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Informativo eletrônico - Edição 1794 Segunda-Feira, 19 de outubro de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • FOCUS: Expectativas para o PIB em 2015 já atinge -3,00%

    Economia Internacional

  • EUA: Produção industrial cai em setembro
  • China: PIB do terceiro trimestre se mantem baixo

    Projeções de Mercado

    Dados da Economia Brasileira

  • FOCUS: Expectativas para o PIB em 2015 já atinge -3,00%

    Na manhã desta segunda-feira (19/10), o Banco Central divulgou o seu Boletim Focus, relatório semanal responsável por levantar a mediana das previsões do mercado referentes às principais variáveis macroeconômicas do país. De acordo com a publicação, o mercado apresentou nova piora nas expectativas em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, dado que a mediana de 2015, que era de -2,97% a uma semana, atingiu o patamar de -3,00% nesta leitura. Para o ano de 2016, a variação esperada também caiu de -1,20% para -1,22%.

    No que tange a Inflação, a mediana do mercado aponta que no ano o IPCA atingirá o patamar de 9,75%, sendo o quinto avanço consecutivo das projeções desta variável. Para 2016, a mediana apontada passou de 6,05% para 6,12%, distanciando ainda mais do centro da meta de inflação estipulada (4,5%).

    Em relação à taxa SELIC, a mediana das projeções mais uma vez se mantiveram em 14,25% para o ano de 2015 (o que sinaliza que o mercado não espera alteração dos juros no COPOM desta semana – 21/10) e aumentaram de 12,63% para 12,75% as suas expectativas para 2016, mostrando a dificuldade que será a trajetória de diminuição dos juros no próximo ano. Já as projeções para taxa de cambio para 2015 se mantiveram em R$/US$ 4,00. Para 2016, o mercado projetou um câmbio no patamar de R$/US$ 4,13.

    Quanto ao setor externo, o superávit da balança comercial deste ano passou de US$12,99 bilhões para US$ 13,20 bilhões, já o de 2016 se manteve nos US$ 25,00 bilhões apresentados anteriormente. Assim, as expectativas para o saldo de conta corrente deste ano passaram de um déficit de US$ 65,50 bilhões para US$ 65,00 bilhões, já para 2016 as projeções são de um déficit de US$ 47,75 bilhões.

    Finalizando, a produção industrial manteve as expectativas queda em 2015 apresentadas anteriormente (-7,00%). Quanto as projeções para 2016, se mantiveram em -1,00%, evidenciando assim, mais um ano de retração da atividade industrial.

    EUA: Produção industrial cai em setembro

    Na última sexta-feira (16/10) o Federal Reserve (FED – Banco Central americano) divulgou os resultados da produção industrial dos Estados Unidos. Segundo a publicação, já descontados os efeitos sazonais, a indústria do país exibiu queda de 0,2% em setembro. Tal retração é superior à registrada no mês anterior após revisões (-0,1%). Já na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o recuo estimado é de 0,4%. Para o terceiro trimestre como um todo a produção industrial aumentou 2,5%, reflexo principalmente da indústria automotiva. Vale constatar que o dólar se mostra valorizado diante de grande parte das moedas do mundo, que, acompanhado por uma demanda global fraca, produz efeitos negativos sobre o setor americano.

    Na abertura por setores, a produção da indústria de transformação registrou queda de 0,1% na passagem de agosto para setembro, ao passo que a indústria extrativa recuou 2,0%, na mesma base comparativa. O setor de utilidades (SIUP), por sua vez, contribuiu positivamente para o resultado mensal, tendo em vista elevação de 1,3%.

    Na abertura por categorias de uso, destaque para a contração de 0,2% na produção de bens de consumo, como consequência da contração na produção de bens duráveis, enquanto a produção de bens não duráveis manteve-se inalterada.

    Por fim, no que tange ao Nível de Utilização da Capacidade Instalada, verificou-se recuo no resultado geral da indústria do país (de 77,8% para 77,5%), cerca de 2,6 p.p. abaixo de sua média histórica.

    Portanto, os fracos resultados da indústria, somado aqueles já conhecidos do varejo e do emprego – que vem frustrando as expectativas do mercado – aumenta as incertezas quanto a probabilidade da normalização da política monetária americana ainda este ano.

    China: PIB do terceiro trimestre se mantem baixo

    Na manhã desta segunda-feira (19/10), o Departamento Nacional de Estatísticas (NSB) divulgou o resultado do terceiro trimestre do Produto Interno Bruto (PIB) da China. De acordo com a estimativa preliminar, o PIB chinês apresentou avanço de 6,9% na comparação interanual (contra o terceiro trimestre de 2014), desacelerando frente ao resultado do primeiro e segundo trimestre (ambos 7,0%), além de atingir o menor resultado desde o primeiro trimestre de 2009. Na comparação contra o segundo trimestre, o PIB do país cresceu subiu 1,8%, após ajustes sazonais.

    Em relação a produção industrial, no geral mostrou forte enfraquecimento em setembro, aumentando 5,7% comparado ao ano anterior (a expectativa era de 6,0%), e ficando abaixo da apresentada em agosto (6,1%).

    Já os investimentos em ativos fixos apresentaram crescimento de 10,3% no terceiro trimestre, ainda na comparação interanual, abaixo das expectativas esperadas (10,8%). Por sua vez, as exportações caíram 1,8% e das importações registraram queda de 15,1%.

    Assim, a economia chinesa segue sua trajetória de desaceleração principalmente concentrada na indústria e nas exportações, impactando negativamente o cenário futuro para as commodities.

     
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