Se você não está conseguindo visualizar este e-mail, clique aqui.

Informativo eletrônico - Edição 1787 Quarta-Feira, 07 de outubro de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • FGV: segue elevação dos preços
  • PIM: São Paulo apresenta terceira queda consecutiva
  • Inflação volta a acelerar em setembro

    Dados da Economia Brasileira

  • FGV: segue elevação dos preços

    Hoje (07/10) a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI). No mês de setembro, o índice registrou variação de 1,42%, acelerando em comparação ao mês precedente (0,40%). No mesmo mês de 2014 a inflação registrada foi de 0,02%. No acumulado do ano, a alta é de 7,03%, enquanto que em 12 meses, chega a 9,31%.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) – que representa 60% do IGP-DI – apresentou elevação de 2,02%, frente a alta de 0,44% em agosto. Na abertura por estágios de processamento, os bens finais aumentaram 0,87%, após deflação de 0,49% no mês passado, sendo o principal responsável o subgrupo alimentos in natura (de -7,06% para -1,20%). Já os bens intermediários subiram 1,72%, superior a alta registrada em agosto (0,77%), resultado da elevação do subgrupo materiais e componentes para a manufatura (de 0,86% para 2,45%). Em relação ao subgrupo matérias-primas brutas, a taxa de variação registrada foi de 3,84%, ante 1,19% em agosto, com destaque para a elevação da soja (de 5,17% para 8,44%) e minério de ferro (de -2,45% para 2,64%) e para a queda registrada no café (de 7,54% para 0,27%) e leite in natura (de 1,96% para -0,66%).

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – que corresponde a 30% do IGP-DI – passou de 0,22% em agosto para 0,42% em setembro. Dentre as oito classes de despesas que compõem o índice, cinco apresentaram elevação. São elas: Alimentação (de -0,11% para 0,32%); Habitação (de 0,36% para0,55%), Vestuário (de -0,10% para 0,68%), Transportes (de 0,18% para 0,32%) e Despesas Diversas (de 0,12% para 0,14%). Em contrapartida, apresentaram decréscimo: Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,64% para 0,56%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,48% para 0,33%) e Comunicação (de 0,36% para 0,22%).

    Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) – que corresponde a 10% do IGP-DI – registrou uma taxa de variação de 0,22%, inferior ao apresentado em agosto (0,59%), reflexo do aumento dos custos com Materiais, Equipamentos e Serviços (de 0,27% para 0,47%), enquanto o índice que representa o custo de Mão de Obra, após alta de 0,87% em agosto, manteve-se nula em setembro.

    PIM: São Paulo apresenta terceira queda consecutiva

    Na manhã desta quarta-feira (07/10), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados regionais da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF), referentes a passagem de julho para agosto de 2015. Segundo o relatório divulgado (considerando os ajustes sazonais), a queda da produção industrial nacional foi generalizada, com recuo em 10 das 14 localidades pesquisadas em agosto.

    No período que corresponde julho e agosto, já livre de influências sazonais, as regiões que apresentaram recuos mais intensos foram: Pará (-4,0), Goiás (-3,2%) e Rio Grande do Sul (-2,8%). Entre as demais regiões que também apresentaram redução estão: São Paulo (-1,7%), Amazonas (-2,2%), Espírito Santo (-1,9%), Pernambuco ( -2,2%), Paraná (-1,3%), Bahia (-1,0) e região nordeste (-0,6%).

    No acumulado do ano (de janeiro a agosto), comparado ao mesmo do período de 2014, a redução na produção nacional alcançou 12 dos 15 locais pesquisados, com destaque para cinco regiões que tiveram recuo superior à média nacional (-6,9%), a saber: Amazonas (-14,7%), Rio Grande do Sul (-10,0%), São Paulo (-9,7%), Ceará (-9,2) e Paraná (-7,7%).

    Em relação a São Paulo, a produção industrial apresentou queda de 1,7% comparado ao mês anterior, já descontadas as influências sazonais, sendo esta a terceira taxa negativa consecutiva, acumulando no período perda de 4,4%. Comparado ao mesmo período do ano em 2014, ao recuar 12,9% no índice mensal de agosto de 2015 a produção industrial de São Paulo assinalou a décima oitava taxa negativa consecutiva nesta métrica, puxado pela forte queda na produção de veículos automotores, reboques e carrocerias (-36,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-11,4%) e de produtos alimentícios (-5,9%). Com o resultado, a produção da maior região industrial do país acumula perdas de 9,7% no ano e 9,0% em doze meses.

    Em suma, a crise da industrial está disseminada, com o resultado de setembro na maior das regiões abrangidas pela pesquisa. A indústria de São Paulo, como também já vem apresentando o Indicador de Nível de Atividade (INA) da FIESP, amarga fortes perdas, e dado a continua deterioração das expectativas e confiança, não deve apresentar recuperação nos próximos meses, sinalizando nova retração neste terceiro trimestre.

    Inflação volta a acelerar em setembro

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na manhã de hoje (07/10) o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) relativo ao mês de setembro. Na leitura atual, o IPCA acelerou de 0,22% para 0,54%, próximo ao registrado no mesmo período do ano anterior (0,57%), respeitando assim a sazonalidade do mês. No acumulado em doze meses, o IPCA exibe alta de 9,49%, ao passo que a inflação acumulada entre janeiro e setembro chegou ao patamar de 7,64%.

    Na abertura por grupo de atividades que compõem o índice, destaque para o grupo Habitação que passou de 0,29% para 1,30%. Além deste, apresentaram aceleração: Transportes (de -0,27% para 0,71%); Vestuário (de 0,20% para 0,50%) e Alimentação e Bebidas (de -0,01% para 0,24%). Por outro lado, desaceleraram: Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,62% para 0,55%); Despesas Pessoais (de 0,75% para 0,33%); Educação (de 0,82% para 0,25%); Artigos de Residência (de 0,37% para 0,19%) e Comunicação (de 0,14% para 0,01%).

    Tanto os preços livres quanto os preços administrados exerceram maior pressão inflacionaria no mês. De fato, os preços administrados aceleração de 0,32% para 0,92% (com forte influência dos preços do gás de botijão, sendo a principal contribuição individual para o índice cheio, de 0,14 p.p.), tendo acelerado fortemente de 15,75% para 16,34% em doze meses. Já os preços livres (de 0,19% para 0,42%) foram influenciados pelo aumento nos Serviços (de 0,32% para 0,67%), ao passo que os Produtos industriais (de 0,33% para 0,37%) e Alimentação no domicilio (de -0,32% para -0,05%) não exerceram influência determinante para tal aceleração mensal.

    Por fim, das regiões pesquisadas, apenas Campo Grande apresentou deflação (-0,28%). Enquanto as que apresentaram maiores elevações foram Brasília (1,25%) e Vitoria (1,13%). Por sua vez, São Paulo mostrou aceleração (de 0,24% 0,71%), acumulando alta de 8,14% no ano e 9,82% em doze meses.

     
     Copyright © 2014 Fiesp. Todos os direitos reservados. Dúvidas e sugestões, clique aqui
    Se você não deseja mais receber esse informativo, clique aqui.

    Macro Visão é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e
    do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)

    Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

    Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini