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Informativo eletrônico - Edição 1784 Sexta-Feira, 02 de outubro de 2015
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Produção industrial recua pelo terceiro mês seguido
  • MDIC: Balança comercial de setembro apresenta superávit
  • PMI: Recessão no setor apresenta leve atenuada no final do terceiro trimestre

    Agenda Semanal

    Dados da Economia Brasileira

  • Produção industrial recua pelo terceiro mês seguido

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na manhã de hoje (02/10) sua Pesquisa Industrial Mensal (PIM). De acordo com a pesquisa, a produção industrial nacional recuou 1,2% na passagem de julho para agosto, livre de influências sazonais (terceira queda consecutiva). Esse resultado, surpreendeu positivamente as expectativas do Depecon e do mercado, que esperavam uma queda mais acentuada. Em comparação com agosto do ano anterior, a contração foi de 9,0%, enquanto no acumulado de 12 meses, o declínio foi de 5,7%. Nos oito primeiros meses do ano, a indústria reduziu sua produção em 6,9%.

    O resultado é explicado pela a indústria de transformação, que apresentou queda de suas atividades em 1,2% em agosto, após já ter recuado no mês anterior (-1,4%), já a indústria extrativista expandiu suas atividades em 0,6%, após queda de 1,5% em julho

    Com relação as categorias de uso, destaque para o recuo apresentado pelos bens de capital (- 7,6%), em linha com a constante deterioração da confiança dos empresários (que não estão estimulados a investir), enquanto os bens de consumo caíram -0,9% e os bens intermediários apresentaram crescimento de 0,2%. No acumulado do ano, bens de capital apresentaram expressiva queda de 22,4%, já os bens de consumo recuaram 8,8% (sendo -14,2% referentes aos bens duráveis e -7,2% aos bens não duráveis) e os bens intermediários viram sua produção diminuir em 3,7%.

    Quanto aos 24 ramos de atividades abrangidas pela pesquisa, 14 apresentaram queda na produção em agosto. Os principais resultados negativos foram apresentados pela categoria veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuaram 9,4%, ante expansão de 1,9% em julho, além de artefatos de couro, artigos para viagens e calçados (-3,6%); outros equipamentos de transporte (-3,4%); produtos de metal (-3,0%); aparelhos e materiais elétricos (-2,5%); produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,6%) e de produtos de minerais não-metálicos (-1,5%). Dentre os resultados positivos destaque para produtos de madeira (5,1%); bebidas (4,3%) e produtos alimentícios (2,4%).

    Em suma, a nova retração na produção industrial brasileira, somada a continuidade da perda da confiança dos empresários e consumidores, sustentam o prognostico de nova queda na atividade do setor neste terceiro trimestre, e, muito provavelmente, no quarto trimestre igualmente. A disseminação da crise é de tal maneira que inclusive o Boletim Focus desta semana (Macro Visão 1780) já projeta nova retração da produção para o próximo ano, sinalizando a dificuldade da retomada do setor em prazo mais extenso do que anteriormente previsto.

    MDIC: Balança comercial de setembro apresenta superávit

    Na última quinta-feira (01/10), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou o resultado da balança comercial referente a setembro. De acordo com a publicação, o saldo comercial do mês apresentou superávit de US$2,944 bilhões, o mesmo período em 2014 apresentou déficit de US$943 milhões.

    Segundo a publicação, o mês de setembro atingiu o patamar de US$ 16,148 bilhões em exportação. Se comparado ao mesmo período de 2014, as exportações registraram retração de 13,8%, e crescimento de 4,3 em relação a agosto de 2015, de acordo com a média diária.

    Quanto as importações, o setembro totalizou US$ 13,204 bilhões. Comparado ao mesmo período do ano passado, as importações registraram queda de 32,7%, e crescimento de 3,2% em relação a agosto de 2015, de acordo com a média diária.

    Em relação as exportações por fator agregado, setembro apresentou (US$ 7,163 bilhões) em produtos básicos, (US$ 6,330 bilhões) em manufaturados e (US$ 2,277 bilhões) em semimanufaturados. Comparado a 2014 percebe-se um retrocesso das exportações em (-19,6%) em produtos básicos, (-12,2%) em semimanufaturados e (-4,6%) em manufaturados.

    Quantos as importações, ocorre decréscimo de combustíveis e lubrificantes (-61,9%), bens de capital (-27,4%), matérias-primas e intermediários (-26,0%) e bens de consumo (-23,4%).

    Os principais países de destino das exportações brasileiras, no acumulado de janeiro-setembro/2015 estão: China (US$ 28,9 bilhões), Estados Unidos (US$ 18,3 bilhões), Argentina (9,8 bilhões), Países Baixos (US$ 7,5 bilhões) e Alemanha (US 4,0 bilhões).

    Os países que se destacaram como as principais origens das importações estão: China (US$ 24,9 bilhões), Estados Unidos (US$ 20,6 bilhões), Alemanha (US$ 8,1 bilhões), Argentina (US$ 8,0 bilhões) e Coreia do Sul (US$ 4,5 bilhões).

    PMI: Recessão no setor apresenta leve atenuada no final do terceiro trimestre

    Na manhã de ontem (01/10), o instituto Markit divulgou o Índice de Gerência de Compras (PMI) do Brasil referente ao mês de setembro. Segundo a publicação, livre de influências sazonais, o índice referente à indústria no mês de setembro indicou deterioração mais fraca, embora ainda acentuada, passando de 45,8 em agosto para 47,0 em setembro. O número básico apresentou média de 46,7 no terceiro trimestre de 2015, indicando ligeiro aumento se comparado ao observado no segundo período do ano, que terminou com 46,1 pontos.

    O relatório divulgado indicou que as condições no setor industrial do Brasil apresentaram piora pelo oitavo mês consecutivo, com empresas cortando empregos, além de reduzir seus níveis de estoque. O nível e o volume de produção também contraíram novamente em setembro, diante de evidencias de novas quedas nas entradas de novos negócios. O decréscimo no volume, conforme conclui o estudo, está relacionado principalmente ao enfraquecimento do mercado interno, com volumes de novos negócios provenientes do estrangeiro mantendo-se inalterado ao longo do mês.

     
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