Se você não está conseguindo visualizar este e-mail, clique aqui.

Informativo eletrônico - Edição 1763 Quarta-Feira, 02 de setembro de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Produção Industrial registra queda de 1,5% em julho
  • MDIC: Balança comercial registra superávit de US$ 2,689 bilhões em agosto
  • Markit: PMI sinaliza nova contração da atividade industrial em agosto

    Dados da Economia Brasileira

  • Produção Industrial registra queda de 1,5% em julho

    Na manhã de hoje (02/09) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o resultado de sua Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF). No mês de julho, já descontadas as influências sazonais, verificou-se uma queda de 1,5% da produção industrial brasileira na passagem mensal, acumulando, assim, queda de 2,4% nos últimos dois meses. Tal resultado surpreendeu negativamente as expectativas do Depecon/FIESP (-0,4%) e do mercado (-0,2%). No ano, o setor acumula contração de 6,6%, ao passo que, em doze meses, a retração chega ao nível de 5,3%.

    O recuo deste mês reflete a contração tanto da Indústria de Transformação (-1,4%) quanto da Indústria Extrativa (-0,5%). Vale salientar que esse é o segundo mês consecutivo em que a Indústria de Transformação registra queda, acumulando perdas de 2,2% no período. Já a Indústria Extrativa chega ao terceiro mês de queda na passagem mensal, período em que acumula perdas de 2,6%.

    Na abertura por atividades, 13 dos 23 grupos abrangidos pela pesquisa apresentaram contração na passagem de junho para julho, livre de efeitos sazonais. Dentre as principais contribuições negativas, destaque para a atividade de Produtos Alimentícios (-6,2%) que anula, assim, o avanço de 4,3% verificado no mês precedente. Também apresentaram algumas das principais contribuições negativas: Produtos de Madeira (-7,6%); Bebidas (-6,2%); Produtos Diversos (-5,5%); Produtos de Borracha e Material Plástico (-2,2%); Produtos de Metal (-1,8%); e Coque, Produtos Derivados do Petróleo e Biocombustíveis (-1,7%). Por outro lado, dentre as contribuições positivas, destaque para Máquinas e Equipamentos (6,5%), cujo avanço ocorre após cinco meses consecutivos de queda, período no qual acumulou contração de 11,9%. Também foram constatadas importantes contribuições positivas nos setores de Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (1,4%), após acumular alta de 24,4% entre outubro de 2014 e junho de 2015, e Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos (3,2%), o qual acumulou retração de 28,2% desde janeiro deste ano.

    Dentre as grandes categorias econômicas, na passagem de junho para julho, o resultado negativo atual se deu como reflexo da queda na produção de Bens de Consumo Semiduráveis e Não Duráveis (-3,4%), Bens Intermediários (-2,1%) e Bens de Capital (-1,9%). A única contribuição positiva no mês atual adveio da categoria de Bens de Consumo Duráveis (9,6%), que apesar da alta atual ainda acumula queda de 14,2% nos primeiros sete meses deste ano.

    Já no acumulado de janeiro a julho, 23 das 25 atividades da Indústria de Transformação pesquisadas exibiram contração em relação ao mesmo período do ano anterior. As únicas altas nesta base comparativa se deram nas atividades de Produtos Diversos (2,9%) e Papel e Celulose (0,3%). As variações negativas mais expressivas foram constatadas nas seguintes atividades: Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos (-29,0%); Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (-20,2%); Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos (-15,5%); Impressão e Reprodução de Gravações (-11,9%); e Máquinas e Equipamentos (-11,3%).

    Em suma, a queda da produção da indústria em julho surpreende negativamente por sua elevada intensidade, após já ter recuado em junho (resultado que foi revisado para baixo), e inicia de forma negativa o terceiro trimestre do ano. Os resultados já conhecidos para a confiança do empresariado, bem como a ausência de vetores positivos (com exceção, em alguma medida, do câmbio), sinalizam que o setor deve seguir essa trajetória cadente nas próximas leituras, o que resultaria na nona queda trimestral seguida da produção industrial.

    MDIC: Balança comercial registra superávit de US$ 2,689 bilhões em agosto

    Nesta terça-feira (01/09) o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) divulgou o resultado da balança comercial brasileira em agosto. Conforme a publicação, a balança registrou superávit de US$ 2,689 bilhões no oitavo mês do ano, superando em 132,2% o resultado de igual mês do ano passado, além de ser o melhor resultado para o mês desde 2012. No acumulado do ano, o superávit comercial atingiu US$ 7,3 bilhões, muito acima do saldo verificado em agosto de 2014 (US$ 205 milhões).

    Apesar do bom resultado do mês, que implica num volume de exportações em US$ 15485 bilhões e as importações US$ 12,796 bilhões, a corrente de comércio foi de US$ 28,281 bilhões, valor 28,9% abaixo do registrado em agosto do ano passado pela, considerando a média diária. No ano, as exportações atingiram US$ 128,346 bilhões e as importações US$ 121,050 bilhões.

    De janeiro a agosto, o volume de exportações de produtos básicos chegou a US$ 60,379 bilhões, montante 22,2% abaixo de igual período do ano passado, mesmo movimento visto para os produtos semimanufaturados (US$ 17,347 bilhões com queda de 7,2%) e manufaturados (US$ 47,366 bilhões, com queda de 11,5%). Por sua vez, as importações de bens de capital (US$ 26,860 bilhões com queda de 15,8%) e de consumo (US$ 22,230 bilhões com queda de 14,6%) também registraram fortes perdas, além da compra de combustíveis e lubrificantes (US$ 15,010 bilhões com queda de 43,5%).

    Por fim, vai se confirmando o superávit comercial para o ano, refletindo o câmbio mais desvalorizado e a queda da demanda doméstica, que estão reduzindo o volume das importações em ritmo acima da queda verificada pelas exportações (que sofrem com a queda de preços de commodities, que reduz o valor exportado em dólar, embora as quantidades estejam aumentando).

    Markit: PMI sinaliza nova contração da atividade industrial em agosto

    Ontem (01/09) o Instituto Markit divulgou os resultados do Índice de Gerência de Compras (PMI) da Indústria de Transformação brasileira. De acordo com a publicação, livre de influências sazonais, o índice referente à indústria sinalizou nova contração da atividade do setor no mês de agosto, tendo em vista que o índice agora encontra-se no patamar de 45,8 pontos, frente 47,2 pontos no mês anterior, alcançando o pior resultado dos últimos quarenta e sete meses. Vale salientar que leituras abaixo de 50,0 pontos sinalizam contração da atividade econômica do setor.

    O resultado atual refletiu, principalmente, a recente queda dos níveis de produção, de novos negócios e de emprego da indústria de transformação.

    Segundo economista da Markit, a indústria de transformação continua arrefecida em agosto. O nível de novas encomendas registrou a queda mais acentuada dos últimos quatro anos, impactando negativamente o nível de produção, levando a um aumento do desemprego no setor. No mais, a queda de demanda, o aumento dos custos, a deterioração dos níveis de confiança e a possibilidade de um aumento da taxa de juros dos EUA também causam efeitos negativos no setor industrial brasileiro.

     
     Copyright © 2014 Fiesp. Todos os direitos reservados. Dúvidas e sugestões, clique aqui
    Se você não deseja mais receber esse informativo, clique aqui.

    Macro Visão é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e
    do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)

    Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

    Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini