a leitura do mês de julho, o índice registrou crescimento de 0,58%, desacelerando em relação ao mês imediatamente anterior (0,68%). No mesmo mês do ano precedente foi registrada deflação de 0,55%. Assim, o índice acumula alta de 5,11% no ano, ao passo que, em doze meses, a variação chegou ao nível de 7,43%. O resultado atual se dá, principalmente, pela alta dos preços ao produtor.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) – que representa 60% do IGP-DI – exibiu variação de 0,61% neste mês, ante 0,43% no mês anterior. Na abertura por estágios de processamento, destaque para a aceleração do grupo Bens Intermediários (de 0,15% para 0,60%), reflexo do subitem materiais e componentes para a manufatura (de -0,21% para 0,76%). O grupo de Matérias-Primas Brutas também exibiu maior taxa de variação neste mês (de 0,92% para 1,07%), com destaque para os itens soja em grão (de 0,89% para 6,51%), milho em grão (de -2,55% para 5,12%) e mandioca (de -6,57% para 1,22%). Por outro lado, houve desaceleração do índice de Bens Finais (de 0,34% para 0,26%), reflexo do subgrupo alimentos in natura (de 0,43% para -0,95%).

    Na abertura por origem de processamento, o resultado atual do IPA ocorre devido ao aumento dos preços dos produtos agropecuários (de 0,15% para 1,02%), ao passo que a inflação de produtos industriais recuou no mês atual (de 0,54% para 0,45%).

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – que representa 30% do IGP-DI – desacelerou no mês de julho (de 0,82% para 0,53%). Dentre as oito classes de despesa, sete apresentaram variação menor do que a registrada no mês de junho, sendo elas: Alimentação (de 0,88% para 0,79%); Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,67% para 0,56%); Despesas Diversas (de 3,70% para 0,30%); Comunicação (de 0,47% para 0,21%); Transportes (de 0,39% para 0,00%); Educação, Leitura e Recreação (de 0,87% para -0,07%); e Vestuário (de 0,48% para -0,33%). Por outro lado, o grupo Habitação apresentou aceleração neste mês (de 0,88% para 1,03%).

    No mais, o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) – que representa 10% do IGP-DI – variou 0,55% em julho, ante 1,84% em junho, refletindo a desaceleração dos custos com Mão de Obra (de 3,28% para 0,80%). Já o subíndice de Materiais, Equipamentos e Serviços registrou leve aceleração no mês atual (de 0,23% para 0,26%).

     
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