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Informativo eletrônico - Edição 1786 Terça-Feira, 06 de outubro de 2015
 

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Economia Brasileira

  • PMI: Setor de serviços apresenta rápida contração em setembro
  • FGV: Tendência de desemprego segue avançando

    Economia Internacional

  • EUA: Setor de serviços apresenta desaceleração em setembro
  • EUA: Dólar valorizado aumenta déficit comercial

    Dados da Economia Brasileira

  • PMI: Setor de serviços apresenta rápida contração em setembro

    Nesta segunda-feira (05/10), o instituto Markit divulgou o Índice de Gerência de Compras (PMI) Composto do Brasil. Segundo a publicação, já isento de influências sazonais, o PMI do país apresentou redução de 44,8 em agosto para 42,7 em setembro, acelerando a queda da atividade, que recua pelo sétimo mês seguido. Tais indicadores representam a mais longa sequência de redução desde a crise financeira.

    O PMI do setor de serviços em setembro, já sazonalmente ajustado, apresentou queda comparado ao mês de agosto, passando de 41,7 para 44,8 pontos, refletindo o declínio acentuado no volume de produção, o terceiro mais rápido em seis anos e meio. Entre as evidências destacadas pelos entrevistados da pesquisa estão a situação econômica desafiadora, uma demanda mais fraca e dificuldades de fluxo de caixa.

    Quanto a entrada de novos trabalhos nas empresas do setor de serviços, os indicadores evidenciaram a diminuição mais acentuada desde março de 2009, lembrando que o setor é o maior empregador do país. Os níveis mais baixos de novos negócios recebidos, as condições econômicas difíceis e a hesitação dos clientes em se comprometerem com novos projetos são apresentados pelos entrevistados como os principais motivos do quadro apresentado.

    Como reflexo das condições econômicas frágeis, os provedores brasileiros de serviços têm cortado empregos sistematicamente durante o ano. Em relação ao setor industrial, embora ainda apresente queda, houve diminuição em um ritmo mais brando no mês passado.

    Assim, o índice PMI, além de sugerir nova queda da atividade no nono mês do ano, confirma nova queda do PIB para o terceiro trimestre deste ano, com fracos resultados tanto da indústria quanto do setor de serviços.

    FGV: Tendência de desemprego segue avançando

    Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), em dados divulgados na manhã de hoje (06/10), o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 3,4% em setembro (atingindo 62,0 pontos). De acordo com a leitura, esta foi a maior variação negativa desde março de 2015, quando o índice recuou 8,6%. O índice busca antecipar a situação do mercado de trabalho baseado nas Sondagens da Indústria, Serviços e Expectativa do Consumidor.

    Na abertura dos componentes do indicador, destaque para a queda acentuada do indicador que mensura a situação atual dos negócios para os próximos seis meses, no Setor de Serviços (-5,6%) e do indicador referente a situação corrente da empresa, no Setor da Indústria (-4,1%).

    Por sua vez, o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), também divulgado hoje pela FGV, que mensura a percepção das famílias em relação ao mercado de trabalho atual por meio de dados desagregados da Sondagem do Consumidor, subiu 3,5% (atingindo 92,6 pontos), ante 1,4% em agosto, sugerindo aumento da taxa de desemprego.

    Os resultados apresentados pela pesquisa da FGV, sinalizam a continuidade da recessão econômica do país dado a constante deterioração esperada para o mercado de trabalho, refletindo na queda da confiança tanto dos empresários quanto dos consumidores e no aumento do desemprego para os próximos meses.

    EUA: Setor de serviços apresenta desaceleração em setembro

    Na última segunda-feira (06/10), o instituto ISM dos Estados Unidos divulgou o Índice ISM para o setor de Serviços (NMI). Segundo os resultados apresentados, o índice de atividade no setor de serviços, registrou queda em setembro, passando de 59,0 para 56,9 pontos entre agosto e setembro. Vale ressaltar, que resultados acima de 50 pontos indicam expansão do setor.

    Entre os componentes responsáveis pela redução em setembro estão: a sensibilidade de estoques (de 69,0 para 65,0 pontos), novas encomendas (de 63,4 para 56,7 pontos) e também em encomendas pendentes (de 56,0 para 54,5 pontos).

    Quantos aos que apresentaram crescimentos, se destacam: os componentes de emprego (de 56,0 para 58,3 pontos), as importações (de 51,5 para 53,0 pontos) e novos pedidos de exportação (52,0 para 52,5 pontos).

    Assim, a desaceleração no setor de serviços, acompanhado pela menor atividade do setor industrial, sugerem um terceiro trimestre mais fraco do que a expansão verificada ao segundo. Assim, as apostas quanto a normalização da política monetária este ano seguem difusas, crescendo a chance de acontecer apenas em 2016.

    EUA: Dólar valorizado aumenta déficit comercial

    O Departamento de Comércio dos EUA (através do Census Bureau) divulgou hoje (06/10), o resultado da Balança Comercial norte-americana. De acordo com a publicação, a balança de bens e serviços apresentou um déficit no valor de US$48,3 bilhões em agosto, acima do registrado em julho (US$41,8 bilhões).

    Em agosto as exportações somaram US$185,1 bilhões (US$3,7 bilhões a menos do que em julho). Já as importações, totalizaram US$233,4 bilhões (US$2,8 bilhões a mais do que no mês anterior).

    O resultado é consequência do saldo deficitário na balança de bens (US$67,9 bilhões) quanto no de serviços (US$19,6 bilhões). Sendo o déficit em balança comercial 5,2% superior ao mesmo período de 2014, com uma queda das exportações de 3,8% e das importações de 2,2%. Teve impacto relevante a queda nas exportações das industrias de suprimentos e materiais, a diminuição de serviços financeiros e de viagens. Já nas importações, as maiores quedas foram verificadas nos bens de consumo, viagens e transportes.

    A recente valorização do dólar diante de todas as moedas tem impacto fundamental no saldo comercial americano, que é tradicionalmente deficitário, e tem visto a aceleração das importações e piora nas condições de exportações. Por outro lado, a valorização tem, junto com a melhora no mercado de trabalho, aumentado o consumo e a renda das famílias, ajudando o crescimento do país.

     
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