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Informativo eletrônico - Edição 1792 Quinta-Feira, 15 de outubro de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • PMS: Setor de Serviços segue trajetória declinante

    Economia Internacional

  • EUA: Vendas no varejo frustram mercado
  • EUA: Inflação fica perigosamente próximo ao cenário negativo

    Dados da Economia Brasileira

  • PMS: Setor de Serviços segue trajetória declinante

    Hoje (15/10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a sua Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). A partir desta leitura, a PMS trará os resultados de volume de serviços, que resulta da deflação dos valores nominais por índices de preços específicos a cada grupo de atividade, construídos a partir dos relativos de preços do IPCA.

    De acordo com a leitura referente ao mês de agosto, o setor de serviços registrou queda no volume transacionado de 3,5% em comparação com o mesmo período de 2014, inferior ao registrado no mês de julho (-4,2%). No ano, o setor acumula queda de 2,6%, enquanto que no acumulado de doze meses, o volume de serviços diminuiu 1,1%.

    Dentre as atividades que compõem a pesquisa, apenas o segmento de Serviços de informação e comunicação apresentou variação positiva (0,2%). Por outro lado, registraram variações negativas na comparação interanual: Serviços prestados às famílias (-8,2%), Serviços profissionais, administrativos e complementares (-5,2%), Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (-4,4%) e Outros serviços (-12,5%).

    Dentre os resultados regionais, 21 das 27 Unidades Federativas apresentaram recuo em relação a agosto de 2014, com destaque para: Amapá (-14,2%), Maranhão (-12,2%) e Sergipe (-7,8%). Já Rondônia (9,6%), Roraima (5,7%) e Mato Grosso (3,8%) apresentaram as maiores altas. Por sua vez, São Paulo apresentou variação negativa de 4,0%.

    Em suma, a deterioração do mercado de trabalho, somado a forte pressão inflacionaria, o aperto monetário e a forte queda da confiança do consumidor, tem impactado fortemente o desempenho do setor de serviços, que deve mostrar outro fraco resultado no terceiro trimestre deste ano.

    EUA: Vendas no varejo frustram mercado

    Na manhã de ontem (14/10), a Census Bureau publicou seu relatório com estimativas antecipadas de vendas do varejo referentes ao mês setembro. De acordo com a publicação, livre de influências sazonais, as vendas no varejo apresentaram ligeira alta de 0,1% em setembro comparado a agosto, frustrando o mercado que esperava um resultado ligeiramente superior (0,2%). Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o setor apresentou alta de 2,4%.

    Na abertura por atividade, as vendas de veículos e distribuidoras de peças cresceram 1,7% no período, responsável por deixar o resultado do varejo no campo positivo, visto que, excluído tal atividade, o varejo total teria mostrado queda de 0,3% em suas vendas de setembro. Por sua vez, as vendas em postos de gasolina recuaram 3,2% na passagem de agosto para setembro. Assim, os fracos resultados do varejo em setembro sugerem uma acomodação do consumo dos americanos no terceiro trimestre, que, somado ao resultado abaixo do esperado para o mercado de trabalho (menor geração de empregos – nonfarm payroll), podem dar força a expectativa de normalização da política monetária americana (com alta de juros por parte do FED) só em 2016.

    EUA: Inflação fica perigosamente próximo ao cenário negativo

    Na manhã de hoje (15/10), a Bureau of Labor Statistics (BLS), divulgou seu relatório Índice de Preços ao Consumidor (CPI) do mês de setembro. Segundo o relatório, a inflação, livre de influências sazonais, apresentou queda de 0,2% em setembro. Assim, a inflação ficou estável (em 0,0%) nos últimos doze meses.

    O índice de energia apresentou queda de 4,7% no mês, com todos os principais componentes em declínio. A índice de preços da gasolina continuaram caindo de forma acentuada, o preço do óleo combustível, eletricidade e gás natural também demonstraram queda, refletindo o menor preço internacional do petróleo. Assim, caso excluído os índices de energia (e alimentos, também volátil), o CPI teria acumulada alta de 1,9% nos últimos doze meses, dado a deflação de 18,4% do índice excluído.

    Por fim, o CPI acumulada em doze meses perigosamente próximo da deflação deixa em alerta o FED quanto aos possíveis impactos de uma elevação dos juros nesse cenário deflacionista. Por outro lado, quando excluído os preços de energia, cada vez mais a inflação converge para a meta esperada (de 2,0%), sendo um vetor positivo para a normalização da política monetária em breve.

     
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