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Informativo eletrônico - Edição 1748 Quarta-Feira, 12 de agosto de 2015
 

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Economia Brasileira

  • Comércio varejista exibe nova contração no segundo trimestre do ano

    Economia Internacional

  • Zona do Euro: Produção industrial recua 0,4% em junho
  • China: Indústria e Varejo exibem arrefecimento em julho

    Dados da Economia Brasileira

  • Comércio varejista exibe nova contração no segundo trimestre do ano

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na manhã de hoje (12/08) a sua Pesquisa Mensal do Comércio relativa ao mês de junho. De acordo com a publicação, livre de efeitos sazonais, o Volume de Vendas no Varejo do país, em seu conceito restrito, recuou 0,4% na passagem de maio para junho, em linha com o resultado esperado pelo mercado (-0,3%) e abaixo das expectativas do Depecon/FIESP (0,0%). Dessa forma, o setor acumula contração de 2,2% no ano, enquanto que no acumulado em doze meses verificou-se queda de 0,8%.

    As Vendas no Varejo em seu conceito ampliado – inclusas as vendas de veículos e materiais para construção – exibiram retração de 0,8% na passagem mensal, já expurgados os efeitos sazonais. No ano, o setor acumulado queda de 6,4% neste conceito, ao passo que nos últimos doze meses a variação chegou ao patamar de -4,8%.

    Dentre as dez atividades abrangidas pela pesquisa, sete exibiram recuo na passagem mensal, livre de efeitos sazonais. Destaque para a atividade de Veículos e Motos, Partes e Peças (-2,8%), que registrou queda mais intensa do que a calculada pela FENABRAVE (-0,8%). Também apresentaram variação negativa na passagem de maio para junho: Equipamentos e Material para Escritório, Informática e Comunicação (-1,5%); Móveis e Eletrodomésticos (-1,2%); Tecidos, Vestuário e Calçados (-0,8%); Combustíveis e Lubrificantes (-0,6%); Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-0,3%); e Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (-0,2%). Por outro lado, exibiram avanço: Material de Construção (5,5%); e Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos, de Perfumaria e Cosméticos (0,3%). Vale salientar que o grupo de Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo permaneceu estável no mês em questão (0,0%).

    Em se tratando do resultado acumulado no primeiro semestre do ano, sete dentre as dez atividades abrangidas pela pesquisa exibiram variação negativa, sendo: Veículos e Motos, Partes e Peças (-15,6%); Móveis e Eletrodomésticos (-11,3%); Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-8,3%); Tecidos, Vestuário e Calçados (-5,0%); Material de Construção (-4,7%); Combustíveis e Lubrificantes (-3,3%); e Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (-1,8%). Já os grupos que apresentaram alta foram: Equipamentos e Material para Escritório, Informática e Comunicação (10,2%); Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos, de Perfumaria e Cosméticos (5,2%); e Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (3,9%).

    No que tange à passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2015, já descontadas as influências sazonais, o comércio varejista em seu conceito restrito exibiu retração de 2,2%, acelerando ante a queda de 2,0% registrada no trimestre imediatamente anterior. Já em seu conceito ampliado, houve desaceleração do ritmo de queda (de -4,1% para -3,5%), na mesma base comparativa.

    Nove dentre os dez grupos abrangidos pela pesquisa apresentaram recuo na passagem trimestral, sendo: Equipamentos e Material para Escritório, Informática e Comunicação (-10,1%); Móveis e Eletrodomésticos (-7,5%); Veículos e Motos, Partes e Peças (-5,4%); Tecidos, Vestuário e Calçados (-3,8%); Material de Construção (-3,7%); Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-3,5%); Outros Artigos de Uso Pessoal (-3,0%); Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (-0,4%); e Combustíveis e Lubrificantes (-0,4%). Apenas a atividade de Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos, de Perfumaria e Cosméticos apresentou alta entre o primeiro e o segundo trimestre do ano (0,3%).

    Na abertura regional, livre de efeitos sazonais, 15 dentre as 27 Unidades da Federação apresentaram contração do volume de vendas no varejo na passagem mensal. Dentre os resultados negativos, destaque para Alagoas (-4,4%), Amapá (-3,7%), Roraima (-2,7%) e Acre (-1,7%). Já as variações positivas mais expressivas foram constatadas na Paraíba (2,6%), Tocantins (1,2%); Sergipe (1,2%); e Mato Grosso do Sul (1,0%). São Paulo e Rio de Janeiro, duas regiões de grande importância na pesquisa, exibiram variações de -0,4% e -1,1%, respectivamente.

    Em síntese, o desempenho do volume de vendas do comércio varejista no segundo trimestre reforçou o cenário de forte deterioração do consumo das famílias no período, em linha com a desaceleração da renda real, o enfraquecimento do mercado de trabalho e o menor ritmo na oferta de crédito. A ausência de fatores que sinalizam a reversão de tal diagnostico apontam para a continuidade de fracos resultados do varejo ao longo do resto do ano.

    Zona do Euro: Produção industrial recua 0,4% em junho

    Na manhã desta quarta-feira (12/08) a Eurostat divulgou os resultados do setor indústria da Zona do Euro. Segundo a publicação, a produção do setor diminuiu 0,4% na passagem de maio para junho, após devidos ajustes sazonais. O resultado vem após uma retração de 0,2% e uma alta de 0,1% nas leituras anteriores, levando a indústria da região a acumular perdas de 0,5% no segundo trimestre.

    O recuo no sexto mês do ano foi fortemente influenciado pela retração de 1,8% na produção de bens de capital, de 2,0% na produção de bens de consumo duráveis e 0,5% dos intermediários. Apenas a produção de energia (3,2%) e não duráveis (0,0%) não recuaram no período.

    Na abertura por países-membros, destaque para a queda de 2,1% na indústria portuguesa e de 2,0% na indústria irlandesa. Em sentido oposto, verificou-se as maiores altas na Holanda (3,9%) e Eslováquia (1,4%). Em relação a Alemanha, França e Itália – principais econômicas da região – o resultado foi predominantemente negativo (-0,9%, -0,2% e -1,1%, respectivamente).

    Por fim, a despeito do patamar mais depreciado do euro, a produção do setor perdeu forças no segundo trimestre do ano sinalizando menor ímpeto de crescimento da economia da Zona do Euro de abril e junho deste ano.

    China: Indústria e Varejo exibem arrefecimento em julho

    Na manhã de hoje (12/08) o Departamento de Estatísticas Nacionais da China (NBS) divulgou os resultados relativos à produção industrial e vendas no varejo.

    De acordo com a publicação, a produção industrial exibiu variação de 6,0% em julho na comparação com o mesmo mês do ano anterior, desacelerando ante o resultado exibido no mês de junho (6,8%), na mesma base comparativa.

    Na abertura por setores, destaque para a indústria de transformação, que exibiu crescimento de 6,6% na métrica interanual. Já a indústria extrativa apresentou taxa de variação de 5,6% na comparação com o mês de julho de 2014, ao passo que SIUP (Serviços Industriais de Utilidade Pública) recou 0,2% na mesma base de comparação.

    Já em se tratando das vendas no varejo, a variação interanual do mês de julho foi de 10,5% a taxas nominais, ante 10,6% no mês precedente. A taxas reais, o crescimento foi de 10,4% em julho.

    Assim, a atividade econômica chinesa exibiu arrefecimento tanto no setor industrial quanto no setor varejista, justificando a adoção do novo regime cambial no país, anunciado pelo seu Banco Central, na direção de internacionalizar o yuan – este em trajetória de desvalorização e com o intuito de ajudar a economia chinesa.

     
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