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Informativo eletrônico - Edição 1754 Quinta-Feira, 20 de agosto de 2015
 

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Economia Brasileira

  • IBGE: Taxa de desemprego chega ao patamar de 7,5% em julho
  • FGV: Confiança da Indústria deve atingir novo mínimo histórico em agosto

    Economia Internacional

  • EUA: Preços ao consumidor seguem em baixa no mês de julho

    Dados da Economia Brasileira

  • IBGE: Taxa de desemprego chega ao patamar de 7,5% em julho

    Hoje (20/08) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a sua Pesquisa Mensal do Emprego (PME). Segundo a publicação relativa ao mês de julho, a taxa de desocupação do país subiu para 7,5%, forte alta em relação ao resultado registrado no mês anterior (6,9%) e no mesmo mês do ano precedente (4,9%). Essa foi a maior taxa para meses de julho desde 2009 (8,0%). Vale salientar que na série dessazonalizada pelo Depecon/FIESP, a taxa de desemprego chegou ao patamar de 7,3%.

    Tal resultado é reflexo do crescimento de 56,0% da população desocupada com relação ao mesmo mês de 2014, chegando ao nível de, aproximadamente, 1,8 milhão de pessoas em julho. Já a População Economicamente Ativa (PEA) chegou a 24,6 milhões, avançando 1,9% na mesma base comparativa. Na passagem mensal, tais variações foram de 9,4% e 0,6%, respectivamente.

    Na abertura das seis regiões abrangidas pela pesquisa, todas registraram avanço da taxa de desemprego em relação ao mesmo mês do ano anterior, sendo a maior taxa registrada em Salvador (de 8,9% para 12,3%), seguida por Recife (de 6,6% para 9,2%), São Paulo (de 4,9% para 7,9%), Belo Horizonte (de 4,1% para 6,0%), Porto Alegre (de 4,3% para 5,9%) e Rio de Janeiro (de 3,6% para 5,7%).

    Por fim, o rendimento real habitual dos trabalhadores recuou 2,4% na comparação interanual (de R$ 2.223,87 para R$ 2.170,70), corroborando a existência da deterioração do poder de compra do trabalhador nestes últimos meses.

    FGV: Confiança da Indústria deve atingir novo mínimo histórico em agosto

    Na manhã de hoje (20/08) a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o resultado prévio do Índice de Confiança da Indústria (ICI) relativo ao mês de agosto. De acordo com a publicação, já descontadas as influências sazonais, o índice deve recuar 2,5% na passagem mensal, anulando a alta de 1,5% registrada no mês precedente e chegando ao patamar de 67,4 pontos, o menor nível da série histórica.

    Na abertura dos componentes do índice, verifica-se que tanto as avaliações acerca do momento atual quanto as expectativas acerca do setor industrial impactaram negativamente o resultado do mês em questão. O Índice de Situação Atual (ISA) deve apresentar queda de 2,1% na passagem de julho para agosto, chegando ao patamar de 68,8 pontos, o menor nível de série histórica iniciada em outubro de 2005. De maneira análoga, o Índice de Expectativas deve exibir contração de 2,8%, também atingindo o menor patamar da série histórica.

    No mais, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) sinaliza queda de 0,3 p.p. na comparação com o mês precedente, passando, assim, de 78,2% no mês de julho para 77,9% no mês de agosto.

    EUA: Preços ao consumidor seguem em baixa no mês de julho

    Nesta quarta-feira (19/08) a BLS (Bureau of Labor Statistics) divulgou o resultado Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. Segundo a publicação, a inflação americana acumulada em doze meses mostrou sutil aumento de junho para julho, passando de 0,1% para 0,2%, permanecendo muito distante da meta desejada pelo Fed (Federal Reserve) de 2,0%. Além disto, o CPI descontados os efeitos da energia e dos alimentos (que mostram maior volatilidade e forte influência no resultado final) permaneceu 1,8% no mês (a quarta vez em cinco meses neste patamar, mostrando a estabilidade da inflação americana).

    Na abertura por classes de despesa, o baixo patamar dos preços no país é explicado pela deflação acumulada nos últimos doze meses da classe energia (-14,8%), principalmente da gasolina (-22,3%, que sofre forte influência da queda dos preços internacionais do petróleo), ao passo que o preço dos alimentos (1,6%) avançou nesse período, principalmente nas refeições fora de casa (2,7%), que começa a refletir o aumento dos custos da mão-de-obra no mercado de trabalho mais apertado do que antes.

    Ainda ontem (20/08) a BLS também divulgou os resultados da remuneração do mercado de trabalho. Segundo a instituição, o nonfarm payrolls cresceu 2,1% nos últimos doze meses findos em julho, mantendo-se estável em relação ao mês de junho, e desaceleração em relação aos resultados do início do ano, a despeito da maior robustez do mercado de trabalho do país.

    Por fim, os resultados da inflação, que está em baixo patamar por influência dos preços de energia e da valorização do dólar, são fatores que podem aumentar a cautela do Fed quanto a normalização da política monetária já no próximo mês. A última ata do FOMC (também divulgada ontem) mostra que a instituição enxerga a recuperação mais vigorosa da economia americana, mas ainda não há consenso dentre os membros se este é o momento certo para a retomada do juro.

     
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