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Informativo eletrônico - Edição 1777 Quarta-Feira, 23 de setembro de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Déficit em transações correntes recua em agosto

    Economia Internacional

  • Zona do Euro: Confiança do consumidor segue em queda
  • China: Industria segue em tendência de queda
  • Zona do Euro: PMI de setembro apresenta ligeira desaceleração

    Dados da Economia Brasileira

  • Déficit em transações correntes recua em agosto

    De acordo com os dados divulgados ontem (23/09) pelo Banco Central, o déficit em conta corrente em agosto foi de US$2,5 bilhões, chegando ao acumulado de US$84,5 bilhões (4,34% do PIB) em doze meses. No ano, o déficit atingiu US$ 46,15 bilhões, abaixo do saldo negativo de US$ 65,25 bilhões verificado de janeiro a agosto de 2014.

    O resultado do ano reflete o fraco desempenho da economia brasileira, bem como a valorização do dólar. De fato, o saldo em transações correntes vem melhorando com o impacto positivo da balança comercial (US$6,3 bilhões, visto que as importações recuam de forma mais intensa do que a queda das exportações), além da melhora na balança de serviços e de renda. Segundo o Banco Central, o déficit na balança de rendas recuou de US$30,7 bilhões nos oito primeiros meses de 2014 para US$26,4 bilhões em igual período de 2015, refletindo a queda nas viagens internacionais. Já a balança de renda viu seu déficit reduzir de algo em torno de US$35,2 bilhões para US$27,6 bilhões em igual período, dado a menor remessa de lucros e dividendos para o exterior (explicado pela desvalorização do real e a própria queda nos lucros das empresas, reflexo da crise doméstica).

    Já a conta financeira, que historicamente financia os déficits na conta corrente, continua perdendo força. O investimento direto no país (antigo IDE) diminuiu de US$ 65,4 bilhões em 2014, para US$ 42,2 bilhões em 2015, considerando de janeiro a agosto. Quanto aos investimentos em carteira, também mostraram recuo no período, passando de US$ 40,1 bilhões para US$ 21,5 bilhões.

    Assim, a crise doméstica somada a recente desvalorização do real tem ajudado no processo de ajuste externo, com o déficit em transações correntes mostrando contínuos recuos.

    Zona do Euro: Confiança do consumidor segue em queda

    A Comissão Europeia divulgou ontem (22/09) os indicadores referentes a Confiança do Consumidor da União Europeia e da Zona do Euro. Os dados estimados em setembro mostraram queda de -6,9 para -7,1 nos dados para a Zona do Euro. Já a queda nos países que compõem a União Europeia apresentou queda mais acentuada, de 0,8 pontos neste mês, atingindo -5,5 pontos.

    China: Industria segue em tendência de queda

    A Markit/Caixin divulgou nesta quarta-feira (23/09) o resultado preliminar do Índice de Gerente de Compras (PMI) da Indústria da China. Segundo a publicação, a indústria chinesa continua enfraquecendo, com seu índice recuando de 47,3 para 47,0 pontos, e, por estar abaixo dos 50,0 pontos, sinaliza contração da atividade do setor. O resultado atual é o menor dos últimos 78 meses, demonstrando a fraqueza que o setor vem enfrentando nos últimos períodos.

    A piora do índice reflete a queda, de forma acelerada, dos indicadores que relatam a produção, os novos pedidos domésticos, os novos pedidos para exportação e o de emprego.

    De forma geral, o economista chefe responsável pela pesquisa aponta que tal contração do setor está em linha com o período de estabilização da economia do país, mas que as medidas de estímulos tomados pelo governo nos últimos períodos (como redução da taxa de juros, do compulsório dos bancos e desvalorização do yuan) devem começar a surtir efeito.

    Zona do Euro: PMI de setembro apresenta ligeira desaceleração

    Na madrugada desta quarta-feira (23/09), o instituto Markit divulgou o Índice de Gerência de compras (PMI) da Zona do Euro. O resultado apresentado para região registrou ligeira queda se comparado ao mês anterior, passando de um índice composto de 54,3 para 53,9 pontos. Tal resultado ficou abaixo do esperado pelo mercado que estimava um patamar de 54,0 pontos.

    O PMI industrial sofreu um recuo de 52,3 para 52,0 em setembro, enquanto o PMI para o setor de serviços passou de 54,4 para 54 em setembro. Apesar da desaceleração, a média do terceiro trimestre de 2015 atingiu ao maior patamar desde o segundo trimestre de 2011, demonstrando uma expansão na ordem de 0,4% do PIB no trimestre atual.

    As maiores economias da região apresentaram um cenário distinto em setembro. As atividades na França, após um agosto de estagnação registrou um modesto crescimento, passando de 50,2 para 51,4. A Alemanha por sua vez, registrou discreta redução passando de 55,0 para 54,3 pontos no período, no entanto sua economia não apresenta fragilidade e continua sólida, suportada tanto pelo setor de serviço quanto pelo manufatureiro.

    Embora tenha apresentado um cenário de acomodação no seu ritmo no mês de setembro, a Zona do Euro apresenta um processo de retomada gradual de crescimento, contrariando o cenário preocupante da China que passa por desaceleração desde o fim de 2014.

     
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