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Informativo eletrônico - Edição 1772 Quarta-Feira, 16 de setembro de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Vendas no Varejo voltam a recuar em julho

    Economia Internacional

  • Zona do Euro: Preços ao consumidor volta a desacelerar em agosto

    Dados da Economia Brasileira

  • Vendas no Varejo voltam a recuar em julho

    O IBGE divulgou nesta quarta-feira (16/09) os resultados da Pesquisa Mensal do Comércio que contam o volume de vendas no varejo brasileiro. De acordo com a publicação, as vendas no varejo, em seu conceito restrito, recuaram 1,0% na passagem de junho para julho, após ajustes sazonais, em linha com o projetado pelo Depecon/FIESP e pelo mercado (ambos esperavam queda de -1,0%). Assim, no acumulado do ano de janeiro a julho, o setor mostra queda de 2,4% ao passo que em doze meses a retração é de 1,0%.

    Por sua vez, o conceito ampliado do varejo (que inclui as vendas de veículos e de material de construção) avançaram 0,6% em julho, próximo ao esperado pelo Depecon/Fiesp (0,9%) e acima do projetado pelo mercado (-0,4%). Entretanto, no ano, tal conceito exibe retração acima do conceito restrito (chegando a -6,5%), igual movimento visto para o acumulado em doze meses (-4,9%).

    Na abertura por atividade do comercio, 7 das 8 abrangidas pela pesquisa mostraram retração no mês em questão. Dentre elas, destaque para a queda nas vendas de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-5,5%), Móveis e eletrodomésticos (-1,7%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,3%), e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-1,1%), todas acima da métrica nacional. Além destes, também registram recuo Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,0%) e Tecidos, vestuário e calçados (-1,0%) e Combustíveis e lubrificantes (-0,4%) não mostraram queda acima do resultado agregado. Já o comércio de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,0%) ficou estável nesta leitura.

    Já as atividades que são abrangidas pelo varejo ampliado mostraram resultados divergentes: enquanto as vendas de Veículos automotores avançaram no período (5,1%), divergindo com o divulgado anteriormente pela FENABRAVE (-2,8% para o mês de julho), o comercio de Material de construção mostrou queda (-2,4%) na passagem de junho para julho.

    No acumulado do ano, as atividades de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,8%), Móveis e eletrodomésticos (-11,5%) e Veículos automotores (-15,3%) exibem forte retração, dado a forte queda no poder de compra do consumidor. Por outro lado, as vendas de Artigos farmacêuticos (4,6%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (7,9%) seguem mostrando desempenho positivo no ano de 2015.

    Considerando as regiões abrangidas pela pesquisa, cerca de 20 das 27 unidades da federação registraram queda na leitura atual. Destaque para a queda verificada no Amapá (-4,9%) e Rio Grande do Sul (-2,6%). Por outro lado, mostraram melhora nas vendas do varejo as regiões de Roraima (2,7%) e Para (1,6%). Por sua vez, a região de São Paulo – a de maior peso regional – mostrou queda de 1,6% nas vendas do varejo no sétimo mês do ano.

    Em suma, a nova retração verificada no início desse terceiro trimestre está em linha com as expectativas de outro resultado fraco para o setor varejista no período, dado a deterioração das condicionantes de consumo, como o alto patamar inflacionário, a menor concessão de créditos, os elevados índices de inadimplência e a forte piora no mercado de trabalho. O destaque negativo continua sendo a atividade ligada ao setor automotivo, mas também os resultados dos hiper e supermercados se mostram em constante queda.

    Zona do Euro: Preços ao consumidor volta a desacelerar em agosto

    Na manhã de hoje (16/09) a Eurostat (departamento estatístico da União Europeia) divulgou os resultados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI). De acordo com a leitura atual, a inflação da região voltou a desacelerar em agosto, passando de 0,2% para 0,1% em taxas anualizadas. O resultado também fica abaixo do aferido um ano antes, quando o CPI registrou avanço de 0,4%. Por sua vez, ao analisar o núcleo da inflação (que exclui preços voláteis como o de energia, que estão sendo impactado pela queda do preço internacional do petróleo), tal métrica de preços mostra aceleração, passando de 0,9% em julho para 1,0% em agosto.

    Na abertura por classe de despesa, a desaceleração do índice de preços continua vindo da queda dos preços de energia (de -5,6% para -7,2%), ao passo que a inflação de alimentos, álcool e tabaco seguem aumentando (de 0,9% para 1,3%). Por outro lado, a inflação de serviços segue resiliente, acumulando alta de 1,2% no mês em questão, mesma taxa aferida na leitura de julho.

    Em relação aos países-membros da região, destaque para a deflação apresentada pelo Chipre (-1,9%), Lituânia (-1,0%) e Espanha (-0,5%). Por outro lado, mostraram maior crescimento de preços os seguintes países: Malta (1,4%), Áustria (0,9%) e Bélgica (0,8%). Já Alemanha e França, as duas maiores economias da região, exibiram índices próximos a estabilidade, ambas com alta de 0,1% em taxas anualizadas.

    Assim, a despeito da deflação verificada na inflação cheia, o CPI da Zona do Euro mostra aceleração quando se exclui itens que sofrem com a queda do preço do petróleo. Entretanto, tal aceleração segue distante da métrica desejada pelo Banco Central Europeu, que pode se ver obrigado a estender sua política monetária expansionista atual.

     
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